Ryan soltou um suspiro longo, ainda sentia aquela dor de cabeça infernal por causa da ressaca e não poder ir dormir por causa da festa de noivado estava acabando com ele.
Vendo aquelas pessoas todas bebendo, conversando e se divertindo teria sido óptimo se fosse uma das festas que ele sempre ia mas sentiu-se vazio, mesmo com todas aquelas pessoas preenchendo o salão da sua mansão.
— Olha, eu sempre achei que fosses louco mas não ao ponto de se casar tão cedo — o treinador de Ryan disse olhando para o casal que havia acabado de anunciar o noivado.
— Não que me diga respeito com quem você se deita mas sabes que não cai um jogador incrível como você ser um mariquinhas. Isso não fica bem para o nosso time e os seus colegas concordam — Ryan sempre soube do preconceito que existia no mundo dos esportes por isso não se surpreendeu.
Pedro engoliu a vontade de responder e finge continuar tomando o suco de fruta que Theodore fez especialmente para ele.
— Nem eu — Pedro virou-se para encontrar o mesmo homem que havia encontrado no dia que Ryan tinha vindo a casa de Bianca e acabaram se beijando.
O homem barbudo que se assemelhava a Ryan pegou a mão de Pedro e depositou um beijo suavemente na costa de sua mão, algo que deixou Pedro sem jeito e Ryan espumando de raiva.
— O meu irmão deu algum tipo de feitiço para você? Acho impossível alguém tão bonito gostar do Ryan — brincou ganhando uma leve risada de Pedro, o que causou uma imensa raiva no loiro.
— Qual é o seu nome? Não tive o prazer de saber na última vez que nos vimos e olha que foi uma noite inesquecível — Pedro, sem muito jeito respondeu aumentando o ciúme de Ryan.
— Se você veio aqui para isso, peço que vá embora. Não estou a fim de escutar ninguém reclamando e a vida é minha, se eu decidir foder com ela eu faço sem precisar de dar nenhuma explicação a nenhum de vocês — o homem negro ficou confuso com a atitude do seu noivo.
— Faz anos que ela morreu, Ryan. Não podes continuar agindo como se a culpa tivesse sido do pai — Ronald respondeu deixando o clima ainda mais tenso.
— Querido, pode me acompanhar? estou cansado e a minha mãe está precisando de mim — o moçambicano indagou quando percebeu o clima tenso entre eles e Ryan o seguiu em silêncio.
Pedro não deixou de perceber que o loiro estava segurando as lágrimas quando os olhos azuis ficaram marejados.
Os dois caminharam num total silêncio e quando entraram no quarto que Pedro acreditava ser somente seu, relaxou e Ryan afrouxou a gravata antes de jogar o seu corpo no colchão King size.
— O que estás fazendo? — Pedro perguntou quando viu o loiro tirar a roupa como se estivesse sozinho dentro daquelas quatro paredes.
Ryan ergueu o seu grande corpo que somente tinha a cueca preta cobrindo a sua intimidade. O loiro sorriu matreiro quando Pedro deu as costas para ele.
— Você não foi tímido na primeira vez que fodemos, porque fingir? — o mais velho podia sentir o calor emanando do homem que pressionava o seu corpo contra ele.
— Foi só uma noite e olha que me arrependo por ter caído na sua lábia — respondeu com escárnio na voz que de certo modo incomodou o maior.
— Você me odeia mesmo — comentou virando Pedro que tinha o queixo erguido e os braços cruzados no peito, tentando o seu melhor para não pular nos braços de Ryan.
— Tu foste um imbecil depois de fazer sexo comigo. Eu não esperava flores mas também não esperava que fosse tratado como uma prostituta barata — o mais alto enlaçou a cintura do menor que ficou chocado com o gesto repentino.
— Dá para esquecer isso? — Pedro sentiu o rosto esquentar ao sentir a ereção de Ryan pressionando a sua coxa e as pupilas dilatadas do outro deixaram os seus joelhos gelatinosos.
— Why are you so… — indagou se inclinando lentamente para capturar os lábios carnudos que passou as últimas horas desejando devorar.
Ryan queria marcar Pedro como seu e saber que o seu irmão estava de olho nele só aumentava o seu ciúme.
O menor ficou sem fôlego quando o loiro começou a reveindicar a sua boca e soltou um gemido baixo quando sentiu a mão forte apertar a sua bunda.
— Ryan… esper-ah — pediu entre gemidos que agradaram o loiro porém parou, obedecendo o pedido de Pedro.
Ofegante, Pedro acompanhou a língua de Ryan passando entre os lábios rosados dele e engoliu seco quando percebeu que tinha uma ereção bem dura entre as suas pernas.
— Eu ainda estou dolorido por causa de ontem e você não é nem um pouco cuidado então vamos parar por aqui — mentiu passando por Ryan que enxergava vermelho por imaginar que outro havia o tocado.
O homem negro exasperou ao sentir a mão forte envolver o seu braço sem dificuldade alguma.
— Você dormiu com outro? — tentou se livrar do aperto sem sucesso por isso respondeu ao perceber o ciúme naqueles lindos olhos azuis.
— Ao contrário de ti ele me tratou como um príncipe fora da cama e uma puta na hora certa, bem da maneira que eu gosto — disse mordendo o lábio inferior, fingindo estar lembrando de uma cena intensa.
— E ele não tentou me comprar — continuou rancoroso porém satisfeito por ver a faceta avermelhada de Ryan a cada palavra que dizia.
Ryan lembrou das palavras do seu irmão mais velho e da forma como tratou Pedro, não restavam dúvidas, era ele que havia dormido com ele e Ryan não iria permitir que ele lhe tirasse Pedro.
— Ronald? Foi ele? — o mais novo questionou e Pedro ergueu a sobrancelha confuso com a suposição do loiro que nem mesmo esperou pela resposta e somente seguiu caminho para a casa de banho.
— Era só o que me faltava — exclamou puxando o seu cabelo para trás frustrado pelo que tinha acabado de acontecer.
No dia seguinte, Pedro dormiu quase até o meio-dia e mesmo assim se sentia cansado e com vontade de atirar para fora tudo que comia.
Enquanto descia as escadas, não pode deixar de notar os inúmeros quadros e retratos decorando as paredes e todos eram da mesma pessoa.
Uma mulher loira de lindos olhos azuis que pareciam com Ryan, o seu semblante pálido e gentil causou um enorme aconchego, como se ela estivesse dando as boas vindas a ele.
Ao chegar na sala de jantar encontrou o seu noivo degustando o que parecia ser o café da manhã.
Ryan parecia ter acabado de chegar a casa por causa das suas vestimentas.
— Eu contratei uma pessoa para cuidar da sua mãe e acompanhá-la as sessões de fisioterapia — o loiro explicou enquanto voltava do seu treino matinal, uma toalha envolta do seu pescoço, parecia que já havia terminado.
— O meu chef está ao seu dispor e também tem a nutricionista que vem ter com você hoje a tarde então não saia de casa até lá — Pedro salvou ao ver a variedade de pratos na enorme mesa de jantar, o seu estômago pedia para não comer mas o seu cérebro dizia o contrário e ainda tinha os enjoos.
— Como sabia sobre a minha mãe? — questionou realmente curioso.
— Tudo é possível quando se tem os recursos certos. Vai ficar me fazendo perguntas idiotas ou vai comer? — disse claramente irritado e Pedro sabia que era por causa da noite anterior.
— Você não tem o meu amor então acho que nem tudo é possível — provocou. Ryan ergueu os olhos azuis do seu prato para o menor que sentou ao seu lado e fingiu que não estava sendo encarado até a alma.
— Sempre com uma resposta para tudo, não é? — Pedro tomou o suco de limão que estava na mesa, era uma das poucas coisas que acabavam com a ansia de vomito.
— Coma e se vista antes do meu pai chegar com o advogado — comentou se levantando. Pedro soltou um suspiro longo, aquela estadia seria longa.
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Jogadas Do Destino
RomanceRyan Hunter é um talentoso e jovem jogador de basquete que vive no topo do mundo, conhecido tanto por suas habilidades na quadra quanto por seu estilo de vida extravagante e irresponsável. Apesar de sua fama e riqueza, Ryan se sente profundamente so...