Enrole-se em meu coração e deixe-me mantê-lo(Buddie).

22⁰ Capitulo

Pode ser uma merda, mas ele liga para Maddie. Ele ainda consegue se lembrar da conversa que teve com Chim no apartamento. A preocupação de Chim, sua raiva, sua confissão de como as coisas tinham acontecido com Buck.

“Você vai cuidar dele Eddie?” Não era uma pergunta.

"Claro." Ele foi até o loft para colocar um pouco de gelo no rosto de Buck logo de manhã.

Talvez ele esteja cometendo exatamente o erro oposto agora, compartilhando demais em vez de guardar segredo em nome da honra, mas ele ligou para Maddie mesmo assim.

Ele ligou para Bobby também. Buck não consegue ficar bravo com ele por isso. Ele ligou para Bobby quando Eddie quebrou naquele vez.

Buck liga para o Dr. Copeland. Eddie não se importa com quem Buck fala. Pode ser Frank, pode ser alguém novo, contanto que seja um profissional que o ajude.

Eles começam com consultas duas vezes por semana. Eddie tenta não sorrir quando é a vez de Buck voltar para casa parecendo que um trem o atropelou, como uma pedra no sapato e tudo mais.

Ele não vê o gato.

Eles não falam sobre aquela noite. Mesmo que Buck vá até Eddie depois de cada consulta de terapia, e use o chuveiro de Eddie, e coma a comida de Eddie, e chore no ombro de Eddie. Eles não falam sobre isso, mesmo quando Buck fica para o jantar, pois ele segue Eddie para casa depois de um turno, pois ele ainda se junta a eles em todos os passeios.

Saber com certeza qual é o gosto de Buck, como é seu corpo, sua boca, suas mãos, e não poder ter nada disso é pura tortura. Mas ele espera. Buck vale  todo seu tempo e paciência.

E fica melhor. Pouco a pouco, vai ficando melhor.

Uma noite ele acorda com a sensação de estar sendo observado.

Ele rola e olha para o lado.

O gato está sentado na mesa de cabeceira com olhos azuis brilhando no escuro.

Eddie levanta o braço e o gato rasteja para a cama, por baixo do membro levantado, aconchegando-se ao lado de Eddie. Ele abaixa o braço para pegar o gato mais perto. "Senti sua falta."

O gato dá um miado bem suave e funga. Eddie coça atrás das orelhas. "É, eu sei que você também sentiu minha falta."

Ele sente o gato começar a ronronar, e algo em seu peito finalmente se solta. Ele estava esperando por um sinal, algo para mostrar que Buck está pronto e ele finalmente chegou.

Por um momento, ele apenas segura o gatinho ronronando contra o peito e deixa os dois vagarem. É tentador deixar que isso seja tudo o que é. Deixar-se levar como ele fez em tantas outras noites com esse companheiro silencioso.