DYNASTY, 𝗔𝗲𝗺𝗼𝗻𝗱 𝗧𝗮𝗿𝗴𝗮𝗿𝘆𝗲𝗻

𝐏𝐫𝐨́𝐥𝐨𝐠𝐨 | 𝓓𝔂𝓷𝓪𝓼𝓽𝔂

𝘊𝘢𝘯 𝘺𝘰𝘶 𝘮𝘢𝘬𝘦 𝘪𝘵 𝘧𝘦𝘦𝘭 𝘭𝘪𝘬𝘦
𝘪𝘧 𝘪 𝘵𝘦𝘭𝘭 𝘺𝘰𝘶'𝘳𝘦 𝘮𝘪𝘯𝘦?

The Prince that was promise,
Rhaenyra Targaryan

                    O dia amanheceu ensolarado em Porto Real, o Princesa Rhaenyra estava grávida de seu primeiro filho com o príncipe Leonor, a gestação ao todo foi tranquilo, embora a criança não ficasse quieta durante as últimas duas semanas a princesa estava feliz, era seu primeiro filho.

Embora todos achassem que o filho era de fato de Leonor, ambos sabiam que não era verdade, porém Rhaenyra nunca disse ao seu marido a quem pertencia o filho de fato. Ela não queria admitir que seu filho foi gerado de uma relação um tanto quanto desejada por anos pela mesma.

Daemon.

Ele era o pai de seu filho, Rhaenyra não admitiu isso a Deamon, ele havia acabado de se casar com sua prima, Princesa Laena.

Ambos estavam com desejo de um ao outro que em uma noite em que o Príncipe rebelde foi visitar o seu irmão, não pode deixar de notar como a herdeira do trono estava encantadora e a desejou como nunca.

Semanas depois Rhaenyra anunciou sua gravidez. Estava a espera de seu herdeiro, o primogênito de Daemon. Ela negou ate a morte de que o filho pertencia a ele, o rebelde a questionou tantas e tantas vezes e ela sempre negava, até se sentir derrotado e não a questionar mais.

Rhaenyra no momento estava a biblioteca lendo um livro sobre a conquista de Aegon,
a princesa estava sentada em uma poltrona confortável que foi posta ao local justamente para a mesma, depois do sexto mês de gravidez a princesa não saía da biblioteca. Era como se o serzinho que estava dentro dela estivesse curioso para saber sobre o mundo a fora.

A herdeira do trono lia um dos grandes capítulos em voz alta para o bebê, a mão apoiada a grande barriga sentindo os leves chutes que o bebê a dava, era como um sinal para a mãe "eu estou lhe ouvindo mamãe, eu sinto você".

Porém a princesa soltou o livro no chão assim que sentiu o chute mais forte e o líquido descer sobre suas pernas molhando a poltrona.

— Elinda! — A princesa grita para sua serva que se faz presente em questão de segundos. A mulher sempre se fazia presente porém mantinha uma distância para Rhaenyra não a perceber, sentia medo de acontecer algo a sua Rainha e não poder ajudar.

— Sim, princesa? — a mulher entrou e viu a situação que a mulher dos cabelos brancos se encontrava, ela sabia.

O bebê está chegando.

— Preciso que chame Leonor, ele precisa saber! — a loira levantou com a ajuda de sua criada, com as mãos da barriga, protegendo o bebê. — Stefan! — gritou para o juramentado da princesa o mesmo se pôs presente em segundos. — Preciso que me ajude a chegar ao meu quarto, o bebê está vindo!

O loiro não pensou, se colocou ao lado da princesa enquanto Elinda saiu às pressas atrás de outras criadas e principalmente de Leonor.

Outra pontada se fez presente enquanto Rhaenyra andava.

— Merda! — a princesa se encolheu, o homem ao seu lado a segurou firme. Antes que o mesmo pudesse dizer algo a princesa o ordenou. — Continue andando. —
Se reergueu e continuou a andar, com seu escudo ao seu lado a segurando firme, com medo da princesa cair ou perder o equilíbrio.

Os seguintes momentos foram como fleshs para Rhaenyra, as criadas já estavam presentes em seu quarto, preparam sua roupa e com muito cuidado a ajudaram a retirar seu vestido e a vestir.
Os gritos já podiam ser ouvidos por todo o castelo.

O dia ensolarado que se fez presente desde o amanhecer havia ido embora. As nuvens escuras que chegavam a ser pretas como carvão esconderam o sol, raios e trovões ecoavam pelo Reino, mas os gritos da mulher grávida eram mais altos, sem dúvidas nunca se foi visto um dia como este,
uma chuva como está,
um parto como este.

O Rei assim que soube da situação de sua filha ficou aflito, amava o fato de sua herdeira estar lhe presenteando com um neto, porém odiava o fato da sua menina estar grávida.

Ele sabia.
Viserys sempre soube.

Ele sabia que o bebê era um bastardo de seu irmão, ele se negou a acreditar, porém ele sabia que um dia iria acontecer.

Ele sabia.
Porém ele preferiu ver a felicidade da filha,
e como Rhaenyra estava radiante com sua primeira gravidez, ele amou o neto desde o primeiro momento, aceitou o fato do bebê ser herdeiro e ignorou os avisos de Alicent sobre isso, ele a ignorou por meses.

— Porra! — a princesa berrou, a dor aumentava e já estava sendo insuportável para a princesa e para suas criadas, nenhuma gostava de ver o sofrimento da menina.

— Princesa, deixe-me lhe ajudar. — arrumou alguns travesseiros na cama para a princesa deitar, a loira negou com a cabeça.

— Eu me recuso a deitar! Prefiro ter meu bebê sob o chão! — ela berrou, outra pontada de dor.

Os trovões se fizeram presentes novamente, a chuva estava tensa, o Rei presava por seu povo, mandou guardas para proteger a civilização caso fosse necessário. Mas não contavam com algo.

O demônio branco.

Ele sentiu o bebê, a sua bebê. Ele a queria para si, ele era dela e ela era dele.

Rhaenyra estava sob a janela, tentando encontrar uma posição confortável, ela estava com calor, precisava respirar e suas criadas a estavam sufocando.

Ela viu a fera branca voar em volta do castelo, o rugido preencheu seus ouvidos e os pelos de seu corpo se arrepiaram, ela não reconhecia, nunca havia visto o som dessa criatura.

Ela o viu, cessar o voo e parando sobre a janela de seu quarto, olhou nos olhos da grande besta e tudo se acalmou, havia apenas o dragão, ela e o bebê. Os gritos das criadas cessaram, o bebê se acalmou.

Então ela fez força, sozinha colocou as mãos sobre seu ventre e fez força, ela gritou e logo sentiu o bebê em seus braços.

Uma menina
A sua menina.
Ela era linda, a mãe sorriu vendo sua bebê choramingar, ela não berrou como os bebês costumavam fazer.

— Minha menina.— os olhos da princesa sorriram junto com seus lábios.

O grande dragão branco rugiu e  uma onda de tremor se fez presente no quarto, tudo se tremeu.
Rhaenyra o olhou, ela sabia o que ele queria, ele sabia o que ele estava sentindo.
Não era a dor da princesa que estava lutando para por o bebê pra fora, era a dor de um bebê querendo sair do útero de sua mãe.

— A bebê ainda é pequena, no momento certo ela será sua, você sabe disso. — A rainha disse em valiriano ao dragão. — Você a deve proteger e a guiar, será o protetor dela, o dragão dela. Eu sei do que se trata, e lhe permito protege-lá.
— O dragão branco curvou a grande cabeça para a rainha e então sumiu da vista da princesa.

Os gritos voltaram porém acabaram assim que viram o bebê nos abraços da mãe.

— Oh uma menina, parabéns minha princesa! — Elinda sorriu. — Qual o seu nome? — se aproximou admirando a beleza do bebê.

— Visenya. — a mãe pegou na pequena mão de sua filha. — A minha Visenya.