Capítulo 1 : A sombra de Vandelar

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A noite caía sobre a cidade de Vandelar, tingindo os céus com tons de roxo e azul. As ruas estavam vazias, exceto por algumas figuras encapuzadas que se esgueiravam pelas sombras. No coração da cidade, em uma antiga catedral abandonada, algo sombrio despertava.

Azael, a demônia de olhos ardentes, observava a cidade de uma das torres. Seu terceiro olho, localizado na testa, pulsava com uma luz vermelha enquanto sondava as profundezas das almas que passavam abaixo. Ela segurava sua foice com firmeza, sentindo o poder ancestral que corria por sua lâmina.

"Mais uma noite na prisão de carne e pedra," murmurou Azael para si mesma. "Mais uma noite lidando com os meus demônios."

De repente, um grito agudo cortou o silêncio da noite. Azael virou-se bruscamente, sua visão se concentrando em um beco distante onde uma jovem estava cercada por figuras encapuzadas. Seu coração, uma mistura de escuridão e faíscas de humanidade, apertou-se.

Sem hesitar, Azael desceu a torre com agilidade sobrenatural, suas asas negras se abrindo em um salto elegante. Ela aterrissou no beco, sua presença imponente fazendo os atacantes recuarem. Eles estavam em choque, não esperando encontrar uma criatura tão formidável.

"Quem ousa causar terror sob a minha vigília?" Azael perguntou, sua voz ecoando com uma autoridade inumana.

Os encapuzados hesitaram, mas logo avançaram, acreditando na superioridade de seu número. Azael girou sua foice com destreza, a lâmina cintilando sob a luz da lua. Em um movimento fluido, ela desarmou o primeiro atacante e o derrubou com um golpe preciso.

O segundo atacante tentou fugir, mas Azael o agarrou pelo manto, puxando-o de volta. Seus olhos, agora brilhando intensamente, encontraram os do homem, e por um momento, ele viu o reflexo de sua própria alma corrompida. Azael balançou a cabeça, decepcionada, e com um movimento rápido, nocauteou-o.

A jovem, tremendo de medo, olhava para Azael com uma mistura de gratidão e terror. Azael se aproximou lentamente, guardando sua foice.

"Você está segura agora," disse ela suavemente. "Mas Vandelar está cheia de perigos. Tome cuidado."

A jovem acenou com a cabeça, ainda assustada, e correu para longe. Azael ficou ali por um momento, observando as sombras se fecharem novamente ao redor dela. Ela sabia que a batalha contra as forças das trevas estava apenas começando, e que cada noite traria novos desafios.

Mas, mais do que isso, Azael sabia que seus maiores inimigos não estavam nas ruas de Vandelar, mas sim nas profundezas de sua própria alma atormentada. Ela voltou para a catedral, determinada a enfrentar não apenas os demônios exteriores, mas também os seus próprios.

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