As cartas de ninguém parte final

44 4 2
                                    

Lá de baixo veio o barulho de Duda gritando com a mãe:

– Eu não quero ele lá... eu preciso daquele quarto... mande ele sair.

Harry suspirou e se esticou na cama. Ontem ele teria dado qualquer coisa para estar ali. Hoje, preferia estar no seu armário com aquela carta a ali em cima sem ela. Na manhã seguinte, no café, todos estavam muito quietos. Duda estava em estado de choque. Berrara, batera no pai com a bengala, vomitara de propósito, dera pontapés na mãe e atirara sua tartaruga pelo teto da estufa de plantas e nem assim conseguira o quarto de volta. Harry pensava no dia anterior àquela hora, desejando com amargura que tivesse aberto a carta no hall. Tio Válter e tia Petúnia se entreolhavam, ameaçadores. Quando o correio chegou, tio Válter, que parecia estar tentando ser agradável com Harry, fez Duda ir buscá-lo. Eles o ouviram bater nas coisas do corredor com a bengala da Smeltings.

Então ele gritou:

– Chegou outra! Sr. H. Potter, O Menor Quarto da Casa, Rua dos Alfeneiros 4...

- Esse menino é mesmo muito lesado; se ele queria ler a carta ele deveria esconder a carta e não falar nada - Falou Sirius indignado

Com um grito sufocado tio Válter saltou da cadeira e saiu correndo pelo corredor, Harry logo atrás dele. Tio Válter teve que lutar e derrubar Duda no chão para lhe tirar a carta, o que foi dificultado por Harry, que agarrara o pescoço do tio Válter por trás. Depois de um minuto confuso de luta, em que todos levaram várias bengaladas, tio Válter se endireitou, ofegante, com a carta de Harry apertada na mão.

– Vá para o seu armário, quero dizer, para o seu quarto – chiou para Harry.

– Duda, saia, saia logo.

Harry deu voltas e mais voltas no novo quarto. Alguém sabia que ele se mudara do armário e parecia saber que ele não recebera a primeira carta. Isto significava com certeza que ia tentar outra vez? E desta vez ele tomaria providências para que desse certo. Tinha um plano.O despertador consertado tocou às seis horas na manhã seguinte. Harry desligou-o depressa e se vestiu em silêncio. Não podia acordar os Dursley. Desceu as escadas sorrateiro sem acender nenhuma luz. Ia esperar pelo carteiro na esquina da Alfeneiros e receber primeiro as cartas endereçadas ao número quatro. Seu coração batia com força quando atravessou sem ruído o corredor escuro até a porta de entrada.

-Isso não vai dar certo!- Falou Lupin

-Por que não?- Pergunto Alice

-Se Harry for tão parecido com o Tiago como parece ser,os planos não vão dar certo, os planos do viado nunca dão certo -Respondeu Sirius

-É cervo pulguento - Respondeu Tiago atirando uma almofada em Sirius.

-Posso continuar ou vocês não querem saber o que aconteceu?-Falou Snape com a cara fechada.

– AAAAARRREE! Harry deu um salto no ar – pisara em alguma coisa grande e mole no capacho – uma coisa viva! As luzes se acenderam no primeiro andar e, para seu horror, Harry percebeu que a coisa grande e mole tinha a cara do tio. Tio Válter estava dormindo junto à porta de entrada em um saco de dormir para impedir que Harry fizesse exatamente o que estava tentando fazer. Gritou com Harry quase meia hora e depois lhe disse para ir preparar uma xícara de chá. Harry foi para a cozinha arrastando os pés, infeliz, e quando conseguiu voltar o correio tinha sido entregue, bem no colo de tio Válter. Harry viu três cartas endereçadas em tinta verde.

-Falei que não iria dar certo- Respodeu Lupin atraindo o olhar raivoso de Snape- Ta bom ja me calei. - Disse levantando as mãos para o alto.

– Quero... – começou, mas tio Válter estava rasgando as cartas em pedacinhos bem diante dos seus olhos. Tio Válter não foi trabalhar naquele dia. Ficou em casa e pregou a portinhola para cartas.

Mexendo com o Futuro - Lendo Hp 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora