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Já era 01h55 e eu bebia como se tivesse um buraco no estômago, mas me sentia tão bem. Até agora não havia encontrado nenhum rosto parecido com o que eu procurava. Só dei de ombros, já que sabia que a qualquer altura ele ia aparecer, não importava eu procurar. Só o ia ver quando ele quisesse que o visse. Mas se ele demorasse, pelo menos, mais uma hora, certamente já não ia estar com a mente no lugar.
Vou ao banheiro, junto com Ganyu.
— Mana, não sei quanto tempo mais consigo aguentar em pé sem tropeçar em mim mesma. — digo enquanto ia contra a parede do banheiro e deslizava até aquele chão imundo.
— Melhor você parar de beber por agora, sim, [Nome]? — propõe Ganyu enquanto se agachava para fazer suas necessidades.
— Talvez. — digo lentamente olhando para o teto, onde tinha aquele espelho junto com led's vermelhas nas bordas.
Ambas terminamos o que precisávamos de fazer e saímos do banheiro. Eu esbarro contra um cara qualquer sem querer, mas nem me importei, pedi desculpa para o ar e segui em frente. Voltamos para a parte principal do club para dançar, agora a música era Te Boté by Darell. Todo mundo dançava, já não pensava no trabalho ou o que tenho de fazer amanhã, também já não queria saber daquele garoto para nada, ou pelo menos, por agora, o álcool me distraía. Só queria estar na minha. Por pelos menos mais uma hora e meia. Mas, como todos, eu tenho o meu limite. Já estava exausta. Vou até ao bar, para me sentar e descansar um pouco. Talvez beberia mais alguma coisa. O grupo ainda estava na parte principal. Sento em uma das cadeiras livres. O bartender poucos segundos depois me avista e vem falar comigo, perguntando o meu pedido. Peço uma caipirinha. O homem faz a bebida na minha frente e logo depois me entrega a mesma. Dou um gole na bebida, fazendo um expressão estranha devido ao azedo do limão. A música troca para Baila Morena by Hector & Tito. Já eram 03h47 e meu cérebro parecia que tinha evaporado. Se alguém batesse na minha cabeça talvez sairia um som oco pelos meus ouvidos. Nenhum pensamento passava na minha mente. Só observava o que estava diante de mim. Talvez eu não devesse beber assim tanto. Depois de uns momentos fitando o meu copo, vejo pelo canto do olho um vulto de alguém se sentando do meu lado. E a história se repete.
— Esse lugar 'tá ocupado?
Foda-se. Meus olhos se arregalam um pouco e minhas sobrancelhas sobem ligeiramente, depois de finalmente admirá-lo.
— ...Você já se sentou. — gaguejo um pouco.
A sua típica camisa social preta, dois botões soltos, revelando um pouco do peito e a sua corrente prateada e calça jean preta. O seu cheiro fresco e intenso inundava as minhas narinas. Seus olhos vermelhos me fitavam e parecia que era a primeira vez que olhava para eles. Ninguém tinha os olhos como os dele. Refletiam a minha silhueta e parecia que havia uma chama hipnótica em volta de mim. Os seus traços de adolescente já se desvaneciam, mostrando agora um rosto de um jovem-adulto. Mas ainda assim, ninguém diria que agora ele tinha vinte e três anos.