16. Silêncio Rompido

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O quarto estava imerso em uma tensão opressiva, o ar carregado de um peso quase palpável que parecia sufocar qualquer tentativa de clareza. O caos se desenrolava em cada canto da sala, onde as roupas estavam espalhadas e objetos pessoais estavam fora do lugar. O som de uma respiração acelerada e ofegante preenchia o espaço, enquanto Minjeong e Karina tentavam desesperadamente se recompor.

Minjeong estava paralisada, a mente em turbilhão enquanto seus olhos vasculhavam a bagunça à sua volta. O pânico era visível em seu rosto, o coração batendo forte e rápido como um tambor frenético. Cada som do corredor parecia amplificado, o ruído dos passos se aproximando era como uma sentença de condenação.

Como é que vamos explicar isso? A pergunta reverberava em sua mente. Ela lutava para encontrar uma explicação que fosse minimamente plausível e não totalmente absurda.

Karina estava igualmente nervosa, sua expressão uma mistura de frustração e desespero. As mãos tremiam enquanto ela procurava por suas roupas, que estavam espalhadas por todo o quarto em um caos desconcertante. Cada peça parecia estar se escondendo de maneira quase conspiratória, e a sensação de frustração era palpável.

Por que as coisas nunca são simples? pensou Karina, a adrenalina misturada com uma frustração crescente que a deixava ainda mais ansiosa. Cada segundo parecia uma eternidade enquanto tentava se recompor.

Com o pânico tomando conta, Minjeong decidiu se vestir o mais rápido possível. Suas mãos, trêmulas e desajeitadas, agarravam as peças de roupa enquanto ela tentava se arrumar. O som de uma batida firme na porta fez seu coração pular de susto, e ela se congelou por um momento. Sua mãe estava ali, do outro lado da porta, e a voz preocupada atravessava a espessa madeira.

— Minjeong? Karina? O que está acontecendo aí dentro? Por que a porta está trancada?

Minjeong sentiu um frio na espinha, sua mente correndo para encontrar uma solução. A ideia de ser descoberta em uma situação tão embaraçosa a fazia suar frio. A pressão era esmagadora, e sua respiração estava entrecortada. Tentando manter a voz firme apesar do pânico, ela gritou

— Só um minuto! Estamos só conversando. Já vamos abrir.

Com um esforço visível, ela destrancou a porta com um clique nervoso, seu corpo ainda tremendo de tensão. Quando a porta se abriu, a mãe de Minjeong estava no corredor, seu rosto refletindo uma mistura de preocupação e cansaço. Ao lado dela estava o pai de Karina, com uma expressão perplexa, um misto de confusão e inquietação que apenas intensificava o caos da situação.

— O que está acontecendo aqui? — A mãe de Minjeong perguntou, sua voz carregada de uma preocupação genuína que parecia intensificar a vergonha que Minjeong sentia. — Por que a porta estava trancada? Vocês estão bem?

Minjeong tentou esconder seu nervosismo, sua mente fervilhando com tentativas de criar uma explicação convincente. Ela sabia que suas palavras tinham que ser escolhidas com cuidado para não parecerem absurdas. Karina estava ao seu lado, visivelmente envergonhada, suas roupas ainda desarrumadas, e a tensão no ambiente era palpável.

— Ah... bem — Minjeong começou, sua voz falhando ligeiramente enquanto buscava palavras que não parecessem completamente sem sentido. — Estávamos apenas conversando. A porta estava trancada porque... queríamos um pouco de privacidade. Eu sei que parece estranho, mas realmente não aconteceu nada demais.

A mãe de Minjeong lançou um olhar que misturava alívio e frustração, a compreensão do que estava acontecendo começando a se desenhar lentamente em seu rosto.

— Olha, não estamos aqui para fazer um drama. Sabemos que vocês duas têm enfrentado bastante coisas, e só queremos garantir que estejam bem. A última coisa que precisamos é de mais confusão.

Sisters / WinrinaOnde histórias criam vida. Descubra agora