O Peso do Silêncio

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O sol se pôs além das planícies douradas da Toscana, lançando um véu crepuscular sobre a decadente mansão de pedra cinzenta, onde os segredos eram como sombras imperturbáveis. Handria, de apenas oito anos, tremia de medo enquanto observava as sombras dançarem nas paredes úmidas. Seu avô, um homem imponente e calculista, de semblante severo e olhos ávidos como os de um abutre, pairava sobre ela como um espectro sinistro.

"Você não passa de um fardo nesta casa! Um estorvo que só sabe criar problemas!", vociferou o avô, sua voz cortante ressoando pelas câmaras frias e silenciosas da mansão. O cheiro penetrante de álcool e desespero impregnava o ar, como um lembrete constante do cárcere emocional no qual Handria estava aprisionada.

As mãos ásperas e implacáveis do avô caíram sobre ela como um açoite invisível, aniquilando sua inocência e sua coragem. Cada golpe daquele implacável algoz despedaçava sua alma infantil, enredando-a em um labirinto de terror inominável. Handria afundou em um mar de lágrimas silenciosas, sua dor abafada pelo peso insondável do silêncio.

A crueldade impune ceifava a infância de Handria, semeando cicatrizes invisíveis em sua alma fraturada. O impacto devastador desse abuso desenharia sombras profundas em sua trajetória, forjando sua resiliência e obscurecendo os contornos do bem e do mal ao longo de sua jornada.

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