Capítulo 7

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 O General Vincent observava as chamas seriamente. Sua tropa de homens estavam atrás de si apenas esperando um sinal.

— Senhor — Disse um dos rapazes. — quanto tempo mais devemos esperar?

    A pergunta foi em relação às formas que se moviam agressivamente dentro das chamas. Os gritos roucos da Praga Terrena podiam arrepiar os pelos dos braços daqueles que eram soldados iniciantes.

— O tempo necessário, soldado, ou quer seguir sua vida com queimaduras pelo corpo? — Respondeu Vincent. — Paciência, homens, paciência.

   Mais um grito fez que os soldados dessem um passo para trás, menos Vincent. O ser de formato licantropo estava se cansando e isso era notável para o General, apesar que sim, o licantropo era forte.

   Algo inesperado aconteceu, quando o licantropo segurou a Praga Terrena, a Praga se desfez em um tipo de fumaça e entrou dentro do licantropo pela boca! Vincent ficou mais atento e segurou o cabo das duas cimitarras que ele havia ganhado de seus pais adotivos.

— Se preparem rapazes, as Pragas quando tomam o controle de algo ficam piores. — Com o aviso de Vincent, os homens se prepararam com suas espadas.

    O licantropo que antes estava quadrúpede, se levantou até ficar com ambos os pés firmes no chão, a pele viscosa negra tomou conta da pelagem escura de Fenrir e os olhos antes amarelos brilhantes ficaram vermelhos. Fenrir agora tomado pela Praga, puxou o ar para os pulmões e todas aquelas chamas foram consumidas, e assim ele foi revelado por completo.

    O olhar vermelho de Fenrir era assombroso, e sua respiração quente junto com a baba que era pura lava deixava os soldados ansiosos.

    Bastou o movimento de Vincent de sacar as duas cimitarras que Fenrir avançou sobre ele. A luta então que inicialmente começou com dois, se tornou grupal junto com a tropa de Vincent, e mesmo em maior número, Fenrir parecia estar na vantagem por simplesmente ser mais forte.

     Poucos minutos depois Korafane e Anencael chegaram, e desta vez, o elfo da floresta estava com sua espada forjada por Korafane há muito tempo atrás.

— Mensageiros?! — Disse surpreso alguém da trupe.

— Viemos ajudar. — Respondeu Anencael.

— Senhor, temos dois elfos aqui! — Avisou o soldado.

— Se eles vieram ajudar, deixem que assim o façam! — Avisou Vincent ferindo o braço de Fenrir.

     A criatura gritou e notou que seu sangue soltava uma clara fumaça, então logo entendeu que seu sangue também era quente. Sem pensar duas vezes, Fenrir sob o controle da Praga, arranhou seu braço ferido, aprofundando a ferida e com o movimento das garras jogou seu sangue na direção de Vincent que por sorte teve sua roupa atingida. A única solução foi tirar a roupa de cima antes que ele fosse queimado.

— Este é Fenrir....? — Perguntou Korafane levando a mão para seu peito que pulsava e ardia.

Pior, é Fenrir sendo controlado por uma Praga Terrena. — Respondeu Anencael indo se juntar à luta.

    Fenrir seguia implacável. Puxando o ar para os pulmões, ele expeliu tudo em fogo. Rapidamente Korafane agiu entrando na frente de alguns homens e cortando o fogo com a sua espada. Se fosse uma espada comum isso não seria possível.

— Homens! — Gritou Vincent. — Escutem os conselhos dos Mensageiros. — Os rapazes exibiram uma face confusa, confiar em seres mágicos não era lá o melhor dos palpites. Vincent sentindo essa estranheza em cada face rolou os olhos. — Claramente esses dois sabem mais do que todos nós juntos. Pouco me importa se são elfos.

A Jornada de Korafane e RucaOnde histórias criam vida. Descubra agora