Amor Profano - Richard Rios.

Chapter 2: Entrevista.

Livia on.

Eu trabalho com marketing e jornalismo esportivo. Hoje seria um dia abençoado. Atualmente sou estagiária, e era dia de entrevistar jogadores do Palmeiras, lá no CT da barra funda.

Quando Endrick ainda jogava no Palmeiras, ele sempre me chamava para ver um treino. Ele e Gaby, na verdade. Mas eu recusava. Agora então, depois daquela festa e depois de ter conhecido Rios? Nem morta que eu pisava lá de novo.

Paguei com a língua.

Começando os trabalhos, decidimos fazer uma entrevista e uma espécie de jogo. O próximo entrevistado da vez, seria Raphael Veiga. As perguntas tinham o intuito de ser respondidas com nomes de jogadores do CT. Era basicamente um "responda rápido". Assim que o jogador respondia, íamos atrás do jogador que ficou como resposta e inicia o jogo novamente.

- Fala, Veiga. Quem do Palmeiras você acha que tem o pior gosto para roupa? - foi a minha vez de perguntar.

- Ah, sem dúvidas o Rony. O mais estiloso do verdão. Sem condições. - Veiga respondeu irônico, rindo de sua própria frase nos fazendo rir junto. Veiga deu um joinha para câmera e agradecemos, Indo atrás da vítima da vez.

- E aí, Rony, quem você acha o mais bonito aqui hoje? - perguntou Igor, meu companheiro de equipe.

- Com certeza o Rios. Fazendo um grande sucesso aí entre as mulheres. - respondeu rindo, e o retribuimos. Rony deu um tchau para a câmera e seguimos caminho. Chegando o meu castigo da vez. E lá fomos nós a procura do próximo.

- Richard, pergunta rápida para você, irmão. - Igor chega, recebendo um "manda" como resposta, e eu senti que Richard deu uma afastada para reconhecer melhor quem estava ali, dando um sorrisinho ao me ver. - Quem é o seu parceirão do time?

- Ah, antes era o Endrick, cara. Ainda é, na verdade. Somos muito amigos fora e dentro de campo.

[...]

Essa foi a última parte. Igor já tinha ido embora, pois ia ter outro trabalho pela noite. Agora era só editar. Como estava meio calor, parei para beber água. Hidratação sempre.

- Argentina, que milagre te ver aqui. - a voz grossa me assusta. - Ou melhor, que milagre te ver de novo.

- Acontece de tudo, Rios. - termino de beber o último gole d'água.

- Aquela noite foi inesquecível, sabia?

- Sabia. Seu irmão gêmeo deve ter se divertido muito também. - brinco, e ele dá risada.

- Você não vai esquecer essa história, né? Eu e a Nicole somos amigos.

- Não deve me dar satisfações, Rios. Nem nos conhecemos direito e não temos nada. Relaxa aí, Colombiano.

- Eu te levei em casa, Soares. Literalmente sei onde você mora. - foi uma ameaça? - Somos pelo menos conhecidos.

- E continuamos não tendo nada.

- Tem razão. Mas se rolasse, você topava. - ele sempre me olha com aquele olhar de canalha em todas as horas erradas, hein. Puta merda.

- Você não vale um centavo.

- Sou totalmente fiel, quem não vale é meu irmão gêmeo. - arqueei a sobrancelha e deixei escapar uma risada anasalada.