Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
— Não precisa falar, se não quiser. Apenas me ouça, preciso esclarecer tudo e tirar esse peso de cima dos meus ombros durante esses anos.
Ele ainda assim, espera por uma resposta durante breves segundos. Continuo imóvel e sem dizer uma única palavra.
— Sabe, [Nome], esses três anos foram bem difíceis, lá dentro não é assim tão ruim como todo mundo diz, simé horrível, mas sobrevivi. O que me custou mais não foi estar lá, mas sim, não te ver. Todos os dias isso me atormentava. Saber que você seguia sua vida e eu não estava presente nela, que eu não podia ver seu sorriso, sentir seu cheiro, nem mesmo tocá-la, não ouvir a sua voz e lidar com a sua teimosia. Eu desde o início soube que aquele segundo piso ia dar errado, só que não sabia a hora e ignorava a todo o custo. Se eu te tivesse conhecido antes de ter criado o piso, jamais o faria. Sinceramente, quando o policial me algemou, só queria incendiar o club.
Aquela última frase faz com que minhas sobrancelhas levantem ligeiramente, obviamente, ele não conseguia ver. Ele estava mentindo, certeza, esses três anos a única coisa que passava na cabeça dele era o club e o que fazer para ganhar mais dinheiro e ideias para fazer com que fosse mais popular. Claro que sim. Todos os dias, sem exceção. Infelizmente, não conseguia acreditar em uma única palavra que saía da sua boca, por mais que fossem bonitas e que me apertassem o coração.
— Porque não parou logo aquilo, então? — pergunto, finalmente, com voz rouca, ainda sem olhar para ele. — Se você já sabia.
— Bem... Também não sei. Acho que estava distraído com outras coisas. — ele dá um curto riso nasal no fim.
Uns segundos silenciosos se prosseguem.
— E agora? O que você vai fazer com o club?
— Vai continuar normalmente. Durante uns tempos, para não levantar suspeitas, e depois volto com o negócio. Mas antes, tenho de descobrir quem é que me denunciou.
Eu me viro finalmente para ele, incrédula.
— Não acredito que depois disso tudo você vai voltar a cometer o mesmo erro de novo!
— Erro? — ele pergunta com arrogância. — Erro foi o cara que me denunciou. Perdi três anos da minha vida.
Aquela frase foi a última gota, me levanto da cama em um ápice e pego na minha bolsa que estava em cima de um cómodo do quarto, vou a passo rápido em direção á saída. Poucos segundos depois de eu me ter levantado da cama e depois de Kazuha raciocinar que estava fula, o mesmo estava correndo atrás de mim.
