Chegou o dia que vamos descobrir a verdade, se realmente a Lorena é ou não a minha filha, e eu tô nervoso pra caralho.
O laboratório me ligou, informando que o resultado chegou, e eu tô indo lá agora para pegar.
Marquei com a Jade e com a Fernanda em minha casa, para a gente descobrir o resultado juntos, e as duas já estão lá, me esperando.
Ao estacionar o carro em frente a clínica, entro correndo e vou até a recepção.
- Boa tarde! Me ligaram informando que o resultado do meu exame já está pronto. – digo para a mulher.
- Boa tarde! Seu nome, por favor! – me olha.
- Raphael Cavalcante Veiga.
- Ok. – ela diz e pega um monte de envelopes com resultados. Folheando um por um, e procurando o meu.
E a cada papel que ela folheia, mais eu fico nervoso.
A ansiedade tá me tomando por completo, eu não sei se quero ou não que a Lorena seja a minha filha. Eu gostei muito dela, achei ela uma criança incrível, mas, eu ainda não me acostumei com a ideia de ter pedido anos da vida dela, se realmente ela for minha.
Ah, caralho, eu já tô maluco de tanto pensar e de não saber o que fazer, falar ou pensar.
- Aqui. – ela sorri e me entrega o envelope. - Poderia assinar aqui? – me entrega um outro papel.
Assino rapidamente, e agradeço com um sorriso, saindo rápido de lá, e entrando no meu carro, indo a caminho de casa.
Tudo seria melhor, se São Paulo não tivesse a porra de um trânsito sem fim. Puta que pariu.
Esfrego meu rosto, e olho novamente para o envelope que coloquei em cima do banco do carona.
- Não dá pra esperar mais... – sussurro e pego o envelope em minhas mãos. Quando estava prestes a abrir, pensei melhor. - Não, não posso abrir sem a Jade. Ela merece saber junto comigo. – guardo o envelope em cima do banco novamente.
O trânsito de São Paulo é um verdadeiro caos, o barulho insuportável de buzinas, o clima é pesado. Mas já me acostumei. Anos morando nesse caos.
Um caminho que deveria ser feito em vinte a trinta minutos, foi feito em cinquenta minutos. Mas finalmente cheguei em casa.
Estaciono o carro no estacionamento do prédio, pego minhas coisas e o envelope, e saio do carro. Pego o elevador até o andar do meu prédio, e enquanto me olho no espelho, percebo o quão cansado eu tô.
Quase nem estou conseguindo dormir essa semana, estou totalmente pilhado e maluco com a ideia de ter mais uma filha, uma que já tem quase quatro anos de idade.
Ao chegar no andar da minha casa, saio do elevador, e caminho em direção a porta de casa, abro com a senha e encontro as duas sentadas no sofá, conversando sobre alguma coisa, que arrisco dizer que é de maternidade.
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Meu Talismã- Raphael Veiga
Fanfiction"Quando a intimidade chega ir embora é uma opção Permanecer também Escolher ficar é para quem entendeu que a verdadeira magia não está no destino Aliás, não há destino. Só existe eu e você O resto é poesia pro nosso amor Para nossa dor Para nós Meu...