FK
Acordei com uma morena deitada do meu lado, sei nem o nome.
Levantei devagar, peguei minhas coisas e quando eu tava saindo a garota me chamou.
- Aonde cê vai? - Perguntou.
- Meter o pé. - Falei simples.
- Fica aqui comigo Fk. - Ela falou manhosa.
- Sai fora garota, uma transa e já era, mundo não é um morango não. - Falei saindo.
Odeio essas mina que acha que vão conseguir mais do que um sexo comigo, papo reto. Depois da Maya, eu nunca mais assumi nenhuma nega, até porque essas garota do morro são tudo piranha, nem vale o investimento, prefiro ficar quieto na minha.
Dei um pulo em casa pra tomar um banho e depois fui direto pra boca, cheguei lá e os moleque já tava tudo na ativa.
- Eai bela adormecida. - Rodrigo falou.
- Papo reto irmão, fica quieto na tua. - Falei pegando um baseado e acendendo.
tinha muito trabalho na boca hoje, então só com muita maconha pra não ter estresse.
Tava descendo o morro e vi a Luana saindo pra levar a cria dela na escola, a piranha tava sempre linda, como pode um bagulho desses irmão.
O pior é que eu tava indo na mesma direção que ela, porque a casa da coroa ficava pra aqueles lado, então acabei indo lado a lado com a safada.
Eu via que ela me olhava de canto de olho, e fui escutando a pequena tagarelando com a mãe dela, que criança que fala, papo reto nunca vi ter tanto assunto.
Cheguei na casa da coroa invadindo já, a casa é minha também.
- Eai velha, tá bem? - Falei dando um beijo na testa dela.
- Olha o respeito garoto. - Falou enquanto tomava café.
- Foi mal, tô na maior larica, tem oque pra comer aí? - Falei abrindo a geladeira.
- Tem tudo aí, procura. - Ela disse bebendo o café.
A mulher tá ignorante hoje.
Peguei um monte de bagulho pra comer, tava morto de fome, aproveitei pra levar a coroa pra almoçar depois, sempre bom dar uma atenção pra velha.
...
Luana
Depois de levar meu bebê pra escola, voltei pra casa e aproveitei pra passar a tarde limpando.
Normalmente a minha rotina é bem tranquila, eu só trabalho no salão da dona Lucia nas sextas-feiras como manicure, e o resto da semana eu passo de bobeira, afinal querendo ou não, eu ganho uma grana razoável que eu consigo pagar todas as contas e dar tudo que minha filha merece.
No finalzinho da tarde o Pc trouxe a Helena pra casa e já tomou um café com nós.
- Você é abusado ein garoto. - Falei fazendo um café pra ele e um leite com Nescau pra Helena.
- Eu trago tua filha em casa, o mínimo é tu me dar um cafezinho dona, tô na maior larica. - Ele falou enquanto comia um pão.
- Oque é larica mamãe? - A helena perguntou enquanto comia o sanduíche dela.
- É quando alguém tá com muita fome filhinha, mas não se fala assim, é só o seu tio Pedro que fala assim. - Falei dando o café dele e o Leite dela.
Ela apenas concordou enquanto tomava o Leite e eu me sentei com eles na mesa.
- E tu não vai comer maluca? - Perguntou.
- Tô com fome não. - Falei estralando os dedos.
Ele me olhou com a sobrancelha levantada.
Depois quando levei ele até o portão ele me olhou.
- Tá acontecendo algo? - perguntou.
- Cara, tô cansada da boate, não aguento mais trabalhar lá. - falei suspirando.
- Não pede as conta porquê?
- Não é tão simples assim Pc, eu tenho muita dívida lá por causa da época que eu morei lá antes da Helena nascer, ainda mais que eu mal trabalhava quando tava grávida dela. - Falei.
- Tá e tu não pode pagar e ir embora? te dou o dinheiro pô. - Ele falou cruzando os braços.
- Nem com todo dinheiro do mundo aquela vaca da Fernanda vai me deixar sair, eu tenho que pagar em serviços o tempo que fiquei lá de graça. - Falei.
- Puts Luaninha, mas a gente vai dar um jeito. - Ele falou me abraçando e depois indo embora.
Entrei em casa e vi minha filha brincando com as bonecas dela na sala, eu faça de tudo por ela.
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Meu Talismã [PAUSADA]
RomantizmLuana Duarte é uma garota de 19 anos que trabalha como prostituta em uma boate no Rio de Janeiro, mas não por escolha e sim por necessidade. Ela passa por muito trabalho em sua vida, e faz de tudo por sua filha, Helena, seu bem mais precioso. Luana...