✮𝘾𝙐𝙄𝘿𝘼 𝘽𝙀𝙈 𝘿𝙀𝙇𝘼 (𝘼𝘽𝙀𝙇 𝙁𝙀𝙍𝙍𝙀𝙄𝙍𝘼)✮ ✔️

Capítulo 15

Algo deve ter dado
errado no meu cérebro
Estou com toda a
sua química nas minhas veias
Sentindo toda a alegria,
sentindo toda a dor

Solte o volante
estamos na faixa
de alta velocidade

Agora estou ficando nervosa
não estou pensando
muito bem

Borrando todas as linhas,
você me intoxica
Assim como nicotina,
heroína, morfina

De repente, sou uma viciada
e você é tudo o que preciso
Tudo o que preciso, sim,
você é tudo o que preciso

É você, amor
E eu sou uma idiota
pelo jeito que você
se move, amor

E eu poderia tentar
fugir, mas seria inútil
A culpa é sua
Apenas uma dose de você
e eu soube que eu
nunca mais serei a mesma
(Never be the same- Camila Cabello)

ABEL FERREIRA

Algum tempo depois a médica que estava cuidando de Maria Vitória apareceu para me passar as informações do que realmente estava acontecendo com ela, e totalmente diferente do que eu esperava, ela tinha tido uma crise de apendicite, e teve que ser operada.

Eu fiquei um pouco decepcionado, pois por conta do que Martins enfiou na minha cabeça eu já estava inventando fantasias na cabeça.
E agora eu estava com muita pena dela, pois eu sabia o medo que ela tinha de hospital, desde aquele episódio com o copo que ela quebrou na mão, e fugiu de todas as formas de ir ao pronto socorro.

As horas passavam lentamente, e eu tinha conseguido avisar a mãe dela, que estava vindo com aquele tal amigo de Maria Vitória que eu encontrei aquele dia no prédio que ela morava, a médica havia me pedido para permanecer no hospital, pois logo que ela saísse da cirurgia e acordasse da anestesia, precisaria que alguém ficasse com ela no quarto.

- Senhor Abel Ferreira? - uma enfermeira aparece sorrindo em minha frente fazendo eu me desligar dos pensamentos.

- Sou eu mesmo, alguma notícia da Maria Vitória? - pergunto ansioso.

- Sim, a cirurgia já terminou, e deu tudo certo, agora preciso que o senhor me acompanhe até o quarto dela.

- Claro, vamos lá.

Me levanto da cadeira e saio logo atrás da enfermeira, que andava rapidamente pelos corredores.

Quando entro no quarto de Maria Vitória, ela já estava acordada, usava uma daquelas camisolas de hospital.
Seu cabelo estava solto, caído nos ombros, e uma manta branca a cobria até a cintura.
Um enfermeiro estava ajustando o monitor dos batimentos cardíacos ao lado da cabeceira da cama dela, e ela falava alguma coisa com ele, que não dava muita atenção para ela.

- É melhor o senhor ficar aqui para conversar com ela, normalmente essas anestesias gerais deixam o paciente meio desorientado por alguns minutos, mas é passageiro,não se assuste.

- Ok -falo puxando uma cadeira que havia ali, e me sento ao lado dela, segurando sua mão.

- Huum - limpo a garganta - Oi Mavi, como você está?

Seu olhar enfim foca em mim, e ela sorri piscando várias vezes, sua feição era realmente de desorientação.

- Ah é você? - ela fala ainda com a voz embolada.