A Floresta Proibida parte final

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Harry já ia em direção à porta, quando se lembrou de que prometera a si mesmo não se meter em nada. Assim mesmo, teria apostado doze pedras filosofais que Snape acabara de deixar a sala, e pelo que Harry acabara de ouvir, ganhara uma nova agilidade nos passos. Quirrell parecia ter finalmente cedido. Harry voltou à biblioteca, onde Hermione estava tomando os pontos de astronomia de Rony. Contou-lhes o que ouvira.

– Snape então conseguiu! – exclamou Rony. – Se Quirrell contou a ele como quebrar o feitiço antimagia negra...

– Mas ainda tem o Fofo – lembrou Hermione.

– Talvez Snape tenha descoberto como passar pelo cachorro sem perguntar ao Rúbeo – disse Rony, correndo os olhos pelos milhares de livros que os rodeavam. – Aposto como tem um livro por aqui que ensina como se passar por um cachorrão de três cabeças. Então, o que vamos fazer, Harry? O brilho de aventura voltava a iluminar os olhos de Rony, mas Hermione respondeu, antes que Harry pudesse fazê-lo:

– Vamos procurar Dumbledore. Isto é o que deveríamos ter feito há séculos. Se tentarmos alguma coisa por conta própria, com certeza vamos ser expulsos.

- Pelo menos ela é um pouco mais responsável que os garotos – Falou Lilian

- Tem sempre uma pessoa para cortar o barato das aventuras – Falou Sirius – No nosso caso é o Aluado

- Mais eu não consigo para-los como ela consegue – Falou Lupin

- Ou tenta né – Falou Snape – Duvido que ela consiga segurar os outros dois.

-Também duvido – Concordou Frank.

– Mas não temos provas – disse Harry. – Quirrell está apavorado demais para nos apoiar. Snape só precisa dizer que não sabe como foi que o trasgo entrou no Dia das Bruxas e que nem chegou perto do terceiro andar. Em quem vocês acham que eles vão acreditar, nele ou em nós? Não é bem segredo que nós o detestamos, Dumbledore vai pensar que inventamos isso para ele ser despedido. Filch não nos ajudaria nem que a vida dele dependesse disso, é muito amigo de Snape, e quanto mais alunos forem expulsos, tanto melhor, é o que ele pensa. E não se esqueçam, nós nem devíamos saber da Pedra nem de Fofo. O que vai exigir muita explicação. Hermione pareceu convencida, mas não Rony.

– Se déssemos só uma espiadinha...

-Esse é o espírito maroto que eu gosto de ver – Falou Sirius

– Não – respondeu Harry, decidido –, já demos muitas espiadinhas. E, dizendo isso, puxou um mapa de Júpiter para perto e começou a aprender os nomes das luas. Na manhã seguinte, Harry, Hermione e Neville receberam bilhetes à mesa do café da manhã. Diziam a mesma coisa:

Sua detenção começará às vinte e três horas. Aguardem o Sr. Filch no saguão de entrada. Profa. Minerva

No furor provocado pela perda de pontos, Harry esquecera que ainda tinham detenções a cumprir. Esperou que Hermione reclamasse que aquilo representava perder uma noite inteira de revisões, mas não disse uma palavra. Achava, como Harry, que mereciam o que tinham recebido. Às onze horas da noite eles se despediram de Rony na sala comunal e desceram com Neville para o saguão de entrada. Filch já se encontrava lá – e também Malfoy. Harry esquecera que Malfoy pegara uma detenção também.

-Pelo menos uma detenção esse garoto pegou – Falou Sirius.

– Sigam-me – disse Filch, acendendo uma lanterna e levando-os para fora. – Aposto que vão pensar duas vezes antes de desobedecer novamente ao regulamento da escola, não é mesmo? – disse caçoando. – Ah, sim, trabalho pesado e dor são os melhores mestres, se querem saber... É uma pena que tenham suspendido os castigos antigos... pendurar o aluno no teto pelos pulsos durante alguns dias, ainda tenho as correntes na minha sala, conservo-as azeitadas para o caso de precisarem... Muito bem, lá vamos nós, e nem pensem em fugir agora, será pior para vocês se fizerem isso. Eles caminharam pela propriedade às escuras.

Mexendo com o Futuro - Lendo Hp 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora