Max
Como assim "namorado"? Com todo respeito ao casal "feliz", mas eles não tem nada haver! O Brad merece algo melhor do que aquele sem noção, e outra, duvido que seja verdade! Esse tal de Marcos tem uma cara de mentiroso, vou ficar de olho nele, não confio no que ele diz.
--Não estava esperando por essa não é? Agora se lembra de quando beijou ele? --Diz irritado, mas acredite, estou mais do que ele.
--Já falei, não lembro de merda nenhuma de ontem, nem mesmo de ter beijado o seu suposto namorado.
--Bom, não tenho nada haver com isso, mas aconselho você ficar assim, longe dele.
--Vai se lascar.
--Me escuta aqui. --Ele se aproxima do meu ouvido e começa a sussurrar. -- Vai ser bem pior para ele se você não se afastar.
--Se fizer algo com ele que eu quebro cada osso do seu corpo, está me entendendo? Ele pode até ser seu namorado, mas não é seu brinquedo. --Digo tentando ficar o mais sério possível.
Quem eu quero enganar? Me recuso totalmente a acreditar que eles podem ser namorados. Mas a parte de acabar com todos os ossos dele, essa parte é verdade.
--Conversa de namorado apaixonado? Não sei se percebeu, mas sou eu que namoro ele.
--Certo, agora tchau, meus amigos estão chegando e eles não são tão tranquilos quanto eu, vai embora logo.
Na verdade eles são super tranquilos, mas eu simplesmente não aguento mais esse insuportável.
--Está bem, depois nos vemos. --Diz e sai pela porta.
Por que só tem doido nessa cidade? Pelo amor de Deus!
Tento ignorar o ocorrido e volto a comer meu açaí, uns quinze segundos depois, os meninos chegam.
--Você está com uma cara estranha. --Bobby observa.
--Ele está é irritado, o que houve, Max?
--Nada não, só estava pensando no que eu vou falar para o Brad amanhã. --Minto, em partes.
--Está bem então, senhor apaixonado.
--Você fala como se quando na época que você e a Capuccino começaram a namorar, você não falasse dela por vinte e quatro horas por dia.
--Detalhes irrelevantes, meu amigo, irrelevantes. --Ele sorri.
Aos poucos os assuntos vão mudando, falamos mal da faculdade e da falta de tempo que temos para fazer as coisas, e também de como temos que arrumar o dormitório depois que chegarmos.
*📝*
Chegou o dia, hoje eu falo com o Bradley! Não importa o que aconteça, nem mesmo se aquele cara lá, o Marcos, aparecer, ele que se lasque.
Dou mais uma olhada na carta para ver se reconheço a letra, mas novamente, nada, e então volto a me ajeitar, escovo bem os dentes e esse tipo de coisa, afinal, sou um cara que tem o mínimo de higiene básica.
Acordo os dorminhocos que chamo de amigos e vou antes que eles para a aula.
Vou no meu skate para tentar pensar menos, estou mais nervoso do que... Bem, não veio nada na minha mente para comparar, mas estou bem nervoso, e isso faz sentido? Eu só estou indo falar com ele sobre o que eram nossas provocações para ele, nada demais, certo? Tipo, eu com certeza vou me sentir o maior idiota do mundo se para ele elas tiverem sido só provocações, mas quem liga, não é mesmo? A dúvida vai me atormentar mais do que qualquer outra coisa, pelo menos, é com isso que eu estou contando.
Chego no corredor e vejo ele chegando perto da porta, é agora.
--Brad! Ei Bradley! --Chamo ele e vou em sua direção correndo.
--Ah, oi Max! --Diz se virando para mim com um sorriso simpático, aí meu senhor, acho que nunca vi isso na minha vida.
--Então, eu queria falar com você, mas... --Lembrei do Marcos, por mais que eu quebre ele se ele fizer algo com o Brad, eu vou ao menos evitar que ele toque nele.
--Mas?
--Vem cá. --Estendo minha mão para ele segurar, não sei onde levar ele, mas eu não quero falar com ele em um canto cheio de alunos onde podem distorcer o que ouvem.
--Beleza. --Segura minha mão e eu o levo com cuidado para não apertar sua mão muito forte, para de trás de uma árvore, no pior dos casos, vão achar que a gente está fofocando. --Sobre o que é? --Ele pergunta.
--Quando a gente... --Suspiro fundo tentando tomar coragem.-- Quando a gente fazia aquelas provocações... O que elas eram para você? --Não consigo encara-lo.
--Como assim?
--Você fazia só para implicar ou... --As palavras não querem sair.
--Ou o que? --Pelo tom de voz, também parece nervoso, deve ser por causa de um maluco que arrastou ele para cá.
--Ah, esquece isso. Só quero que você saiba de uma coisa, e que ela fique bem clara na sua cabeça, beleza? --Consigo olhá-lo nos olhos.
--Está bem, fala aí, Max. --Ele engole seco.
--Você sabe que eu não te odeio, não sabe? Nunca te odiei nem mesmo por um segundo, mesmo quando eu tentei te odiar, eu não consegui, mas aí vieram me dizer que você pensou que eu pensava isso, eu só queria que você soubesse disso mesmo, pode ir agora. --Solto sua mão, mas não consigo mais parar de olhar para seus olhos azuis, que merda.
--Bom saber disso, calouro. --Ele sorri de canto, o que me faz dar um sorriso de orelha a orelha.
--Mas você achou isso mesmo? Tipo, achou que eu te odiasse?
--Posso ser bem sincero?
--Está é a intenção, Brad. --Digo e ele sorri.
--Eu jurava que você me mataria se pudesse.
Devo ter ficado pálido de tão surpreso, como eu fui deixar isso acontecer?
--Ah. --Unica coisa que eu consegui dizer, ele ri.
--Bom, vou indo, até depois, calouro. --Me olha de cima a baixo, me fazendo sentir arrepios, mas ao mesmo tempo, um conforto.
--Até, Brad.
Sinto gotas de chuvas caírem pelas folhas da árvore, e em minha opinião, tirando o fato de que não dá para andar de skate na chuva, dias chuvosos são a coisa mais linda de todas, mas ao mesmo tempo, sinto que tem alguém me observando.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Ass: ??? | Maxley * Bradley x Max
Fiksi PenggemarBradley é odiado por tudo e todos. Já Max de repente começa a receber cartas anônimas após uma festa. 💥GATILHO: ASSÉDIO E PODE CONTER HOMOFOBIA💥 •Aviso no fim da fic• (Desenho da capa não é meu, se souberem o artista, me falem para eu dar os crédi...