16. (hot)

214 12 1
                                    

A n y

     ─ Esperei por você. ─ Ele sussurra sorrindo em meu ouvido, enquanto seus lábios roçam minha têmpora uma vez, e depois beija minha mandíbula.
     ─ Cala a boca. ─ Respondo e apoio minhas mãos em seu peito, empurrando-o na sua cama logo atrás de nós.
     O quarto de Gojo é como eu esperava: refletido da personalidade de um garoto rebelde. Há pôsteres em todos os cantos (algumas mulheres seminuas), mas posso ver que a parede é pintada de branco. Mas também tem algo surpreendente: livros, CDs e DVDs! Acho que vou dar uma olhada neles antes de ir embora. Há um espelho grande virado quase totalmente para nós. Quase, por um milagre. Se eu olhasse para o lado e me visse pelada em uma situação dessa, acho que meu clitóris explodiria de vergonha. Ou o meu coração.
     Sentada por cima dele, minhas mãos passam por dentro da camiseta, e as pontas dos dedos o tocam delicadamente. Suas mãos agarram meus quadris e intercalam para a cintura e, ah meu Deus! Que sensação boa do cassete. Quando meus lábios tocam os dele, sinto como se estivesse embriagada. Acho que eu mataria alguém que atrapalhasse esse momento.
     Incontrolavelmente começo a mexer meu quadril lentamente para frente e para trás, buscando sentir o mesmo que senti quando ficamos pela primeira vez. Bom, só teve uma vez. Como esperado, um choque instalou-se dos meus pés à cabeça, e gememos em satisfação. Não sou experiente, mas a vontade de deixar este cara fazer o que quiser comigo vai tomando conta de mim.
     Satoru sentiu a pressa e inverteu nossas posições, ficando por cima e me empurrando contra sua cama enorme. Como se tivesse necessidade, seus dedos exploravam meu corpo por completo, e sua boca amava meu pescoço.
     ─ Eu sei que você nunca fez isso antes. ─ Ele quebra o silêncio, tão inesperadamente que parece como um tiro. Meus olhos arregalam-se e um rubor sobe às minhas bochechas, como se já não bastasse o blush rosa.
     ─ Isso não é verdade. ─ Digo desviando o olhar para o canto do quarto fazendo um tom de voz diferente.
     Ouço uma risada nasal vinda dele.
     ─ Ah, não? ─ Odeio quando faz isso.
     ─ Eu possuo muita experiência com homens. ─ Ironizo o encarando nos olhos novamente.
     Ele sorri percebendo meu humor, e de relance, meu fracasso com relacionamentos. Bom, não é um fracasso. Eu só tenho 17 anos.
     ─ Então me mostra. ─ Provoca.
     Merda. Eu tava brincando.
     Olhei seus olhos recheados de tentação, e sem perder tempo posicionei minha mão no seu rosto e o aproximei para beijá-lo. Com uma mão, ele procurava colocá-la por baixo da minha blusa, e com a outra brincava com a barra da minha minissaia. Eu só consigo me contorcer fazendo nossas intimidades se tocarem. Essa é a melhor parte de um sexo, eu tenho certeza. Com isso, o atrito intensificou o tesão. Eu rebolava e me esfregava buscando contato com seu pau cada vez mais duro, ele previu um futuro delicioso quando decidiu usar esta calça de moletom hoje. Seu dedo puxava minha saia para baixo devagarinho, mostrando sua intenção de querer tirar minha roupa.
     ─ Porra. ─ Um gemido meu escapa entre os beijos, e consigo sentir seu sorrisinho. Canalha. Arqueio minhas costas em prazer fazendo nosso contato se tornar mais sensível. Seus cabelos macio, meio bagunçado, estavam espalhados. Lindo, ele é lindo.
     ─ Quero que me diga se quiser parar. ─ Sussurra em meu ouvido.
Sorrio.
     ─ Seria engraçado ir embora agora. ─ Respondo sorrindo pensando na situação. Ele balança a cabeça reprimindo um sorriso.
     Já levantado, seus olhos famintos analisam meu corpo enquanto retira a saia e a minha calcinha lentamente, isso é tortura. A vergonha me atinge como um raio quando me lembro de uma coisa.
     ─ Olha ─ Ergue minha calcinha na sua frente ─ Desta vez são morangos. ─ Aperto os olhos com força antes de pronunciar baixinho um "Se fode", e ele ri.
     ─ Acho que são minhas frutas preferidas. ─ Bom, não são. Mas não são ruins. Na verdade, eu adoro muitas frutas.
     ─ Você quer ficar com as meias? ─ Que tipo de pergunta é essa? De repente me lembro que vim de chinelo slide com meias de cano alto. Sim, eu gosto de chinelos e amo meias, e daí?
     ─ Gosto delas ─ Respondo repetindo meu pensamento ─ Mas se você sentir atração por pés, pode tirá-las.
     ─ Talvez eu sinta pelos seus. ─ Me provoca e me calo em vergonha, e ele ri.
     Sinto minhas pernas serem afastadas, e quando abro os olhos vejo um Satoru descendo . Sinto sua respiração quente se aproximar da minha área sensível e meu corpo consegue se arrepiar mais ainda. Ele levantou seu olhar para me ver e seus olhos azuis me encaram com extrema firmeza. Seu trabalho de me devorar intensamente começou, e eu não resisti um gemido quando sua língua introduziu-se na minha cavidade já úmida. Suas mãos seguravam meus quadris, e subiam para minha cintura. Por um momento nossos olhares se encontraram e minhas pernas se apertaram em um movimento natural, mas eu não conseguiria me fechar completamente com ele ali. Seu objetivo se concretizou quando aumentou o ritmo da sua boca se intensificou e um de seus dedos massageavam a entrada da minha vagina. Porra, isso é bom demais.
Quando eu senti que meu corpo já estava pronto para chegar lá, ele parou. Simplesmente parou. E imediatamente meus olhos se abriram procurando um motivo para esta ação. Quando o encontrei, estava aproximando-se de mim novamente.
     ─ Quer que eu apague a luz? ─ Pergunta com um tom suave. O quarto já estava escurinho, já que a luz do quarto parecia estar regularizada em um tom baixo. A maioria da claridade se vinha da lua lá fora, que entrava pela janela aberta.
     Aprecio o cuidado. Merda, ele sabe que sou uma virgem.
     ─ N-não precisa ─ Gaguejo e desvio olhar para o teto.
     O olho novamente e ele está tirando a camiseta. E, meu Deus, essa é a melhor visão que Deus pode proporcionar à uma garota adolescente. Vejo fazendo um movimento para tirar a calça e instintivamente cubro meus olhos com as mãos.
     ─ Por quê? ─ Percebo o tom de ironia indignada na sua voz.
     ─ Respeito sua privacidade. ─ Respondo, com a voz abafada pelas mãos. Curioso, porque estou pelada da cintura para baixo. ─ Seria vergonhoso te encarar enquanto tira a roupa.
     ─ Você vai se acostumar. ─ Minhas pernas tremem, e me lembro que não gozei.
     Enquanto ouço apenas o barulho do que eu imagino por Deus que seja uma camisinha, esfrego meus pés para distrair a ansiedade.
     O sinto abrir minhas pernas e se encaixar no meio delas, e tirar minhas mãos dos meus olhos. Ele em cima de mim, seaproxima do meu rosto. Não posso olhar para baixo, provavelmente vou rir se ver um pênis.
     ─ Você vai ter que me dizer se sentir-se desconfortável. ─ Sussurra no meu ouvido.
     Bufo em reprovação.
     ─ Eu já disse que já fiz isso antes. Muitas vezes.
     ─ Acredito em você, minha linda. ─ Volta seus olhos para encontrar os meus. Que merda, por que ele continua me chamando assim?
     Uma vontade me desperta e o puxo para um beijo novamente, minha mão direita passa pelo seu rosto e pescoço, enquanto a outra arranha suas costas.
Senti seu membro ereto tocar minha entrada e me arrepio. Sinto um medo repentino, mas tento afastar isso da mente.
     Conforme entrava, me incomodava. E eu tentava controlar meus gemidos de dor, tomara que tenha funcionado. A barreira que destacava minha virgindade quase o impedia de ir fundo, mas eu quero que ele me foda, porra!
     ─ Enfia que cabe. ─ Sussurrei em seu ouvido e o senti estremecer em cima de mim.
     Respirei fundo e movimentei meus quadris para frente encorajando ele a continuar, enquanto passava meus braços pelas suas costas, buscando aproximá-lo de mim. Conforme nossos movimentos se conectavam, eu conseguia sentir uma sensação boa começando a chegar. Satoru quase não emetia som, e eu senti que ele estava se segurando para não me machucar. Isso me deixa impaciente.
Lembro que uma antiga amizade me disse que é bom ir por cima para controlar seu prazer, então concentro minha força nos meus braços para inverter as posições e fazê-lo ficar por baixo. Sua feição de surpresa me faz sorrir de lado, e me posiciono confortável em cima dele enquanto me aproximo do seu rosto.
     Ele entende o que estou fazendo e agarra minha bunda com suas mãos, para me ajudar a movimentar para cima e para baixo. Seus biceps malhados faziam um trabalho duro, mas eu acho que peso como uma pena para ele. Seu corpo era, de fato, algo mágico.
     E ele gemia mais sensualmente ainda conforme eu afundava e aumentava a velocidade do seu pau dentro de mim.
     ─ Porra, Any. ─ Gemia baixo, enquanto conseguia, mesmo assim, concentrar suas mãos por todo o meu corpo ao mesmo tempo ─ Goza comigo.
     Seu pedido me fez tremer. Meu rosto ofegante se apossou do seu pescoço, eu queria explorar aquele local até o fim.
     Quando meu prazer chega ao limite, meu corpo explode de prazer, e preciso de alguns segundos para voltar aos meus sentidos. Quando tomo coragem para olhá-lo, vejo sua expressão calma, mas ainda ofegante como a minha. Arqueio a sobrancelha em dúvida. Ele não gozou?, me pergunto.
     Vejo sua boca se curvar em um sorriso.
     ─ Acho que ficar por cima de mim é o seu novo lugar favorito. ─ Disse, já levantando seu corpo.
     Volto a me mexer nele, e sinto seus ombros ficaram tensos. "Vai continuar?", ele perguntou.
     ─ Cala boca. ─ Coloco minha mão em seu rosto para calar ele, e fecho os olhos sentindo um prazer subindo pelo meu corpo.
     Seus braços abraçam minha cintura fortemente, e faço o mesmo agarrando seu pescoço. Seus gemidos se intensificam baixinho ao meu ouvido enquanto subo e desço rapidamente.
     ─ Acho que é minha vez. ─ Diz e me joga na cama, ficando por cima.
Gojo começou a entrar e sair dentro de mim forte e rapidamente. Essa sensação era melhor ainda. Seu vai e vem me fazia entrar em uma realidade paralela do prazer por dois segundos e me fazia recuperar meu senso novamente. Entrelacei minhas pernas em sua cintura, como se ele fosse capaz de ir embora.
     ─ Satoru ─ Gemi seu nome antes de sentir aquela sensação explodindo dentro de mim novamente, e ele mordia meu pescoço enquanto chegava lá.
     Seu corpo suado pesou em cima de mim quando buscava se relaxar. Isso é um cardio excelente. Aos poucos meu corpo relaxava e meus olhos pesavam. Seu rosto se encaixou no meu pescoço e eu apaguei, como se fosse inevitável.

Meu Colega de Sala - Satoru Gojo. Onde histórias criam vida. Descubra agora