Familia

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domingo - 22/10

Acordo sentindo um peso em meu peito, abro os olhos lentamente e vejo o loiro deitado com o rosto e peito em cima do meu tronco, e com sua perna direta por cima das minhas.

Alguns raios do sol entravam no quarto, iluminando levemente. Tento me mexer um pouco para coçar meus olhos, porém com o Katsuki em cima de mim, fica complicado.

Desisto de me mexer e apenas fico deitado olhando para o nada, coloco uma de minhas mãos no seu cabelo loiro e faço um cafuné.

-Katsuki? -Uma voz feminina grita do lado de fora do quarto, deveria ser sua mãe.- Garoto! -Ela bate na porta algumas vezes.-

Começo a entrar em um certo desespero, o meu loiro não acordava, então começo a balançar ele.

-Kacchan...Kacchan! -Falo sussurrando um pouco alto, para a senhora Bakugo não escutar.- Kacchan acorda! Seus pais!

-Ele começa a abrir o olho lentamente.- Quê?... -Ele fala com os olhos um pouco abertos, sua voz soava sonolenta e rouca.-

-Seu pais kat! Estão batendo na porta! -Falo levemente nervoso.-

-Katsuki! -A senhora Bakugo fala alto novamente e escuto o barulho do trinco mexendo.-

-Porra. -Ele acorda no susto e se levanta rapidamente de cima de mim.-

Graças ao bom Deus ele tinha trancado a porta, então antes de abrir, ele pega um short frouxo em sua gaveta e a regata que ele havia me emprestado, que estava jogada no chão. Então ele abre um pouco a porta, de forma que sua mãe não conseguisse me ver.

-O que você quer?! -Ele fala sério, parece irritado.-

-Eu e seu pai vamos no supermercado comprar algumas coisas que estão faltando, você quer ir?! -Ela também parece irritada, mas um tanto calma.-

-Não. -Ele ameaça fechar a porta.-

-Ei! Por que a porta estava trancada? -Ela pergunta de uma forma que parecia um sermão.-

-Porque eu tranquei, não é óbvio?

-Você nunca tranca!

-Mas eu quis! Não posso?

-Deixa o garoto, Mitsuki! Ele já é grandinho não acha? O quarto é dele, amor. -Uma voz masculina, que parecia estar um pouco longe, entra na conversa, deveria ser seu pai.-

-Vocês dois sempre em um complô contra mim, não é?! -A senhora Bakugo diz.-

-Tá coroa, vai logo fazer suas compras e não enche meu saco.

-Menino mal criado!

-.Bakugo fecha a porta, mas ainda escutamos alguns burburinhos de sua mãe e de seu pai.- Certeza que ele tá me escondendo alguma coisa! -Diz ela.-

-Deixa o menino, amor! -Diz seu pai.-

Bakugo vem até mim novamente e se deita do meu lado, aonde estava antes, mas não na mesma posição. Dessa vez ele deita reto, de barriga para cima e se enrola com o edredom.

-Essa mulher é muito chata. -Ele reclama.-

-Eu rio.- Achei ela engraçada, não me pareceu uma repreensão verdadeira, acho que ele só estava curiosa. -Deito de lado, olhando para ele.-

-Era só pra me irritar!

-Já sei da onde você tirou essa sua personalidade! -Brinco.-

-Oi? Ela é maluca! -Ele parece indignado.-

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