26. (hot) (fim)

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g o j o

"e assim como o nascer do sol, amar você é inevitável.
é onde começam os meus dias.
é a minha primeira fonte de calor.

nunca ouvi alguém perguntar "será que o sol vai nascer amanhã?"

mas caso você se pergunte,
a resposta é sim,
eu vou continuar amando você amanhã"

- joão doederlein.

     Era o que estava escrito na carta junto às flores que acabar de dar para Any. Eu fiquei do lado de fora da cafeteria por minutos apenas olhando ela mexer no celular enquanto tomava café. Não era um encontro marcado. Ela me disse que estava na cafeteria matando tempo e eu vi uma oportunidade de vê-la.
     Ela lia atenciosamente com uma expressão neutra que nem eu conseguia identificar o que estava sentindo. Seu rosto é suave, livre do ódio e rancor que já presenciei antes.
Seus olhos se levantam e fico ansioso por um momento.
     ─ Quero ouvir isso agora. ─ Ela se inclina em minha direção, levantando da cadeira. Meus olhos não conseguem desviar dos seus.
     ─ O quê? ─ Pergunto petrificado.
     Um arrepio passa por mim e minha respiração se torna desregulada quando a vejo dar um sorriso tímido.
     ─ Que você me ama. ─ Se mantém perto de mim. Ela quase deve conseguir ouvir minha respiração pesada. ─ Eu quero ouvir.
     Sorrio de lado.
     ─ Quer? ─ Tento provocá-la, mas ela se mantém séria.
     Agitado, controlo meus sentimentos e me concentro em seu lindo rosto.
     ─ Você é única na minha vida. A única que eu quero. A única que me enlouquece. A única que eu amo. ─ Analiso sua boca, que está há centímetros de distância da minha ─ Eu amo você. E não vou tentar esconder isso.
     E, de repente, sua mão foi veio em direção ao meu rosto e seus dedos tiraram minha máscara cuidadosamente. É quase impossível não desejar sua alma e seu corpo. Ela me olhava como se sentisse isso também.
     ─ Namora comigo. ─ Interrompo ela e recebo um olhar arregalado.
     ─ O quê?
     ─ Eu quero que você namore comigo, Any.
     Ela me encarava como se não acreditasse no que ouvia. Então, ela se ergueu na ponta dos pés e beijou minha testa, segurando meu rosto com as duas mãos. Depois, sua boca se encaixa na minha me dando um selinho, e envolvo meus braços em sua cintura e a beijo. Beijo de verdade. Quando a ponta de seus dedos passam pelo meu pescoço não posso evitar de suspirar em sua boca, e ela consegue me envolver em prazer e desejo.
     Quando nos separamos, respirando calmamente, ficamos nos encarando como dois idiotas, e quando ela me olha assim não consigo entender como chegamos até aqui. Bom, na verdade eu sei. Foi com piedade da parte dela e com pantufas de unicórnio.
     Ela coloca a mão no meu peito e sussurra ao meu ouvido:
     ─ Vamos para casa.

     A personalidade da Any é incrível, mas essa bunda, puta merda! É sensacional. Eu não tentaria impedir ela de transar comigo, não conseguiria negar o que sinto por ela. Não conseguiria negar seu rosto, seu perfume, sua força, seu corpo, e nem a forma como é superior à mim.
     Empurro ela sob a cama e puxo sua blusa para cima, revelando a nudez dos seus seios. Porra, que saudade eu tava disso. Enquanto eu retirava a calça, sentia meu corpo inteiro arrepiar quando ela me provocava, descendo a mão lentamente pela minha barriga, traçando caminhos. Enquanto uma mão me apoiava na cama, a outra descia por dentro de sua calcinha lentamente. Meu toque gelado fazia ela suspirar, e me agradava saber que ela ainda reagia com isso.
     Meus dedos brincavam por cada parte da intimidade dela, e suas reações são tão eufóricas que nem tento acompanhá-la. Suas costas arqueavam quando eu penetrava meus dedos mais profundamente, e os baixinhos gemidos escapavam, timidamente.
     Aperto sua cintura com a mão livre e analiso seu rosto contorcendo de prazer. Desci minha boca para seu pescoço depositando beijos delicados, e Any levou sua mão dentro da minha calça, passando a mão pelo meu pau. Puta merda. Ela começou a me masturbar lentamente, pra cima e pra baixo com a mão, e essa excitação me dava impulso para fazer ela enlouquecer também.
     Any enroscou suas pernas na minha cintura, insinuando que queria ir a diante, então meu pau encostava em sua intimidade, mas sem penetrar, causando um prazer louco para ambos. Inevitavelmente dei um chupão leve em seu pescoço, e os seus gemidos conseguiam me deixar mais duro à cada minuto. Desse jeito eu não ia conseguir durar muito.
     Quando finalmente entrei dentro dela, Any arranhava minhas costas buscando mais contato, e me abraçava fortemente enquanto se esfregava para aumentar a sensação. Minha mente ficou meio nublada e eu só conseguia me focar no que sentia quando estava dentro do meu paraíso.
     Com uma mão segurei sua coxa direita, e com a outra me apoiei na cama e estocava mais fundo e rapidamente. Minha respiração estava desregulada e minha mulher fechava seus olhos, passando seus braços em volta do meu pescoço.
     ─ Me faz gozar. ─ Ela pediu, e eu jamais negaria.
     Gemiamos mais constantemente quando suas pernas apertavam meu quadril e suas unhas agarravam minha carne, e sabia que ela estava tendo seu orgasmo. Sentir ela tremendo embaixo de mim era insano, e não me importei em chegar lá logo em seguida.
     Meu corpo pesava em cima dela enquanto seus dedos faziam carinho na minha nuca. O quarto meio iluminado por uma luz amarela me fazia querer ficar aqui por anos.
     ─ Eu gostaria de saber se você aceitou o meu pedido de namoro. ─ Indago confuso e um sorriso surge em seus lábios.
     ─ Será que eu aceitei? ─ Ela tenta me provocar e aperto sua cintura ─ Ai!
     ─ Se a resposta for não, eu pego para mim suas pantufas. ─ Desafio-a, sorrindo também.
     ─ Eu mataria você. ─ Responde desafiadora.
     Enterro meu rosto em seu pescoço, e essa é a única forma de conseguir esquecer quem sou. Seu rosto era o mais bonito que já vi: olhos castanhos, sorriso natural e espontâneo, bochechas coradas que eu beijaria o dia todo.
     Any deposita força em seu corpo para me empurrar para o lado, e puxa a sua manta rosa sob nós.
     ─ Que horas você vai me pegar para irmos àquele restaurante da Hello Kitty? ─ Pergunta colocando uma mecha atrás da orelha.
     ─ Se você deixar, a noite toda.
     Ela tenta ficar brava mas só consegue rir.
     ─ Você é um idiota, um babaca.
     Eu sou muito pior do que isso. Mas quem não seria por uma mulher como ela?

Fim.

Meu Colega de Sala - Satoru Gojo. Onde histórias criam vida. Descubra agora