Meu Deus do céu, eu tenho que contar isso para a Lara.
Max não me odeia!
Como assim ele não me odeia?
Quem liga? Ele não me odeia!Chego na sala e sento perto dela para já contar tudo, noto pela cara dela que ela já imagina que aconteceu algo.
--Lara, você não vai acreditar! --Falo meio baixo para ninguém escutar, por mais que para os outros isso não seria nada demais.
--O que foi? --Pergunta com um sorriso curioso.
--O Max tinha me chamado hoje só para falar que não me odeia, e que até já tentou, mas não consegue me odiar, isso é bom, não é? --Digo sorrindo.
--Claro que é! Tipo, seria ruim se ele dissesse o contrário.
--Você acha que dá para eu escrever outra carta para ele? --Pergunto esperançoso.
--Tem dúvidas? --Ela sorri animada.-- Escreve aí que eu peço para aquela menina lá entregar, ou você poderia entregar por debaixo da porta dele.
--Arriscado demais, vai que ele abre bem na hora, eu não sou lá o cara mais sortudo do mundo não.
--Bom, então beleza, vamos pela maneira principal então! Escreve que eu peço à ela para entregar! --Honestamente, parece mais animada do que eu as vezes.
--Certo, acho que termino antes do fim das aulas de hoje...
--Não esquece de estudar, viu? Não é por causa dele que você vai começar a tirar notas ruins, se concentra aqui primeiro, depois você faz isso com mais calma.
--Lara, honestamente, eu sei esse conteúdo o suficiente que se não duvidar, sou mais qualificado para ensina-lo do que o próprio professor.
--Você é bem teimoso, isso sim. --Suspira.-- Mas, não sou sua mãe, então se você achar que dá certo, tudo ótimo.
--Que bom então que chegamos em um acordo.
--Concordo!
E a aula começa pouco tempo depois que começo a escrever, em uma meia hora eu termino a carta, de novo escrevi com a caneta roxa, mas só para deixar mais padronizado, não gosto de desorganização.
--Lara, acabei. --Entrego a ela.
--Ótimo! Ainda hoje ele recebe. --Ela sorri.
--Obrigado! Você não faz ideia do quanto está me ajudando!
--Por nada! E por sinal, é impressionante como você está mais educado e simpático depois que perdeu os jogos e esse tipo de coisa.
--Eu ainda sou como antes, só que não vale a pena eu agir daquele jeito, se você soubesse a quantia de vezes que eu já quis mandar o povo daqui ir tomar no cu ou quis tacar uma cadeira na cabeça de cada um desses vagabundos, provavelmente não acharia isso. Mas sei lá, as vezes eu acho que agia assim mais por querer atenção mesmo, não importa, se eu precisar ser daquele jeito mais grosseiro, eu vou ser.
--Caraca... --Acho que não sabe o que dizer.-- Mas você era bem... Bem idiota antes.
--Sim, mas no fundo quase todo mundo é, o problema era que eu não controlava o que vinha de idiota na minha cabeça.
--Então aquelas provocações com o Max eram más de propósito? --Ela pergunta me fazendo sorrir.
--Más? Do que você está falando? --Suspiro.-- Para mim, aquilo era flerte.
--Meu Deus, eu não acerto uma.
--Uma hora você consegue. --Eu sorrio.
A aula foi passando e eu me peguei olhando várias vezes para o Max, como de costume.
As aulas se acabam e eu me despeço da Lara, dessa vez o Max e os amigos dele saíram rápido, eu estava conseguindo ser a última pessoa a sair da sala de novo, o que é muito melhor, não gosto da sensação de ter umas dez pessoas tentando sair ao mesmo tempo. Pego minhas coisas e me dirijo em caminho da porta.
--Bradley.
Mas que merda! Eu não tenho um dia de paz!
--Quem está aqui e por qual motivo eu devo perder meu tempo com isso?
--O que você estava fazendo com o Max lá na árvore?
Esse tom de voz irritado, só podia ser ele, bem que poderia cair uma parte do teto na cabeça dele.
--Não te interessa.
--Ah... Interessa sim, pois a informação que ele tem é que você é meu namorado e que se ele se aproximasse de você, ia ser muito pior para você. -- Diz se aproximando.
--Bom, a gente nunca namorou e nem ouse em fazer algo comigo hoje.
Por algum motivo desconhecido, minha paciência está no limite do limite.
--Você ser fraco em todos os sentidos, torna isso aqui tão mais fácil. --Ele sorri maliciosamente.
--Fica longe de mim, beleza? --Digo tentando ir caminhar até a porta de novo e sinto ele segurar meu braço com muita força.
--Nem pense nisso, querido. --Ele sussurra e me puxa para perto dele
Tento empurrar e chutar ele para longe, mas o Marcos não sai de perto de jeito nenhum, sinto minha respiração acelerar, meu coração bater mais forte pelo desespero e algumas lágrimas descendo pelo meu rosto, ele me prende contra a parede me fazendo me sentir mais sufocado do que antes, por que diabos eu tenho que ser tão fraco a ponto de não conseguir empurrar ele para longe?
Marcos tenta me beijar mas algo acerta a cabeça dele fazendo ele cair, Max havia jogado o skate na cabeça dele, de onde esse menino surgiu? Mas aparentemente o skate na cabeça não foi o suficiente, ele também tacou em... Outros lugares aí.
--Como você está? --Max pergunta me olhando com cuidado, como se tentasse ver se eu me machuquei.
--Eu... --Suspiro, ainda estou com o coração batendo muito rápido pelo desespero de agora a pouco.
--Não precisa falar nada se não quiser, quer que eu te deixe no seu dormitório? Se quiser a gente vai em uma praça tomar um pouco de ar.
--Gostei dessa última ideia.
Saímos da sala e deixamos Marcos lá desacordado, e noto que o Max está tendo cuidado para não me tocar, provavelmente por causa do que acabou de acontecer, no fundo, eu acho que no momento só preciso de um abraço, um copo de água e uma série, mas ter o Max aqui perto é uma outra alternativa até que confortável.
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Ass: ??? | Maxley * Bradley x Max
FanficBradley é odiado por tudo e todos. Já Max de repente começa a receber cartas anônimas após uma festa. 💥GATILHO: ASSÉDIO E PODE CONTER HOMOFOBIA💥 •Aviso no fim da fic• (Desenho da capa não é meu, se souberem o artista, me falem para eu dar os crédi...