Meus demônios

Capítulo 6 : O retorno da escuridão

Azael estava exausta, mas aliviada, após ter obtido o artefato perdido e ter enfrentado a prova do guardião. Com o cristal mágico em suas mãos, ela sentia uma onda de realização e esperança. No entanto, a sensação de paz durou pouco.

Ao voltar para Vandelar, Azael percebeu uma nova inquietação na cidade. Havia rumores de um ser sombrio que havia aparecido recentemente, e os cidadãos estavam aterrorizados. Os sinais de medo e pânico nas ruas eram evidentes, e a atmosfera da cidade estava carregada com uma tensão desconhecida.

Na noite seguinte, enquanto Azael caminhava pelas ruas, uma presença familiar e sinistra a atingiu. A sensação era inconfundível: outro demônio estava na cidade. Era um ser de aura poderosa, que parecia manipular as sombras ao seu redor. O demônio era imponente, com uma aparência que misturava beleza e terror. Seus olhos brilhavam com um conhecimento profundo, e sua presença parecia absorver a luz ao seu redor.

Azael decidiu seguir a fonte da energia perturbadora e encontrou o demônio em uma parte isolada da cidade, em um antigo teatro abandonado. O demônio estava sentado em um trono improvisado, rodeado por símbolos arcanos que brilhavam em um tom de vermelho profundo.

"Você finalmente apareceu," o demônio disse, sua voz carregada de um tom sibilante. "Eu sabia que não poderia ficar oculto por muito tempo."

Azael manteve a guarda. "Quem é você e o que deseja?"

O demônio se levantou, sua figura elegante e ameaçadora. "Eu sou Kareth, um dos demônios antigos que entendem a verdadeira natureza das maldições. A maldição que você enfrentou não é algo trivial. É uma das muitas correntes que ligam os mundos e alimentam as forças das trevas."

"Você sabe sobre a maldição?" Azael perguntou, surpresa e inquieta. "Como pode me ajudar?"

Kareth sorriu, um sorriso enigmático. "Eu entendo mais sobre a maldição do que você imagina. A verdade é que a maldição que você enfrentou foi apenas um fragmento de algo muito maior. O artefato que você possui é uma peça fundamental, mas seu verdadeiro poder ainda não foi desbloqueado."

Azael franziu a testa. "O que você está dizendo?"

Kareth se aproximou, seu olhar penetrante fixo em Azael. "O artefato que você encontrou é uma chave para um portal que conecta o mundo dos humanos com os domínios das trevas. Se não for usado corretamente, pode desencadear uma calamidade. Para impedir isso, você deve aprender a controlar o poder do artefato e entender o papel que ele desempenha em um plano maior."

Azael estava tomada por um turbilhão de emoções. "Então, o que devo fazer?"

Kareth ergueu a mão e um mapa antigo apareceu no ar, projetado por sua magia. "Você precisa buscar um antigo tombo, escondido em uma cripta sob a cidade. Lá, você encontrará o conhecimento necessário para dominar o artefato e evitar que ele caia nas mãos erradas."

Antes que Azael pudesse responder, Kareth desapareceu nas sombras, deixando-a sozinha no teatro abandonado. O desafio havia se intensificado. Azael sabia que precisava agir rapidamente para evitar que a cidade fosse destruída e para garantir que o artefato fosse usado de maneira segura.

Determinada, Azael seguiu as instruções de Kareth e partiu para a cripta mencionada no mapa. A entrada para a cripta estava escondida em um antigo cemitério, coberta por uma camada de vegetação densa. Azael conseguiu abrir o caminho e desceu para as profundezas da terra.

Dentro da cripta, o ar estava pesado e frio. As paredes estavam cobertas de inscrições antigas e símbolos que brilhavam em uma luz fraca. Azael seguiu o caminho sinuoso até encontrar uma câmara central, onde um antigo livro estava sobre um pedestal.

O livro era empoeirado e parecia muito antigo. Ao abri-lo, Azael encontrou textos e diagramas que explicavam como usar e controlar o artefato. As instruções eram complexas, mas forneciam a chave para desbloquear todo o potencial do cristal e para evitar que ele causasse destruição.

Com o livro em mãos e o conhecimento recém-adquirido, Azael estava pronta para enfrentar o desafio final. Ela sabia que precisava agir com cautela e sabedoria para proteger a cidade e manter o equilíbrio entre os mundos. A jornada estava longe de terminar, mas Azael estava mais equipada para enfrentar o que estava por vir, ciente de que sua luta contra as trevas estava apenas começando.