# 16 𐀔

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Sigo pelo corredor e subo as escadas para o piso de cima enquanto bebia minha Vodka Redbull

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Sigo pelo corredor e subo as escadas para o piso de cima enquanto bebia minha Vodka Redbull.
O Red Eye completamente vazio, com raios de sol matinais vindo de apenas um alçapão de vidro aberto no teto para entrar ar, iluminando o mínimo do espaço, ao em vez das luzes vermelhas por todo o lado, era surreal. O club não tem uma janela sequer para se ver lá para fora, apenas a porta de entrada, uma saída de emergência (que ambas estão fechadas) e aquele alçapão no teto que só descobri agora. Por isso, estava muito escuro. Parecia um mundo completamente diferente.
O chão todo sujo com lixo, o ar ainda poluído com fumos, porém saindo aos poucos com o alçapão, as cadeiras do bar quase todas viradas... Kazuha tem de arrumar isso tudo todos os dias? Bem, não deve ser ele mas, caramba, arrumar uma algazarra dessas simultaneamente deve ser um trabalho... Nem me atrevo a ver o piso de baixo, certamente deve estar com os quartos ainda mais sujos e bagunçados, tenho pena de quem prepara aquilo todos os dias para mais uma noite.

Dou meia volta e volto para o quarto.

— 𐀔 —

Tinha chegado á porta do quarto e ouvia a voz do Kazuha, o que achava muito estranho. Estava falando sozinho? Ah, sim. Telefone.
Entro no mesmo com o copo dele que tinha pego antes e vejo ele com o celular na orelha. O meu celular.
Fico confusa, deixo o copo sobre uma mesa e vou em direção ao cadeirão de veludo vermelho escuro em frente á cama e me sento.

— Sim, ela está aqui... comigo. — diz ele com a voz rouca depois de notar a minha presença, com um sorriso lindo. — Sim, pronto... Tchau... — e desliga.

Uma das minhas sobrancelhas estava tão arqueada que quase saía da minha testa. Ele percebe a minha confusão e logo se explica:

— Teu telefone não parava de tocar, era a sua amiga, perguntando onde você estava e se estava tudo bem, ficou descansada quando soube que estava comigo.

— Ah! Claro, Ganyu é quase como uma mãe...

— Tudo bem eu ter atendido? Você ficou com uma cara... — Kazuha fica meio nervoso.

— Oh, tudo bem! Eu só fiquei surpresa, desculpe por ela te ter acordado assim.

— Tudo bem. — ele dá de ombros. — Vem para aqui. — ele dá um tapinha na cama e abre um pouco os braços.

Obedeço com um sorriso no rosto e vou para os braços dele, ambos ficamos abraçados, deitados. Afundava meu rosto no peito dele e conseguia ouvir seu coração. Ele brincava com o meu cabelo entre os dedos e me fazia carinho no braço e nas costas.

— 𐀔 —

Depois de ficar mais, pelo menos, duas horas com ele, vou para casa, Kazuha precisava de arrumar umas coisas no club e disse que depois me ligava. Eu também precisava de ir tomar banho, falar sobre tudo o que aconteceu com Ganyu e outras coisas.

— Então... Quer dizer que agora vocês namoram? — pergunta Ganyu depois de ter vários surtos depois de lhe contar sobre as coisas que aconteceram.

— Bem, eu acho que não. Tem de haver um pedido, né? Não é só assim. — cruzo os braços. — Espero que ele não seja desses que quer ficar ocasionalmente.

— Não... Ele não parece ser desses. — a garota bebe mais um gole do seu café.

— Espero que você esteja certa. Mudando de assunto, como você está? Tem melhorado?

Ganyu dá de ombros.

— Tudo controlado. Você já sabe quando vai apresentar o Kazuha para
o resto do grupo?

Foda-se. Eu sei que ela está mentindo, odeio que ela mude de assunto assim.
Suspiro.

— Talvez marque um dia para todos irem lá a casa jantar ou só beber.

— Por mim, só beber está ótimo! — ela brinca.

— 𐀔 —

Uns dias se passaram desde que não via o Kazuha, devido a ele ter muito trabalho no club. Apenas trocámos mensagens e fizemos algumas ligações. Eu também não queria ir para lá para "atrapalhar" o trabalho dele, por isso decidi ficar no meu canto.
Amanhã vai ser o aniversário do Tighnari, ele convidou o grupo para ir jantar a casa dele e depois prolongar a noite. Decidi que talvez podia convidar o Kazuha, para apresentar a todos, e assim não tinha de ter outro trabalho para marcar outra saída.
Pego no meu celular e ligo para o Tighnari, só para verificar se estava tudo bem em levar uma pessoa que ele não conhecia.

Oi, Tigha! Tudo bem?

— Oi, [Nome]. Sim e você?

— Também! Olha, era só para perguntar se estava tudo bem em levar uma pessoa amanhã para o teu aniversário, que quero muito que vocês conheçam.

— Ah, sim? Por mim, tudo bem! Você já me conhece, quanto mais gente, melhor.

— Pronto, então! Obrigada, até amanhã.

Ambos nos despedimos e desligamos a chamada.
Espero que não dê para o torto, por ser o aniversário dele. Bem, eu perguntei se podia, ele disse sim, então tudo certo!
Ainda assim, tenho um mau pressentimento. Porquê?

 Porquê?

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𝐅Ú𝐑𝐈𝐀 𝐃𝐀 𝐍𝐎𝐈𝐓𝐄 ─ 𝗞𝗮𝗲𝗱𝗲𝗵𝗮𝗿𝗮 𝗞𝗮𝘇𝘂𝗵𝗮Onde histórias criam vida. Descubra agora