— Esses últimos dois dias parece menos mórbida é chata. — Nikova olhou para a bruxa. — O que aconteceu? Deu uma vontade inesperada de viver.— Alguém sente vontade de viver nesse lugar?
— Tem razão. Mas parece um pouco melhor. — Nikova não disse que só estava tentando ao máximo não quebrar mais, a mulher na sua frente tinha razão e não poderia dar aquele gosto a Amarantha ou Rhysand ou qualquer um outro miserável... Aquela música tinha despertado uma vontade estranha nela, era como se tivesse mostrando uma ponto distante de luz. — Fico contente, estava tedioso demais aturar você.
— Falou a que precisaria nascer de novo para deixar de ser chata no caso.
A bruxa sorriu, mas ficou calada quando começou a mastigar novamente. Ela terminou de comer em silêncio, e quando Nikova se afastou pode notar que as semanas alimentando-a estavam dando algum resultado — mais rápido por ser imortal —, não estava mais tão magra quando antes. Talvez, se conseguisse sair dali, conseguira recuperar a forma em duas ou três semanas.
— Você fede a ele sabia, se não visse todo esse ódio nos seus olhos diria que anda trepando com o Grão-Senhor da Corte Noturna. — Nikova fez careta ao enrolou o prato vazio no pano novamente. — Deveria fazer um infusão de rosa damascena e colocar na água de banho. Ou baunilha, âmbar, canela e almíscar. Laranjeira com madeira de cedro também cerve para camuflar o cheiro, mesmo os sentidos apurados são ludibriados.
— Primeiro que eu nem sabia que estava fendendo aquele porco, segundo que não tenho acesso a essas coisas.
— Claro que não, seus sentidos humanos são horríveis e quando estão doentes piores ainda pelo que soube, deve ser tão triste.
— Por que ainda venho aqui mesmo? — cruzou os braços. — Você só me humilha.
A bruxa sorriu.
— Pobrezinha, tão coitada e indefensa nem parece que tem uma língua afiada. — zombou. —
— Eu deveria fazer igual nas histórias contas para criança e queimar você em uma fogueira.
— E quem mais acha que aguentaria uma insuportável como você?
— Oh claro, realmente foi eu a esquecida numa cela porque é impossível de conviver. — ironizou. —
— Você está aqui, não está?
— Mas posso ir embora a qualquer momento, bruxa. Cuidado.
— Poucas pessoas seriam atrevidas o suficiente para falar com um imortal assim, principalmente ele sendo uma bruxa como eu.
— Que medo. — revirou os olhos se encostado na parede e cruzando os braços. Não podia dizer que gostava da bruxa, mas talvez chegasse a simpatiza depois de tantos dias visitando-a para levar comida. — Por sinal, qual é o seu nome? Estou vindo aqui a semanas e não sei, certamente você sabe o meu.
— Você nunca perguntou. — rolou os ombros. — Catherine, Catherine Blackwell. E sim, sei seu nome Nikova, todos nessa montanha sabem, mas gosto mais de chamá-la de humana.
— Gosto desse nome, certa vez pensei em colocar em uma futura filha. — um futuro que tinha planejado: um marido que fosse apaixonada, filhos, uma casa, animais de estimação. Um futuro que nunca mais teria. —
— Desistiu do nome por quê?
— Como você veio parar aqui? Alguém também entregou seu nome a maldito feérico? — mudou o assunto rapidamente, falar sobre o que poderia ter sido sua vida antes só a traria dor e estava cansada de sentir ela. Catherine pareceu compreender isso quando apenas puxou as correntes sem sucesso para se acomodar melhor. —
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𝔚𝗮𝗿 𝗢𝗳 𝗛𝗲𝗮𝗿𝘁𝘀 | ʳʰʸˢᵃⁿᵈ
Fantasia𝔊𝑢𝑒𝑟𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑎𝑐̧𝑜̃𝑒𝑠| "𝚊𝚜 𝚎𝚜𝚝𝚛𝚎𝚕𝚊𝚜 𝚚𝚞𝚎 𝚘𝚞𝚟𝚎𝚖..." Nikova vê sua vida virar de cabeça para baixo quando Feyre Archeron, em uma mentira para livrar-se de um problema, entrega seu nome a um feérico. Arrastada para o out...