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Quando Ohana achou que havia convencido Maria o suficiente de que o que ela tinha visto era apenas uma questão de ângulo, ela decidiu que era hora de sair. Apesar de dar risada eu não consegui não ficar com pena da minha pequena. Era tão emocionante ver a inocência das crianças. Conservaria os meus assim até o dia que pudesse.

Minha ex esposa pediu para dirigir meu carro e eu entreguei a chave de prontidão. Apesar de amar dirigir o caos do trânsito me incomodava um pouco, principalmente quando tinha os pequenos pelo meio, por conta do tempo que passamos longe, sempre estão cheios de perguntas para me fazer e eu preciso prestar atenção nas coisas que estão falando.

- Merda, esqueci o meu óculos de sol. - Ohana comentou enquanto batia os dedos no volante inquieta

- Quer voltar? - sugeri

- Por causa de um óculos? - me olhou espantada - Claro que não... Você também hein...

- O quê? - não entendi mesmo o incômodo dela

- Nada não, eu só gosto da forma como me trata.

- Que forma?

- Como se eu tivesse treze anos. Sempre a posto para fazer todas as minhas vontades. - deu um tapinha na minha coxa e voltou a mão para o volante - Você é uma graça, esposinha.

- Tu se acha. Eu só falei porque sei que suas vistas sempre te causa dor de cabeça.

- Tu não tem nenhum aqui no carro? Diz que sim...

- Pior que não tenho não. E esses mocinhos calados assim? Que estranho... - chamou os filhos

- Mamãe eu estou tão feliz que você veio ver a gente.

- Mamãe também, amor. Fiquei feliz demais em saber que poderia vir antes.

- Se a senhora tivesse avisado a gente tinha esperado para tomar café junto com a gente e tia Laila. - Theo comentou

- Fica para a próxima, meu amor.

- Mãe, você gosta da tia?

- Ué, amor... Gosto. Por que não gostaria?

- Entendi. Mas mamãe não gosta da tia Alba.

- Maria. Cecília. - a loira falou rude e a menina murchou

- Mãe, eu fiz uma cartinha para a senhora. - Theo falou com Larissa

- Sério amor? Deixa a mamãe ler?

- É.. Na verdade eu vou esperar minha pró corrigir e aí depois eu te mostro, mãe. Pode ser?

- E por que não corrigimos juntos? Eu não me importo, bebê.

- Não, mamãe! - ele falou apavorado

- Ele só está com vergonha de estar com você quando você ler. - Ohana cochichou

- Tá bem, meu filho. Mamãe é tão ansiosa... Quer me entregar logo não?

- Depois. - a morena preferiu não insistir

- Mamãe eu não fiz carta mas Ceci te ama muito. - ela falou como se não se importasse muito com aquilo

- Eu também amo Ceci demais, meu amor. Do tamanho do mundo.

- Quer ir em algum lugar depois do almoço? - a mãe deles me perguntou

- Eu queria comprar um presente para a minha mãe e para a sua, esqueci real de pegar algo lá em Miami...

- Sério, Larissa? Shopping? Deve estar um inferno...

- Se não for atrapalhar... Eu posso deixar vocês e ir sozinha também.

Art Link IIOnde histórias criam vida. Descubra agora