"Quando a intimidade chega
ir embora é uma opção
Permanecer também
Escolher ficar é para quem entendeu
que a verdadeira magia não está no destino
Aliás, não há destino.
Só existe eu e você
O resto é poesia pro nosso amor
Para nossa dor
Para nós
Meu...
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Hoje a Manuzinha tá completando cinco meses, e será a primeira vez dela no jogo do Palmeiras. E eu confesso, que tô bem ansiosa para ver ela entrando com o Raphael. Tenho certeza que vou chorar muito nessa hora.
Estou sozinha com ela, como na maioria das vezes que o Raphael tem que ir para a concentração antes do jogo. E eu tô conseguindo me virar bem, até.
Com o tempo, fui aprendendo e pegando bem o jeito. E tá sendo tudo mais fácil do que no início. Claro, tenho uma rede de apoio enorme em minha volta. E isso deixa tudo mais tranquilo. Mas não tiro meu mérito. Já que a maior parte sou eu, a Manu e o Raphael.
Em falar nele, não tenho o que reclamar, é um pai ainda mais incrível do que eu esperava que fosse. Fica todo bobo quando chega em casa e pega ela no colo, fica todo bobo quando ela gargalha com ele. É incrível a relação de amor dos dois.
Eu não trocaria esse momento incrível por nada no mundo.
Aproveito que a Manu tá dormindo no berço, e vou até o banheiro, para tomar um banho rápido e me arrumar para o jogo. Consigo fazer tudo em um tempo recorde e ao finalizar a maquiagem simples que fiz, a Manu chora, denunciando que acabou de acordar.
- Oh minha gorduchinha, não precisa chorar. – digo sorrindo ao pegar ela no colo. - Quero ver aquele sorrisão banguela seu, princesa. – faço umas cócegas na barriguinha dela, a fazendo gargalhar. - Isso que eu gosto, princesinha.
Me sento na cadeira de amamentação dela, e a ajeito deitada em meu colo, em uma forma que eu consiga dar mamar. A conexão que eu sinto entre nós duas, nesse momento, é algo tão incrível, que não sei nem explicar.
Depois de amamentar, a coloco para arrotar e depois do arrotinho, decido a vestir logo para o jogo. Troco a frauda que estava cheia de xixi, a limpo, e coloco o shortinho jeans e a camisa do Palmeiras com o nome e o número do papai.
Passo loção de neném nela, e a deixo super cheirosinha pra receber cheiros de todo mundo. Arrumo o cabelinho dela em duas Marias chiquinhas, que fica a coisa mais fofa do mundo.
- Você tá a coisa mais linda do mundo, meu amor! – dou um sorriso ao terminar de arrumar o cabelo dela. - Seu papai vai ficar apaixonado por te ver com a camisa do Palmeiras, sabia? – digo e ela sorri ao ouvir o nome papai.
- Papá. – ela repete sorridente, e eu mantenho meu olhar nela.
- Você falou? – pergunto para ela que desvia o olhar para o brinquedinho que tem na mãozinha. - Meu Deus. Você falou. – dou um sorriso bobo.
Pego rapidamente meu celular, e coloco para filmar, ao mesmo tempo que tento fazer ela repetir o que acabou de falar.
- Olha papai como eu tô linda! – digo sorrindo e filmando a Manu brincando.
- Papá. – Manu repete e dá um sorriso para a câmera, e é nessa, que o Raphael vai surtar quando assistir.
Envio o vídeo para ele, mesmo sabendo que provavelmente ele não irá assistir na hora, e volto a organizar todas as nossas coisas, antes de sair de casa.
