Capítulo 24🔞

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Pedro sorriu timidamente ao sentir novamente os lábios quentes de Ryan acariciando o seu pescoço, enquanto os braços fortes envolviam a sua cintura. Aquele toque, mais do que desejo, trazia conforto, uma conexão que ia além do físico, algo que ele vinha ansiando por semanas.

O silêncio entre eles estava sempre cheio de uma tensão latente, mas ali, no escuro da sala de cinema, com um filme passando despercebido ao fundo, era como se finalmente encontrassem um refúgio.


Ryan, por outro lado, estava perdido em seus próprios pensamentos enquanto beijava o marido. Ele sentia a urgência do momento, o desejo que o consumia, mas havia também uma dor profunda, um medo silencioso. Desde que saíra da cadeia, ele sentia que algo havia mudado entre eles.



Os olhares de Pedro, os toques mais contidos, as noites em que dormiam abraçados, mas sem a mesma paixão de antes. Era como se uma parte do seu relacionamento tivesse se fragmentado, e Ryan estava determinado a conquistar cada pedaço.

— O filme… ai! — Pedro tentou falar, mas foi interrompido pelo arrepio que percorreu seu corpo quando Ryan começou a massagear seus mamilos. O toque era firme, mas carregava uma suavidade que só o loiro sabia oferecer.

Pedro sorriu ao escutar o gemido do marido. Eles não transavam há semanas, e Ryan estava claramente no limite de sua paciência. Porém, havia algo mais profundo acontecendo ali.


Ryan olhou para Pedro e sentiu uma mistura de emoções. Ele sabia que o corpo do marido reagia ao seu toque, mas ele queria mais.

Queria a entrega total, a confiança, o amor incondicional que eles sempre tiveram. A situação com a prisão, os jornalistas, tudo isso tinha distanciado os dois de alguma forma. Mesmo quando estavam juntos fisicamente, parecia que havia uma barreira invisível.

Pedro, por sua vez, tentava se entregar ao momento, mas havia uma parte dele que ainda hesitava. Ele amava Ryan, disso não havia dúvida, mas o caos dos últimos meses o havia deixado inseguro. Ele não queria ser apenas um refúgio de prazer para o marido.

Queria sentir que Ryan o via como mais do que isso, como alguém com quem podia compartilhar suas inseguranças, suas dúvidas. Sentiu um nó na garganta ao perceber que, mesmo com toda a proximidade, ele ainda carregava aquele medo dentro de si.

Quando Ryan o virou de lado no sofá, Pedro sentiu o peso emocional do gesto. Ele sabia que o marido estava faminto por mais, mas também percebeu a delicadeza nos toques.

Cada beijo nas suas costas, cada toque na sua pele, era carregado de uma necessidade maior do que o mero desejo. Ryan estava ali, tentando reconquistá-lo, tentando dizer, com gestos, o que talvez não soubesse expressar em palavras.

— Eu posso? — Ryan sussurrou, a voz rouca e carregada de emoção.

Pedro virou o rosto para encarar o marido. Por um instante, ele viu a vulnerabilidade nos olhos de Ryan, e isso o desarmou completamente.

Ali estava o homem que o fazia questionar tantas coisas, o homem que, com um simples toque, o fazia sentir-se vivo. Mas também era o homem que, mesmo com toda a sua força e presença, estava mostrando ali, naquele momento, que também precisava de Pedro.


— Sim… — respondeu Pedro, a voz suave, mas cheia de emoção. Ele sentiu seu coração bater mais rápido, mas agora não era só por causa do desejo. Era pela conexão que, naquele momento, parecia ter sido restaurada.

Ryan o queria, e não apenas de forma física. Ele o queria por completo, com todas as suas nuances, com todas as suas inseguranças.

Ryan, ao ouvir a resposta, suspirou de alívio. O toque de Pedro em sua cintura, a forma como ele se entregava, mostrava que ainda havia espaço para eles se reencontrarem emocionalmente.

Ele deslizou as mãos com cuidado, como se estivesse redescobrindo cada pedaço do marido, e enquanto o fazia, sentia o peso do tempo passado longe desaparecer. Não era apenas desejo; era reconciliação, era amor.

O silêncio entre eles agora estava repleto de significado. Cada toque, cada beijo, era um lembrete de que, mesmo com todas as dificuldades, eles ainda estavam juntos.

O mais velho arfou ao sentir as suas paredes sensíveis sendo invadidas lentamente por Ryan que distribuía beijos molhados pelos ombros e nuca de Pedro.

Ryan grunhiu satisfeito ao ser envolto pelo calor de Pedro. Aguardando pacientemente para que Pedro se acostumar com o tamanho avantajado dele.

Pedro gemeu alto quando sentiu o membro latejante deslizando para fora e se enterrando nele logo de seguida.

Entre juras de amor e carícias, Ryan e Pedro se entregaram ao momento que fora mágico para ambos.

Ainda deitados no sofá, os corações de Ryan e Pedro batiam em sintonia, como se os momentos de dúvida e afastamento tivessem sido dissolvidos pela intimidade compartilhada. Ryan, com o nariz afundado nos cabelos de Pedro, sentia-se em casa.

Ele sabia que o que tinham acabado de vivenciar era muito mais do que uma simples reconciliação física. Pedro, por sua vez, experimentava uma paz rara, um alívio silencioso ao sentir o marido tão perto.

Pedro deixou escapar um suspiro suave ao sentir a mão de Ryan repousar gentilmente sobre sua barriga, onde o bebê estava crescendo. O toque era mais do que um gesto de carinho; era uma promessa.

Mesmo que as palavras não fossem ditas, Pedro sabia que Ryan estava ali, presente, comprometido não apenas com ele, mas com o futuro que estavam construindo juntos.

— Está doendo? — Ryan perguntou, preocupado, enquanto se levantava para buscar um cobertor. Pedro sorriu, balançando a cabeça.

— Não sou de plástico, Ryan — Ryan riu de leve e, com um carinho quase reverente, cobriu o marido.

O toque de suas mãos enquanto ajeitava o cobertor sobre Pedro era cheio de amor, e, mesmo sem palavras, transmitia segurança.

Ryan se ajoelhou na frente de Pedro, seus olhos encontrando os do marido com uma suavidade que contrastava com o tamanho e a força que costumava exibir.

— Eu sei, babe, mas não quero machucar você ou o nosso bebê — Ryan respondeu, envolvido pela responsabilidade que sentia por Pedro e pela nova vida que estavam trazendo ao mundo. Seu abraço era firme e acolhedor, como se quisesse selar a promessa de cuidado que fazia naquele momento.

Pedro, sentindo-se vulnerável e ao mesmo tempo protegido, envolveu os ombros de Ryan, sua mão pousando sobre o pescoço do marido.

A intimidade daquele gesto, do toque e da troca de olhares, reacendeu algo entre eles, algo profundo que transcendia as dificuldades enfrentadas. Pedro fechou os olhos brevemente, sentindo o calor que se irradiava de Ryan.

Quando Ryan o ergueu e o carregou para fora da sala, o loiro manteve o olhar fixo em Pedro, como se, naquele instante, o mundo ao redor tivesse desaparecido.

Ele queria garantir que cada momento fosse eterno, que Pedro soubesse o quanto era amado e desejado, não apenas como parceiro, mas como a pessoa que mantinha seu coração inteiro.

Pedro, por outro lado, apreciava a simplicidade daquele cuidado, embora se sentisse um pouco constrangido com a atenção das empregadas.

— Estou ótimo, amor, então não se preocupe comigo — murmurou Pedro, um pouco desconfortável ao perceber os sorrisos cúmplices das empregadas. Ele olhou para o lado, tentando esconder o calor que subia para seu rosto, mas não conseguiu conter o sorriso ao ver o rosto bobo de Ryan.

Ryan, sempre brincalhão, inclinou-se para roubar mais um beijo, mas Pedro, tímido, afastou-se rapidamente, rindo de leve.

— A minha mãe vai me matar se eu me atrasar para a consulta de manhã — Pedro lembrou, erguendo o queixo com uma falsa seriedade para mascarar o nervosismo.

— E você também, se continuar com essas gracinhas — Ryan riu novamente, obedeceu e suspirou.

Ele sabia que, apesar das brincadeiras, havia um longo caminho pela frente, mas sentia-se mais confiante. A noite terminava com ambos mais conectados, com um sentimento de renovação. A paz da noite os envolveu, mas mal sabiam que dias desafiadores ainda os aguardavam.

Eles adormeceram nos braços um do outro, silenciosamente gratos por terem se reencontrado em meio ao caos.

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