Amor Profano - Richard Rios.

Chapter 75: Amor Profano.

Livia on.

Fazia uma semana que o irmão de Richard e o filho estavam em sua casa. Literalmente, ficávamos lá o final da tarde, quando não tínhamos mais nada para fazer e a noite nós dormíamos em meu apartamento, tendo um pouco mais de privacidade. Eles iriam embora amanhã de manhã, e eu não estava preparada para dar "tchau" ao meu novo amigo.

Hoje era meu dia de folga, então tive a brilhante ideia de levar Thian para conhecer o elenco do Palmeiras. Falei com Richard antes, e ele disse que seria uma ótima ideia, e que podíamos vir no final do treino. E assim, fizemos. O pai do garoto preferiu ficar em casa para terminar de arrumar as malas para ir embora.

Thian foi no banco de trás do meu carro, e o caminho inteiro foi contando diversas fofocas da família, nas quais me chocavam. Esse garotinho é muito travesso. Me contou do dia em que ficou preso, escalando uma árvore qualquer no parque com os amigos e tiveram que chamar os bombeiros. Ou da vez em que prendeu a cabeça no meio daquelas partes de ferro das portas antigas, e quase fez sua mãe infartar. Um dia, quando tinha visita em casa, pediram para ele pegar um copo d'água. Ele chegou dizendo que era água do vaso, expulsando as visitas ma hora. E até quando o pai estava tirando uma soneca, ele sumiu e quando foram ver, ele estava em cima da geladeira.

Eu e ele havíamos virado literalmente melhores amigos, éramos inseparáveis. E também contava a ele sobre as minhas presepadas de quando eu era criança. Eu era terrível, mas não igual o pequeno.

Quando chegamos, estacionei o carro perto do CT, e fui andando até o portão de entrada. Me liberaram, e enquanto pegava Thian no colo, ia atrás de Richard.

- Liviazinha! Quanto tempo! - Murilo me cumprimentou, me dando um abraço apertado.

- Como você está? - perguntei, e ele olhou confuso para o garoto ao meu lado.

- Eu estou bem. - sorriu gentilmente. - E você, quem é?

- É o sobrinho de Richard. Filho do irmão dele, colombiano, fala espanhol e provavelmente não entendeu o que você disse. - dei risada da maneira que ele coçou a nuca. - Di "hola", Thian.

- ¡Hola! - ele mexeu a mão, como se tivesse dando "oi" e Murilo o copiou.

- Estevão estava com saudades da mãe dele. - gargalhamos. - Fiquei sabendo que se viram nas eliminatórias.

- Não deu muito tempo para conversarmos.

Murilo ia nos guiando até o vestiário, onde estava o resto dos jogadores. Thian olhava as paredes do CT, fazendo perguntas sobre o time. Ele ficou chocado quando eu disse não torcia para o Palmeiras, que era o time em que meu namorado jogava, mas que passava pano, já que eu tinha virado a tia favorita dele.

Ele comprimentou o tio, pulando em seu colo, enquanto fui falar com Veiga. Richard soltou o pequeno, e segurou em sua mão, vindo em minha direção. Abraçou minha cintura, fazendo um carinho em minhas costas e antes de soltar do abraço, beijou meus lábios em um selar rápido.

- Achei que estivesse esquecido da existência das amigas. - Camila veio me abraçar, e eu a retribui.

Fazia muito tempo que não nos víamos assim, se eu não me engano. Passei mais tempo com Richard do que com elas, e ela precisou cuidar de Piquerez, que já estava começando a ficar 100% para voltar aos jogos.