Bradley
Ontem o Max me chamou para a festa e o Marcos ultrapassou os limites, a aula de hoje já acabou também, chego no meu quarto e me deito na cama, acaba sendo um quarto próprio pois ficaram com tanta raiva de mim que se auto expulsaram, achei loucura, mas acabei ganhando com isso, é horrível dividir quarto.
Pego o meu caderno que fica debaixo do meu travesseiro e comecei a olhar as coisas que eu escrevia e escrevo, afinal, eu gosto de dar uma de "Lara Jean", sabe, aquela menina daquele filme que escreveu uma carta para cada garoto que já amou, eu amo escrever meus sentimentos por alguém como se fosse uma carta, só que eu escrevo várias dependendo do que eu estou sentindo no momento, sem contar que ajuda muito a entender o que de fato é o sentimento. Mas eu só comecei a fazer isso quando comecei a gostar do Max, tem muitas páginas sobre ele, quanto eu amo aquela risada pateta dele, seus olhos, sua voz, e como nos provocavamos quando nos conhecemos.
Pego o celular e mando mensagem para o moreno perguntando que horas vai ser, não dá dois minutos e ele me fala, 22horas, tranquilo até, é só eu dormir de tarde, o que provavelmente vai acontecer depois de eu chorar sobre os meus problemas, e a terapia vai ser só semana que vem.
*📝*
A hora da bendita da festa tá chegando, já estou arrumado, coloquei minhas roupas normais de sempre, afinal, se eu tentar parecer mais com o estilo deles, vai ser óbvio que é forçado e vão falar mais mal de mim ainda, não que eu ligue, mas é chato. Espero que essa festa realmente exista.
Meus dentes estão bem escovados e estou mascando um chiclete de menta, é bom para me acalmar.
O dormitório dele não é tão longe então eu vou a pé, antes de chegar, jogo o chiclete fora, em uns cinco minutos eu chego lá e bato na sua porta, ele aparece segundos depois com um copo de cerveja na mão.
--Brad! Nossa... --Ele me olha de cima a baixo, será que eu esqueci de fazer alguma coisa? Eu acho que não.
--E aí, calouro, a festa é de verdade mesmo, não é? --Brinco.
--Claro! Por que eu mentiria para você? --Sinto uma pontada de felicidade, mas por algum motivo sinto que vai durar pouco.
--Ah, porque você me odeia e esse tipo de coisa. --Isso saiu como se arrancassem uma faca da minha garganta.
Foi só eu falar isso que o Max ficou paralisado, olhos arregalados e esse tipo de coisa, ignoro e entro no dormitório dele.
Algumas pessoas me olham feio mas ignoro e pego uma lata de cerveja, bebo uma, duas, três... e alguém chega do meu lado, estou meio tonto então não chego a olhar no rosto.
--Ei, posso te beijar? --Diz esse garoto que não consigo indentificar quem é, mas faço que sim com a cabeça, afinal, estou aqui para isso, afinal, vai que é bom para esquecer o Max. -- Ótimo.
Por sinal, o povo daqui é tudo muito aleatório, puxam nem uma conversinha antes.
Ele me pega pela cintura e me beija, coloco os braços ao redor do seu pescoço, ele parece que toma cuidado para não me apertar demais como se tivesse medo de eu quebrar, então já sei que não é o Marcos, já é um lado positivo.
O garoto sai do beijo, mas ainda estou meio tonto para encara-lo.
--Você beija bem, riquinho. --Ele brinca, beija minha bochecha e sai, esse garoto é estranho, mas isso são detalhes.
--Caraca. --Digo e pego outra lata de cerveja, quero ver se fico o bêbado o suficiente para esquecer tudo dessa noite.
Sinto alguém puxar meu braço com tanta força a ponto de doer, conheço essa pegada, é o Marcos.
--Olha, aqui, seu vagabundo, quem você pensa que é para sair por aí beijando qualquer um? --Diz irritado.
--Ah, me deixa em paz, vai! --Digo com uma voz meio arrastada.-- A gente não namora nem nada, só nos beijamos uma vez e foi contra minha vontade, se manca aí. --Falo tentando me soltar do braço dele.
--Okay, mas se eu disse que você é meu, você é.
--Primeiro, isso aqui não é um livro de dark romance, e segundo, você não falou nada, maluco pervertido. --Me solto do braço dele e tento correr para fora do dormitório mas acabo caindo no meio do caminho.
*📝*
Acordo com muita dor de cabeça em uma cama desconhecida e olho em volta tentando reconhecer onde estou, até que uma menina entra no quarto, eu a encaro tentando ver se reconheço.
--Oi, Bradley! Sou a Lara! Você desmaiou na festa do Max depois de bater a cabeça em uma lata de cerveja quando caiu, e todo mundo estava rindo de você, ninguém sabia onde o Max estava, então decidi te trazer para cá, desculpa. --Diz a menina loira de cabelo liso.
--Ah, oi Lara! Obrigado... Eu acho. Tem água? --Digo sentindo minha garganta extremamente seca.
--Certo! Vou pegar. --Sai e volta em uns dois minutos ou menos. -- Aqui. --Me entrega um copo.
--Obrigado de novo.
--De nada! Ei, posso te fazer uma pergunta? Se não for incomodo.
--Não é incomodo, pode fazer.--Afirmo.
--Por que você foi para uma festa se todos ali te odeiam?
--O Max me convidou, achei de bom tom eu aceitar.
--Ah sim, ele é muito legal. --Diz me deixando um pouco incomodado, sei que ele iria adorar ela. -- Mas ele não faz meu tipo.
Isso sim é uma surpresa.
--Sério? Todo mundo acha ele lindo, incrível e esse tipo de coisa.
--Ele de fato é muito bonito, legal, engraçado, gente boa, mas não é meu tipo.
--Então o que é seu tipo? --Pergunto bem sincero
--Mulheres.
--Ah.
Não sei o que falar, de fato eu não esperava por essa.
--E o seu tipo, qual é? --Ele diz sorrindo.
Suspiro bem fundo antes de responder.
--O Max. O Max é meu tipo.

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Ass: ??? | Maxley * Bradley x Max
أدب الهواةBradley é odiado por tudo e todos. Já Max de repente começa a receber cartas anônimas após uma festa. 💥GATILHO: ASSÉDIO E PODE CONTER HOMOFOBIA💥 •Aviso no fim da fic• (Desenho da capa não é meu, se souberem o artista, me falem para eu dar os crédi...