Capítulo XV
— 𝓟 or que seu namorado está sempre atrasado? — Daniel resmungou enquanto entrava no apartamento deles, tirando os sapatos e o casaco. — Ele deveria estar aqui antes de mim.
Mesmo que já tivessem se passado cinco meses, Louis ainda ficava um pouco rosa quando Daniel chamava Lestat de seu namorado. — Ele disse que estava a caminho. Você voltou cedo, de qualquer forma. Armand está sendo legal hoje?
Ao ouvir o nome de seu atual empregador, a expressão de Daniel azedou. Ele jogou sua bolsa no sofá e desabou atrás dela. — Não fale comigo sobre Armand. — Sua voz saiu abafada pelas almofadas do sofá.
— Tão ruim assim? — perguntou Louis. A oferta de emprego de Armand foi uma surpresa total para ambos. Pouco depois de Louis vê-lo em New Orleans, Armand ligou para ele e perguntou se Daniel já tinha conseguido um emprego. Ele precisava de um gerente e sempre ouvira coisas boas sobre Daniel.
Aparentemente, a lista negra da mãe de Louis não se estendeu tanto quanto ela queria. Ou talvez sua mãe finalmente tenha desistido e recuado completamente. Ele supôs que nunca saberia realmente.
— Eu vou matá-lo. Um dia, eu simplesmente vou matá-lo.
Louis reprimiu uma risada e acenou seriamente. — Ah, sim, claro. Lembra da semana passada quando você disse que o sorriso dele era tão bonito que dava vontade de dar um soco na cara dele?
— Você sabe o que eu quis dizer! Bem nojento.
— Uh-huh.
Daniel arremessou uma almofada nele. Ela falhou, e dessa vez Louis riu.
— Diga a esse idiota para se apressar, estou com fome.
A porta da frente se abriu no momento em que Daniel fez sua declaração. O babaca em questão entrou com um sorriso, tirando seu sobretudo e pendurando-o cuidadosamente no cabide perto da porta. Ele estava segurando duas sacolas cheias de comida para viagem. Havia um buquê de flores debaixo do braço.
— Aquele gremlin não trouxe nada para você, na verdade. — Lestat disse alegremente. Louis foi ajudá-lo e se inclinou para um beijo.
Ele pegou as flores e perguntou: — São para mim?
— Elas são obviamente para mim. — Daniel rosnou, finalmente se desenterrando do sofá. Ele se juntou a eles no balcão enquanto Louis colocava as flores em um vaso. — Você realmente não me trouxe comida?
Lestat revirou os olhos e empurrou uma sacola de comida para viagem para ele. Daniel a desembrulhou alegremente.
— Qual é a ocasião? — perguntou Louis, ardendo de curiosidade como sempre esteve desde que Lestat lhe enviou uma mensagem perguntando se eles estariam em casa para jantar naquela noite.
Lestat olhou para seu telefone. Então ele sorriu. — Verifique seu e-mail.
Louis franziu a testa. Levou um minuto para seu cérebro se atualizar. Ele pegou seu telefone e atualizou seu e-mail. Um novo apareceu imediatamente da galeria RomanusArt, a empresa para a qual ele se candidatou para um emprego um mês atrás. Bem-vindo ao time, dizia a prévia. Foi até onde Louis chegou antes de gritar de alegria e surpresa.
— Eu consegui o emprego?
— Você conseguiu o emprego. — disse Lestat alegremente.
— Você conseguiu o emprego! — Daniel ecoou, parecendo nitidamente menos surpreso que Louis. — Claro que conseguiu.
— Como você sabia? — Louis perguntou, olhando para Lestat com desconfiança.
— Você não me conhece agora? Eu não tive nada a ver com isso. Eu só disse a Marius para me avisar se você fosse selecionado.
Lestat foi quem lhe contou sobre o trabalho em primeiro lugar. Marius trabalhava em um cargo bem alto na RomanusArt, uma empresa que administrava várias galerias e exposições de arte pela cidade. Eles estavam sempre contratando, e Lestat estava de olho quando a vaga de gerente de uma nova galeria abriu. Desta vez, Louis não deixou sua verdadeira experiência de fora do currículo, sua mãe que se dane.
— Eu consegui o emprego. — Louis repetiu, um pouco menos descrente dessa vez. — Eu consegui o emprego!
Ele jogou os braços em volta de Lestat, que o girou em volta deles e o colocou no chão com uma risada. — Acho que tenho que encontrar um novo secretário.
— Graças a Deus. — Daniel murmurou. — Isso tudo tem sido estranho e assustador, sabia?
— Ninguém te perguntou. Você é um assessor de imprensa apaixonado por seu chefe.
— Foda-se, eu não estou apaixonado...
— Tudo bem, tudo bem. — Louis interrompeu. — Você não estava com fome? Vamos comer. E eu quero um bolo para comemorar.
— Estou um passo à sua frente. — disse Lestat. — Já pedi um.
Quando eles se acomodaram à mesa para comer, Louis sentiu uma onda repentina de calor. Fazia quase exatamente um ano desde que sua mãe o renegou e jurou nunca mais ver seu rosto. Quando ele foi embora pela primeira vez, ele nunca poderia imaginar que estaria aqui hoje, conseguindo o emprego que queria, ao lado de seu melhor amigo e do homem que ele amava.
No final, foi necessária uma reestruturação completa de sua vida para que ele realmente encontrasse a felicidade.
— Tudo bem, mon cher? — Lestat perguntou, empurrando uma caixa de comida para ele.
— Perfeito. — disse Louis.
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𝓞 ғғɪᴄᴇ ᴛᴏ ʜᴇᴀʀᴛ - ʟᴏᴜɪs & ʟᴇsᴛᴀᴛ
Fiksi Penggemar𝓛 ouis de Pointe du Lac, um herdeiro renegado de uma poderosa família, está em uma situação desesperadora, precisando urgentemente de um emprego. Ao aceitar uma oferta da Lioncourt Enterprises, ele não pode ignorar o fato de que era completamente d...