9⁰ Capítulo

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O encontro com Ana foi… legal.

Foi legal. O tempo estava legal, ela é legal, a comida era... é tudo muito legal.

Ele destranca a porta da frente e entra em uma casa silenciosa. Chris já está na escola e ele está exausto pra caralho, a adrenalina alta de todas aquelas ligações consecutivas e ver Ana agora finalmente passando. Ele vai colocar qualquer série que esteja maratonando e tirar um bom cochilo no...

O sofá.

O sofá destruído.

Ali, sentado em frente à sua obra, está a ameaça laranja brilhante em pessoa. Atrás dele, o braço rasgado com marcas de garras se ergue como prova da fúria, o gato está olhando para Eddie no momento.

Se Eddie não soubesse melhor, pensaria que o gato tinha colocado uma placa de "Bem-vindo de volta, você está atrasado seu idiota em algum lugar." Que diabos é isso?

“Mee-ow!” O gato está lhe dando sermão?
“Mee-ow! Meee-ow!”

“Escuta, eu não tenho que aceitar nenhuma provocação sua.” Eddie aponta para o braço do sofá. “Eu não vou deixar você voltar se você vai fazer coisas assim!”

O gato solta um grito , como se Eddie fosse o irracional aqui.

Tudo bem, é isso. Eddie se abaixa e pega o gato, então o gato está pendurado em suas mãos. "Você vai lá pra fora, senhor arruaceiro."

Só depois que o gato faz uma demonstração é que Eddie se lembra de um fato que Buck lhe contou uma vez: Você sabia que a espinha dos gatos são como molas?

O gato balança as patas traseiras, faz algum tipo de torção e a próxima coisa que Eddie sabe é que ele literalmente tem um gato grudado em seu rosto. "Ai!"

O gato salta de seus ombros e pousa no sofá (em um lugar ainda quase intacto), onde ele estica suas patas, enrola seu rabo e pisca seus grandes olhos azuis. “Meeeowww.”

“Não há fofura suficiente no mundo para deixar você escapar dessa.” Ele tenta pegar o gato novamente, apenas para as garras cravarem no sofá enquanto o gato se agarra com toda a sua força.

Eddie bufa e solta o gato. “Tudo bem. Fique ai”

Ele segue pelo corredor até o quarto, fechando a porta firmemente atrás de si, Cristo. O gato nunca, nunca se comportou mal assim, apesar de uma habilidade quase mágica de entrar na casa de Eddie mesmo quando todas as portas e janelas estão trancadas. Eddie nunca teve que limpar um incidente no banheiro, tirar o gato da comida ou afastar o gato dos fios elétricos.

Claramente, quem quer que tenha sido o dono do gato (ou ainda o seja, aparentemente não se importa em deixar o animal vagar por aí) o treinou bem ou assim Eddie pensava.


Ele veste o pijama e sobe na cama, pronto para finalmente desabar, apenas...

Ecaaaaaaa!

Mas agora tem isso.

Que diabos?

O barulho é como uma maldita sirene, se é que sirenes conseguem soar desoladas. O gato está bem do lado de fora da porta do quarto, chorando como se Eddie o tivesse sentenciado ao corredor da morte.

Ele coloca um travesseiro sobre a cabeça e tenta ignorar.

Não é ignorável.

Eddie se levanta e abre a porta. No segundo em que há apenas alguns centímetros de abertura, o gato está se espremendo para dentro, voando para a cama como um míssil. Ele se enrola no travesseiro de Eddie, encarando-o com aqueles olhos.

Ele suspira. “Sabe, um dia, você precisa conhecer meu amigo. Eu também não conseguiria ficar bravo com ele por muito tempo.”

Ele volta para a cama e o gato imediatamente se enrola em seu peito, enfiando a cabeça sob o queixo de Eddie. Eddie descansa a mão nas costas do gato, sentindo o pelo macio e o ronronar suave. "Desculpe por ter chegado tarde em casa e feito você esperar."

O gato o acaricia, e Eddie sabe que está perdoado.

Enrole-se em meu coração e deixe-me mantê-lo(Buddie).Onde histórias criam vida. Descubra agora