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No Hospital da U.A., [Nome] já estava bem, mas ainda precisava permanecer em observação. A pequena crosta de cicatrização em seus olhos a deixava temporariamente cega, resultado das células oculares danificadas pela tentativa de suicídio recente. Ela estava sentada na maca, sentindo a leve ardência e a estranha sensação de não poder enxergar.

Enquanto isso, Katsuki Bakugou estava do lado de fora do quarto, fumando um cigarro. Apesar de não ter nenhum vínculo pessoal com [Nome], ele sentia-se compelido a visitá-la.

Bakugou finalmente bateu na porta do quarto de [Nome], jogando a bituca do cigarro logo depois pela janela do corredor Ao ouvir o som, ela se endireitou na maca, sentindo um misto de ansiedade e alívio.

- Entre - disse ela, a voz ligeiramente trêmula.

Bakugou abriu a porta, ainda com o cigarro entre os lábios. Ele entrou no quarto, fechando a porta atrás de si, e ficou parado por um momento, observando-a.

- Bakugou... - [Nome] começou, tentando encontrar as palavras certas. - Eu... Fiquei sabendo que... você me salvou e eu queria te agradecer por ter me salvado.

Silêncio.

Era evidente a frustração de bakugou mesmo [nome] não consegui enxergar nada, só a presença dele já era o suficiente para que ela entendesse.

- Ficou sabendo?- Katsuki perguntou erguendo as sobrancelhas. - Segurou os nervos, e acentiu.- Tá, tá ok. Agradecer!? Você quase se matou e ainda me envolveu nessa porcaria toda! Isso foi estupido pra caralho!- Ele nem queria saber se estava cedo de mais para isso ou se ela estava com o psicológico muito fodido, ele tava pouco se fodendo, ele só queria tirar aquela raiva do peito.

As palavras duras de Bakugou a atingiram em cheio, mas ela sabia que ele tinha razão. Mesmo assim, sentia-se compelida a expressar sua gratidão.

- Desculpa...! Eu, te coloquei em risco...! Foi culpa minha, eu sei, Mas Bakugou, eu estava desesperada!- Se justificou.- Se você não tivesse me salvado, eu não estaria aqui agora. Então, obrigada...

Bakugou deu de ombros, como se estivesse tentando se livrar do peso da conversa. Ele se aproximou dela, ainda mantendo uma distância emocional evidente.- Antes de tudo, você se colocou em risco, não foi só a mim.

- Só não faça de novo. - disse ele, com a mesma seriedade. - Não quero ter que passar por isso outra vez. E você deveria começar a valorizar mais a sua vida.

- Eu vou tentar - ela prometeu.

Bakugou se sentou em uma cadeira ao lado da maca.- Você não se lembra do incidente?

Ela negou.

Ele assentiu frustrado, enquanto se lembrou de todas aquelas mortes...

[Nome] assentiu, mesmo que ele não pudesse ver. O peso de suas palavras a fazia refletir sobre suas ações e as consequências delas.

- Você fumou?- Ela perguntou de repente, com a voz baixa. Enquanto se erguia na direção de katsuki.

- Não é da sua c...- Ela segurou os dois lados do rosto de Katsuki, por instinto.

Tocou com cuidado os olhos vermelhos e inchados de katsuki. Só deus sabia quantos problemas estavam o afetando.

- Seus olhos estão tão quentes e inchados...- Disse ela baixo, mesmo não enxergando, conseguindo sentir. As mãos frias dela tamparam os olhos dele, aliviando um pouco o incomodo- Você chorou...- Concluiu ela, e ele está a em choque, logo veio o semblante de confusão e raiva, depois angústia e novamente a confusão.

- Ficou maluca?!

- Você tá bem, Katsuki? - Aquela pergunta o fez petrificar, ninguém nunca o perguntou isso, só o julgou pelo seu comportamento explosivo.

De repente, de forma instintiva, Katsuki estendeu a mão e tocou o pulso de [nome]. Não sabia exatamente o que o levou a fazer isso, mas sentiu-se compelido a segurar o pulso delicadamente e o tirou de seus olhos. No momento em que seus dedos tocaram a pele dela, um novo arrepio percorreu o corpo de [nome], fazendo com que os pelos de seu pescoço se arrepiassem.

Ele acompanhou o arrepio subindo pelo pescoço, observando cada pequeno detalhe dessa reação involuntária. A sensação do pulso pulsante sob seus dedos trouxe uma estranha sensação de proximidade e conexão entre eles. Em silêncio, Katsuki continuou segurando o pulso de [nome], permitindo que esse momento fugaz expressasse mais do que palavras poderiam transmitir.

Katsuki a observou por mais alguns momentos, a expressão não mudando, mas uma leve suavidade passou por seus olhos por um breve instante. Ele se virou para sair, mas antes de fechar a porta, lançou uma última olhada para ela.

- Cuide-se, [Nome].

E com isso, ele se foi, deixando-a sozinha com seus pensamentos, naquele quarto frio... Mesmo que ele parecesse indiferente, aquela visita significava mais do que palavras poderiam expressar.

Foto do cap feita por mim!

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⏰ Última atualização: Sep 08 ⏰

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Te daria a minha vida; K. Bakugou Onde histórias criam vida. Descubra agora