capítulo 27 " Reunião de emergência"

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William foi convocado para uma reunião com os representantes dos regentes da Magia, que atuavam como porta-vozes dos líderes das oito nações mais poderosas. O convite para debater o futuro que ele havia previsto ressoou como um indício de que sua visão não estava equivocada.

Ao adentrar a câmara do Conselho, William sentiu a presença dos magos  poderosos reunidos ao seu redor, seus olhares fixos nele com expectativa e curiosidade. Ele respirou fundo, sentindo a energia mágica pulsar no ar, enquanto se preparava para compartilhar as revelações que o destino lhe reservara.

Com voz firme e olhar determinado, William descreveu em detalhes as profecias e mensagens enigmáticas que havia recebido durante seu estado de sono. Ele falou sobre a guerra iminente contra as forças do mal, a escuridão que ameaçava consumir os reinos mágicos e humanos, e o papel crucial que cada um deveria desempenhar nesse conflito iminente.
Diante das revelações impactantes feitas por William, os representantes sentiram uma pontada de desconfiança pairando no ar. Apesar da sinceridade e determinação que o jovem mago demonstrava, a magnitude das profecias e visões que ele compartilhara exigia uma verificação mais profunda.

Decididos a esclarecer qualquer dúvida que pairasse sobre a confiabilidade de William, os representantes optaram por lançar mão de uma antiga  magia da verdade, que era usada apenas nos piores prisioneiros de todo o vasto continente. Em um ritual solene e envolto em mistério, os magos reuniram seus poderes para invocar a essência pura da verdade e da honestidade.

Sob o olhar atento do Conselho, William foi submetido ao feitiço da verdade, que revelaria as intenções e segredos mais profundos de seu coração. Uma aura brilhante envolveu o jovem mago enquanto a magia da verdade penetrava em sua alma, sondando cada pensamento, cada sentimento, cada visão que ele guardava em seu íntimo.

Enquanto a magia fluía através dele, William permanecia firme e inabalável, consciente de que sua sinceridade e propósito eram sua maior defesa contra qualquer suspeita. Os Regentes observavam atentamente, aguardando o veredicto da magia da verdade.

Após um momento de silêncio solene, a aura brilhante se dissipou lentamente, revelando a verdade nua e crua. Diante dos representantes, William permanecia inabalável em sua determinação e pureza de propósito. A desconfiança inicial se dissolvera diante da luz da verdade, e o jovem mago fora provado digno de confiança em sua jornada rumo à guerra.
Mas mesmo após a magia da verdade ter revelado o macabro destino, os Regentes da Magia se viram imersos em uma discussão acalorada e cheia de ponderações. Sentados em seus tronos de poder, cada um expressava suas opiniões e preocupações diante do que as revelações do jovem mago significavam para o futuro dos reinos.
Alguns representantes expressavam dúvidas em relação às profecias e visões de William, questionando a veracidade e a relevância das informações trazidas por ele. Por outro lado, outros reconheciam a importância da visão, já que William não era o único a receber tal profecia. De acordo com relatórios de algumas estrelas do continente, várias pessoas em todas as nações, bem como em reinos, florestas, oceanos e montanhas, haviam recebido visões semelhantes.

As estrelas eram magos equiparados aos regentes, porém neutros. No total, existem 17 estrelas em todo o continente. Eles são magos que protegem o mundo contra forças do mal e também garantem a paz, evitando conflitos entre reinos, nações ou espécies. Sua missão é essencial para manter o equilíbrio e a harmonia no vasto território que habitam.

Enquanto as vozes se entrecruzavam na câmara do Conselho, argumentos eram apresentados, ideias eram debatidas e decisões precisavam ser tomadas. A incerteza pairava no ar, assim como a tensão entre os representantes que representavam diferentes facções e interesses dentro das nações.

No entanto, em meio à discordância e aos conflitos de opiniões, uma verdade emergia clara e indiscutível: o tempo para ação era curto, e a ameaça das trevas crescia a cada instante. Os  representantes dos regentes da Magia sabiam que, independentemente de suas divergências, era imperativo unir forças e preparar-se para o confronto iminente que se aproximava.

Diante da iminente ameaça  e da necessidade urgente de se preparar para a batalha vindoura, os representantes chegaram a uma decisão crucial durante sua reunião. Em meio às discussões e ponderações, ficou acordado que as aulas na prestigiosa Academia de Magia deveriam ser  ainda mais rígidas, é que todas as outras academias também seriam do mesmo jeito.
A academia, renomada por seu papel fundamental na formação de jovens magos que representavam suas nações para um futuro próspero, representava um ponto crucial na preparação das futuras gerações para os desafios que se avizinhavam. Eles reconheciam a importância de fortalecer e treinar novos talentos mágicos para enfrentar as ameaças crescentes que pairavam sobre os reinos.

Com base nessa decisão unânime, mensageiros foram enviados aos quatro cantos das oito nações para convocar mais alunos, professores e funcionários à Academia de Magia. As salas de aula, os laboratórios mágicos e os corredores repletos de segredos logo voltariam a ecoar com o som dos conhecimentos sendo transmitidos e absorvidos.

Os representantes da Magia sabiam que o tempo era precioso e que cada momento de treinamento e estudo poderia fazer a diferença no confronto que se aproximava. A retomada das aulas na academia representava não apenas um retorno à normalidade, mas sim um ato de resistência e preparação diante das sombras que se avolumavam no horizonte.

Alguns dias foram se passando mais  alunos chegavam à Academia em um estado de agitação e temor, refletindo o caos que se espalhava pelos reinos devido às novas profecias sombrias que assombravam a todos. Enquanto adentravam os portões da academia, seus rostos exibiam marcas de preocupação e incerteza diante do futuro incerto que se desenhava diante deles.

Os corredores outrora repletos de entusiasmo e curiosidade agora ressoavam com murmúrios ansiosos e olhares apreensivos. Os alunos trocavam boatos e notícias alarmantes sobre as profecias que anunciavam a chegada de uma grande ameaça às terras mágicas, abalando as estruturas da sociedade e instilando medo nos corações mais corajosos.

Enquanto os Regentes da Magia tentavam manter a calma e a ordem  em suas próprias nações, na academia o reitor fazia o mesmo, era evidente que o tecido da realidade estava se desfazendo diante dos olhos dos jovens aprendizes. As aulas se tornaram mais intensas e focadas em técnicas de defesa e ataque para o inevitável confronto que se aproximava, enquanto os professores buscavam transmitir conhecimentos essenciais para enfrentar as trevas iminentes.

Nos bastidores, os regentes trabalhavam incansavelmente para decifrar as profecias antigas, buscando pistas sobre como deter a ameaça iminente e proteger os reinos da destruição total. Alianças eram forjadas, encantamentos eram tecidos e estratégias eram traçadas em segredo, na esperança de encontrar uma luz no fim do túnel sombrio que se estendia diante deles.

Enquanto o caos se alastrava pelos reinos e a incerteza pairava no ar, a Academia de Magia se tornava um refúgio de aprendizado, preparação e esperança para aqueles que estavam dispostos a lutar contra as forças das trevas que ameaçavam consumir tudo o que conheciam. A chama da coragem brilhava tênue, mas persistente nos corações dos alunos determinados a enfrentar seu destino com bravura e determinação.

Sussurros das Trevas: Segredos Ocultos  Onde histórias criam vida. Descubra agora