Capítulo 14

8 0 0
                                    

Em uma colina em Aqualor...

Apesar do sol forte, os ventos eram agradáveis. O som da grama e das folhas se movendo graças ao vento era o tipo de som que podia fazer qualquer um pegar no sono e com Sulhaul não poderia ser diferente. Ele estava deitado na grama com os olhos fechados aproveitando aquele momento. Duas coisas não eram comuns nesse cenário : A presença relaxada de Sulhaul e um dia ensolarado.

   Gaia que se aproximou, primeiro quis apenas observar, ou melhor, admirar o Deus do Sol. A pele era parda e os cabelos longos e loiros em um tom popular chamado ''Queimado de sol''. Sulhaul parecia ter parado no tempo usando mantos de tecidos com desenhos antigos. Sulhaul era inegavelmente lindo. Bem, ela não podia ficar apenas admirando, não é mesmo?

— Senhor Sulhaul? — O chamou após limpar a garganta.

  O Deus do Sol abriu os olhos lentamente, revelando que a cor de olhos amarelos. Ele se levantou, batendo o tecido da roupa para tirar a grama e se aproximou de Gaia, era notável que perto dele, ela ficava pequena.

— Cabelo solto dessa vez? — Perguntou Sulhaul.

— Você gostou?

    A pergunta fez com que Sulhaul cruzasse os braços.

— Está diferente. — Afinal, ele a via mais com o cabelo preso.

— Diferente? Sabe que essa palavra não cai bem. Mulher entende como feio.

— Pois deveriam entender como diferente.

   Gaia sorriu de lado e fez um não com a cabeça. Acho que ouvir um bonita era o suficiente, disse para si mesma, porém sabe que Sulhaul não dá o braço a torcer.

— Bem, vamos para o local do Senhor que quer fazer o tal pedido? Lidere o caminho, Gaia.

— Sim Senhor.

   Este dia foi combinado dois dias atrás a pedido de Gaia, na verdade, Sulhaul começou a sair de seu isolamento por insistência da Gaia. Ambos se conhecem há um bom tempo, e quem primeiro começou a admirar de longe a mulher foi Sulhaul. Ela era uma guerreira inteligente em suas lutas onde a força nem sempre era o fator vencedor. O Deus do Sol tinha alto conhecimento em guerra e luta, por isso que ele tinha certo magnetismo com pessoas que se dedicavam às batalhas e à caça das Pragas Terrenas, sendo que este era o caso de Gaia. Uma parceria de troca de conhecimentos e ajuda surgiu entre eles. Sulhaul passou seus conhecimentos sobre as Pragas para Gaia e ela começou a tirar o Deus do Sol de sua solidão pouco a pouco.

— Tem notícias de Korafane e a criança? — Perguntou Sulhaul.

— Infelizmente não. O Senhor não voltou a ter aquele contato telepático com Korafane?

— Não, ele não para de falar. — Respondeu o Deus frustrado.

— O Senhor não tem jeito mesmo. E se ele passar por algum perigo?

— Korafane é um Mensageiro que eu criei, ele não é fraco. Ele está exercendo o dever dele.

— Ok, mas sejamos sinceros, o Senhor só não quer falar com ele porque sabe que ele o tiraria da sua zona d e conforto.

— ... — Sulhaul não ousou responder, mas a maneira que ele bufou deixou claro como se sentia.

   Ambos chegaram na casa de um velho homem que estava regando as plantas em frente a um mausoléu humilde e simples, e que apesar da sensação soturna, aquelas flores coloridas traziam um toque de paz.

— Senhor Gregor! Bom dia, chegamos. — Avisou Gaia com um sorriso.

— Bom dia, ah pelos Deuses! — Gregor parou de regar as flores assim que se deu conta que sim, Sulhaul estava ali. — Senhor Sulhaul, que honra ter o Senhor aqui em minha humilde casa.

A Jornada de Korafane e RucaOnde histórias criam vida. Descubra agora