No primeiro dia de aulas, uma nova menina chega à turma, poucos são os que conhece, mas não desanima, um novo ano está a começar. Deixar o passado para trás é o seu objetivo, uma infância coberta por muitas alegrias mas também muitas tristezas, porque, caso não saiba, bulliyng não é só fisíco mas também verbal, pois, foi acusada e gozada, mal tratada e magoada, mas ela é forte e seguiu em frente.
Quando entrou na escola pela primeira vez sentiu um enorme receio, muitas dúvidas surgiam, mas entre elas, as que mais a preocupavam era "Terei feito a escolha certa?" e "Vai ser diferente aqui?", mas entrou sem relutância. Foi encaminhada, pelas auxiliares, para o auditório. Ao entrar, reparou como aquela escola era grande e pensou se se perderia lá dentro. Escolheu um lugar, e quando todos se sentaram e o silêncio se apoderou da sala, um professor tomou a palavra. Deu as boas vindas a todos e explicou tudo o que necessitava de explicação, seguidamente foi mostrado um vídeo, seguido por umas palavras do diretor e de outros professores, numa cerimónia que se prolongou por meia hora. No final a coordenadora de ciclo disse o nome de cada diretor/a de turma e o dos seus respetivos alunos. Ao ver a sua turma, a menina ficou muito mais motivada, encontrara os seus amigos de infância que lhe faziam tanta falta, eram poucos mas dos bons. Assim o dia foi avançando, na companhia dos seus amigos.
Durante o ano, ela perdia-se, de vez em quando, na grande imensidão dos corredores da escola, esforçava-se para ser uma boa aluna e ter boas notas mas, acima disso tudo, ela esforçava-se para se tornar amiga de toda a turma e estava a conseguir mas, por alguma razão que ela não compreendia, havia um rapaz de quem ela se mantinha distante. O fim do 1º Período já se aproximava e ainda não conseguira ganhar coragem para falar com o rapaz, ela achava-o diferente e especial mas não sabia como abordar a amizade com ele. Na sala de aula ela ficava sentada numa ponta e ele na outra mas isso não impedia de trocarem olhares. Começou a trocar, com ele, uns olás na rua, e começou a falar um pouco com ele na escola. Ela era muito boa em desenho e horrível a inglês, mas por outro lado, ele era fraco a desenho e não era mau a inglês. Ajudavam-se mutuamente dando apoio um ao outro e sem darem conta começaram uma grande amizade sem esforço algum.
X.
