Chapter 53: Pego No Pulo.

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Richard on.

Iríamos jogar contra o Cuiabá hoje no estádio do Guarani. Confesso que estava muito mais confiante nesse jogo, e talvez até certo de que vinha uma vitória.

- Então você se resolveu com a Lívia de uma hora pra outra? - Veiga perguntou enquanto colocava a camisa do Palmeiras.

- Não foi totalmente de uma hora para a outra, digamos que nós dois estávamos com saudades um do outro. Ele me disse muitas coisas que me fizeram pensar entre esquecer e perdoar. - assenti com a cabeça, amarrando a chuteira.

- Quem diria que a Nike viraria cupido. - brincou, me fazendo rir. - Tá vendo, cara? Vocês são um casalzão. Tem que parar de ficar com essas palhaçadas de brigar por tudo e aprenderem resolver as coisas conversando igual gente normal. Parecem até adolescentes.

- E resolvemos como gente. Agora estamos bem, mas já estou com saudades de novo. - mordi o lábio inferior.

- Você é muito pau mandado. - Murilo, que escutava nossa conversa, comentou sobre.

Abel logo nos chamou para dar as instruções de como seria o jogo hoje. Estava animado, mas não muito confiante se sairia um gol meu. O importante seria a vitória do verdão.

Dei uma olhadinha no meu celular, e acabei vendo a mensagem de Lívia. Fazia tempo que uma mensagem daquela não me causava um frio na barriga. Era apenas ela dizendo que estava assistindo meu jogo na TV, e mandando foto com a língua para fora. Eu amava essa mulher.

Finalmente entramos em campo. E o jogo começou muito bem. Tivemos o primeiro gol de Murilo, que nem ele comemorou. Jurei que o juiz iria dar impedimento ou chamar para ver no var, mas isso não foi preciso. Em uma arrancada de bola do Maurício, um jogador do Cuiabá acaba o derrubando na área, e o juiz marca pênalti a favor do Palmeiras. Estevão que bateu, e ficamos 2x0. Logo depois, o moleque fez mais um. Ele iria brilhar na seleção, eu acredito nisso. Maurício fechou o primeiro tempo marcando outro gol, e nos deixando com 4x0. Estava bom demais para ser verdade.

Estávamos muito felizes com esse primeiro tempo, e foi o que eu disse quando chegaram a me entrevistar naquela parte que ficam os jornalistas depois do primeiro tempo. O mínimo era focar no brasileirão.

Saímos do vestiário sem contar vitória ou desanimar. Ainda dava para fazer mais um golzinho e eu estava sentindo isso.

Felipe Anderson logo abriu o segundo tempo, fazendo um golaço. Ficando 5x0. Tá certo isso? Por mais que tínhamos "fechado" o placar praticamente e ainda tomei um cartão amarelo por uma chegada perigosa em um jogador do time adversário, estava com muita expectativa.

O jogo chegou ao fim, dando a vitória para o Palmeiras. Alegrava minha noite saber o quanto a Lívia era pé quente. No dia de Choque Rei ganhamos, e ela estava presente no estádio. E agora, com ela assistindo mesmo que seja na TV, ganhamos novamente. Só naquele jogo que eu prefiro não lembrar, que tudo deu errado, mas fazia parte.

Depois que saísse do estádio, iria direto para a casa da argentina. A mesma havia me chamado para dar os parabéns pela goleada de hoje, e eu não perderia uma oportunidade dessas. Ainda mais depois de tanto tempo.

[...]

Apertei a campainha do apartamento, ainda nervoso. Respirei fundo, escutando a maçaneta da porta abrir. Um sorriso genuíno apareceu em meus lábios ao ver a morena em minha frente. Ela logo correu para os meus braços, me abraçando e eu o retribuindo. Queria poder morar em seus braços para sempre.

Amor Profano - Richard Rios.Onde histórias criam vida. Descubra agora