Capítulo 9

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Bem... terça feira chegou e Mara acordou com uma mensagem de Gabriel a dizer que queria vê-la, a bem ou a mal, a qual ela respondeu que hoje não podia mesmo... saiu de casa... o sítio para onde se dirigia ainda ficava um pouco longe da sua morada... ela ia visitar alguém muito importante para ela... ela iria visitar o pai... à sua morada eterna... Levava um vestido preto e umas meias de renda até aos joelhos, uns saltos pretos e um colar com uma cruz... nas suas mãos levava um ramo de rosas brancas... eram as preferidas do pai...

Mara caminhava na beira do passeio que levava à igreja... (depois da igreja ainda teria de seguir por um passeio que levava até às grandiosas portas do cemitério)... ia a meio do caminho quando um dos ganchos que lhe prendiam a trança (em espiral no cimo da cabeça)caíra no chão... baixou-se para o apanhar... ao baixar-se nem percebeu que uma carrinha preta se aproximava rápida e silenciosamente... ao levantar-se sentiu-se observada por traz... e... ao virar-se viu um Homem de capuz que rapidamente lhe encostou um pano que cobria a boca e nariz da rapariga... Tudo se apagou para ela naquele momento.

Acordou mais tarde... não sabia que horas eram nem onde estava mas lá no fundo ela sentia que corria perigo... não daqueles perigos como mexer no fogo ou num quadro eléctrico... mas sim um perigo que ela não podia evitar... apenas alguns minutos depois quando tentou levar as mão à cabeça, porque esta lhe doía, é que deu conta de que estava amarrada à cadeira onde acordava, pelos pés e mãos... Ao aperceber-se da gravidade da situação, sentiu que o medo começara a escorrer-lhe pela face... ela não sabia o que lhe ia acontecer, o medo estava a consumi-la... não aguentou e começou a gritar por ajuda até que a porta, que sempre estivera à sua frente, se abriu e por traz dela apareceu um rapaz... Era o Gabriel!

Assim que Mara percebeu quem era começou a chorar de alegria e só dizia:

- Tu vieste buscar-me! Obrigada! ( sendo interrompida pelo próprio choro) Eu não acredito que vieste salvar-me! Obrigada! Obrigada! Obrigada!

Ela pronunciara essas palavras tão depressa que nem dera oportunidade ao rapaz de se afastar da porta... e quando ele se aproximou disse:

G: Mara! Acalma-te!

M: ( Mara dizia baixinho enquanto o rapaz falava) ... obrigada... obrigada... obrigada... obrigada...

G: (Agarrou-lhe no queixo ficando olhos nos olhos com ela) Fogo! Só me fazes passar vergonhas em frente aos meus amigos! Cala-te de uma vez que eu estava lá dentro a tentar jogar as cartas!

...

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