4º Capítulo

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Depois disso, o gato vem com mais frequência.

"Parece que você tem um amigo", Carla menciona um dia enquanto o gato entra e sai das pernas de Eddie enquanto ele tenta carregar as compras, é claro.

"Ele é só o gato da vizinhança", Eddie explica. Ele tem quase certeza de que esse gato costumava pertencer a alguém, já que ele é tão amigável e fofinho. Gatos não deveriam ser indiferentes ou algo assim?

Não este gato.

Este gato decide que precisa do carinho de Eddie imediatamente e vai dar patadas e miar na porta da frente ou de trás de Eddie até que Eddie o deixe entrar. Este gato ronrona no colo de Eddie tão alto que ele se preocupa que as pessoas possam ouvi-lo quando ele está no telefone. Este gato toma sol na ilha da cozinha de Eddie enquanto Eddie tropeça em outra receita, o rabo balançando como uma adolescente chutando os pés e girando o cabelo, os grandes olhos azuis do gato adorando o rosto de Eddie.

Estranhamente, ele acha que o gato pode não gostar de crianças. O animal realmente não aparece quando Chris está por perto.

Sério? O gato aparece principalmente quando Eddie está passando por um momento ruim. Se ele não soubesse melhor, diria que o gato tem um sexto sentido para quando Eddie precisa de uma maldita pausa, um maldito abraço, uma maldita coisa.

Como no dia em que ele briga com Buck no supermercado.

O peito dele dói do mesmo jeito que doía quando ele lutava com Shannon. Você sabe o quanto Christopher sente sua falta?

Não há satisfação na forma como o rosto de Buck cai quando ele diz essas palavras. Ele só dói ainda mais, e se sente ainda mais vazio.

Quando ele chega em casa, ele ouve Chris na sala de estar. “Papai! Papai, venha aqui!”

Ele se apressa, com o coração batendo forte, preocupado...

O gato está no colo de Christopher.

O filho dele ri enquanto o gato esfrega o rosto na bochecha de Christopher, ronronando. “Ele é tão fofinho, pai! Podemos ficar com ele?”

O gato rola, expondo sua barriga e Chris o acaricia ansiosamente. O gato se espreguiça e solta um adorável miado de satisfação.

“Ele é meio selvagem”, Eddie responde. A dor em seu peito é diferente, agora.

“Não, ele não é! Ele é doce!”

O gato se senta e esfrega o focinho na bochecha de Christopher, então pula e caminha até Eddie. O animal parece estranhamente hesitante. Ele mia lamentosamente e se senta na frente de Eddie, o rabo enrolado em suas patinhas. Olhando fixamente.

“O que foi, amigo?” Ele se agacha. “Tudo bem..

oh .”

O gato pula nos ombros de Eddie e se enrola em seu pescoço, drapejando como um cachecol de pele grossa, ronronando. Ele lambe todo o rosto e cabelo de Eddie, limpando-o. Ele soa como um barco a motor no ouvido de Eddie.

“Estou bem amigo, obrigado.” Eddie coça o pescoço do gato. “Você é um gatinho doce, sabia?”

O gato solta um som que é quase... ousa dizer triste? ... e continua lambendo o rosto de Eddie com lambidas completas.

Chris está radiante. “Então podemos?”

Eddie balança a cabeça. “Vou pensar sobre isso.”

Enrole-se em meu coração e deixe-me mantê-lo(Buddie).Onde histórias criam vida. Descubra agora