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Max

Estamos no meio das aulas e ele não veio, não é como se eu pudesse julgar ele por isso, afinal, não é como se ele não tivesse motivos, mas não importa, não consigo prestar atenção nenhuma na matéria mesmo, então tento me concentrar na carta, eu deixei passar alguma coisa nela, certeza, estou com essa sensação desde que li ela, eu sinto como se eu estivesse ignorando algo.

Releio ela umas cinco vezes, até que Bobby aparece do meu lado e pega ela da minha mão e começa a ler.

--Ei! Devolve isso aí. --Tento pegar de volta sem atrapalhar quem está estudando.

--Max, você vai ficar maluco, a gente dá uma olhada e vê se você está deixando algo passar, você vai tentar de todo jeito negar que é o Bradley mesmo. --PJ explica baixinho.

--Do que estão falando? --Falo tentando pegar ela de volta.

--Que você está com medo de criar expectativas, jumento lerdo, é óbvio que é ele. --Bobby diz lendo a carta.

--Vocês estão querendo ver coisa onde não tem! --Reclamo baixo com medo de alguém acabar escutando.

--E você querendo não ver onde tem! Meu Deus, Max! Ele literalmente faltou só assinar. --O ruivo fala me devolvendo a carta.

--Do que você está falando? --Pergunto.

--Deixa de se fazer de sonso, tenho quase certeza que ele fez de propósito para você perceber! Meu senhor amado. --PJ reclama e eu olho para a carta. -- Quem mais pensaria que você o odeia e do nada, recentemente ele não acha mais isso? Cai na real, Max.

--Mas e se... --Começo a falar e Bobby me interrompe.

--Cara, tem "e se" aqui não, se não for ele, é ninguém, honestamente. Fala com ele, não é como se vocês não se dessem bem agora.

--Posso só reler a carta mais uma vez?

--Se prometer que vai ir falar com ele, claro. --O ruivo explica, o que me faz suspirar por falta de paciência.

--Eu ia passar no dormitório dele de todo jeito hoje para entregar umas flores para deixar lá mais apresentável, aproveito e falo com ele sobre isso.

--Então você entendeu que de fato foi ele que escreveu, certo? --PJ pergunta para confirmar.

--Estou considerando essa possibilidade.

--É a única possibilidade. --Bobby ressalta.

--Mas olha, e se... --Tento falar mas o ruivo tampa minha boca com a mão.

--Se você falar "e se" de novo, eu te jogo pela janela. Com todo respeito. --O ruivo ameaça.

--Beleza, beleza, fiquei quieto.

--O problema não é você ficar falando direto, o problema é você negar direto, qual o problema de ter sido ele? --PJ questiona.

--Não tem problema, só que se não for, eu vou ter me iludido muito, e vocês sabem que eu me iludo fácil. --Passo a mão na cabeça, estressado.

--Fica tranquilo, mesmo se esse aqui não for o Bradley, o Bradley gosta de você, quando vocês se beijaram, ele pareceu gostar. --Bobby "consola".

--Que beijo?... Ah, o da festa? Aquele não conta, se eu não lembro, não conta.

--Se você diz. --PJ fala.

A nossa conversa acaba por aí, eles me entregam a carta e eu a releio mais duas vezes, se duvidar, eu consigo recitar ela de tantas as vezes que reli.

Ass: ??? | Maxley * Bradley x MaxOnde histórias criam vida. Descubra agora