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#roxinhoeopintorJimin
Sabe aquela sensação de estar sozinho, mesmo cercado por pessoas? Pois é, é exatamente assim que eu sinto. É algo difícil de descrever, uma confusão de emoções que me faz sentir deslocado, como se eu não pertencesse a lugar nenhum.
Mesmo com amigos incríveis e pessoas que eu admiro, isso não apaga o fato de que, por muito tempo, eu fui apenas o garoto excluído, sem amigos, aquele que sofria bullying em todos os cantos da escola. O mais impressionante é perceber que, agora, as pessoas não gostam de mim pelo que sou de verdade, mas sim pela minha aparência. Isso me faz questionar o valor dessas relações.
Outra coisa que me marcou profundamente é nunca ter recebido o carinho dos meus pais. Na minha opinião, essa é a pior dor que se pode sentir. Meus pais sempre colocaram o trabalho e o status acima de tudo, como se estar no topo fosse a única coisa que importava. Eles nunca se preocuparam em saber se eu estava bem, se eu tinha comido, ou se eu precisava de ajuda. Para eles, a solução sempre foi me encher de presentes caros, roupas de marca, viagens luxuosas — tudo o que, em teoria, uma criança deveria querer. Mas, apesar de todas essas coisas, o que eu mais queria, o presente mais importante, era o amor deles. E esse, infelizmente, eu nunca recebi.
Sempre invejei todas as crianças que os pais davam atenção, eu queria ser elas, ah, como eu queria. Largaria toda a riqueza por pais que se importassem comigo.
Isso fez eu ter tantas inseguranças. Pra vocês terem noção, eu queria ser o centro das atenções, para suprir a atenção que não recebi deles.
E é pior ainda, quando você se torna tão vulnerável, que as pessoas se aproveitam de você, como fizeram comigo, como tiraram a força a minha virgindade, a virgindade de um garoto de apenas quatorze anos, que só queria voltar pra casa.
Esse dia me assombrou e me assombra até hoje, muitas das vezes eu me culpo pelo o que aconteceu, e quando vou tomar banho, eu me esfrego muito, mas muito até minha pele chegar a ficar a vermelha, porque na minha cabeça eu estou sujo, eu me sinto sujo.
A terapia me ajudou por um bom tempo, mas quando eu senti que não precisava mais, eu parei de ir, e acho que foi a pior burrada que eu fiz, pois as vozes ainda me assombram e eu não consegui me recuperar, porém, sou orgulhoso demais pra isso, e por esse motivo eu não conto pra ninguém que preciso de ajuda, e nem que preciso voltar pra terapia.
Bom, pelo menos eu achei que escondia bem das pessoas, mas, lembrei de uma pessoa bem observadora e que presta muita atenção em mim. Meu irmão. Eu e ele discutimos feio no dia que eu resolvi sumir, e algumas horas antes de eu ir conversar com Jungkook. Ele falou que eu precisava de ajuda, e que eu tinha que voltar com as consultas, mas fui teimoso, e por isso discutimos.
Outra coisa sobre mim é que eu não consigo me apaixonar, parece que eu criei um bloqueio emocional, talvez gerado pelos meus traumas. Porém, com Jungkook é diferente, eu me sinto bem ao lado dele, me sinto completo, sinto uma sensação boa e um misto de emoções. Mas me apaixonar por ele? Nunca se passou pela minha mente, e eu, não queria machucar os sentimentos dele da forma que eu fiz, se eu pudesse voltar no tempo, eu diria a ele que eu estava disposto a tentar me apaixonar por ele, mas o medo, a insegurança e as vozes da minha cabeça e a merda do bloqueio emocional não me deixaram dizer absolutamente nada, a única coisa que eu consegui foi fugir e chorar e me sentir culpado.
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𝗘𝗡𝗧𝗥𝗘 𝗧𝗘𝗟𝗔𝗦 𝗘 𝗚𝗨𝗜𝗧𝗔𝗥𝗥𝗔𝗦 || pjm • jjk
Fanfiction[ EM ANDAMENTO ] ↳ Jeon Jungkook é universitário e faz faculdade de artes visuais, sua paixão desde pequeno sempre foi tudo que envolvesse o mundo artístico. Seu hobby é tocar guitarra, é por isso que faz parte de uma banda,a Venom. Park Jimin não a...