.𖥔 ݁ ˖ 𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝐭𝐰𝐞𝐧𝐭𝐲-𝐭𝐰𝐨

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Naquela primeira noite, Rhysand deixou uma pilha de livros a sua porta com um bilhete.

Tenho assuntos para tratar em outro lugar. A casa é sua. Mande chamar se precisar de mim.

Ela não precisou. Sem acompanhia de ninguém além das gêmeas, Nikova passou a comer na varanda e não foi diferente naquele dia, mas enquanto caminhava na direção do local acabou esbarrando em Morrigan, que abriu um belo sorriso.

— Você! Faz tempo que não te vejo. — Nikova deu um curto sorriso por educação, melhor do que a grosseria da última vez. — Parece melhor e mais saudável, e seu cabelo — passou os dedos pelos fio que agora estavam um pouco mais longo. — ficou lindo, queria ter essa coragem de cortar o meu.

— Obrigado, mas sinto falta de quando ele era ainda maior que o seu. — olhou para além da fêmea. — Onde está o idiota do seu primo?

— Maltratando algum pobre coitado que o pegou seu mal humor — riu. — Acho que de todas as suas... ideias, essa foi a mais cruel, meu primo preferia ser envenenado de novo ou esfaqueado com freixo.

— Mas eu não fiz nada dessa vez!

— Você acha que não, mas sabia que sim e foi muito malefica da sua parte — fez biquinho, zombando. — E nos que estamos pagando, tendo que aturar aquele mal-humorado do caralho — rosnou, parecendo verdadeiramente irritada com o primo. — Mas não se preocupe, ja quase não posso sentir... amanhã deve sumir de vez então ele voltara aqui para inferniza-la.

— Isso deveria ser reconfortante?

Morrigan gargalhou.

— Gosto de você, gosto mesmo. Bem, só vim aqui buscar alguns papéis com as gêmeas espiãs, é melhor ir antes que precise planejar o assassinato de um Grão-Senhor porque gritou por irritado com algo que não tenho culpa. — a loira foi rápida em deixar um beijo estalado em sua bochecha, fazendo Nik segurar uma careta. — Vejo você em breve.

E antes que pudesse falar algo a prima de Rhysand ja tinha sumido. Aquelas pessoas eram loucas.

Morrigan estava certa, no dia seguinte Rhysand tinha voltado ao palácio, porém Nikova tentou o ignorar o máximo que podia. Ainda pensava nas suas palavras que dissera a ele no último encontro, sentia que devia não só um pedido de desculpa como dizer que o macho não se parecia nada com Amarantha. Rhysand era uma criatura irritante e malvada, mas não chega aos pés daquela mulher, acha que muitas poucas pessoas chegariam. Mas ela não disse aquilo, não conseguia, então apenas seguiu em frente com o gosto da corvarde que estava sendo. Talvez na próxima visita fosse capaz.

No último dia Rhysand tinha a feito tomar café com ele, jogando seu charme barato e provocações cotidianas. Estava começando a se acostumar ao ponto que tinha até mesmo devolvido uma das cantas, o que era idiota de se fazer, mas Rhysand conseguia certas coisas que nem mesmo ela sabia explicar. Depois de comerem, como sempre, o Grão-Senhor a levou de volta para Corte Primaveril, tinha acabado de surgir embaixo do grande carvalho quando Nikova avistou uma figura se aproximando, por um momento ela achou que fosse Tamlin, mas então

— Deamon? O que faz aqui? — olhou para o guerreiro que estava vestido em uma armadura de batalha. —

— Tamlin pediu uma... reunião comigo para tratar de um assunto importante. — suas palavras foram lentas e os olhos desviaram para o macho a trás dela. — Grão-Senhor.

— Belfour, que bom vê-lo, faz o que... algumas décadas? — Rhysand esmagou os dedos em um aperto, puxando-a suavemente para mais perto dele e longe do tio de Garrick. —

— Algo assim. — disse deitando a cabeça, os olhos escuros alterando entre ela e o Grão-Senhor como se visse alguma coisa ali. Nikova notou confusão e choque brilharem no rosto do macho antes de uma gargalhada baixa soar, junto a um rosnado de Rhysand que reverberou por seu corpo. — Agora as coisas fazem mais sentido.

𝔚𝗮𝗿 𝗢𝗳 𝗛𝗲𝗮𝗿𝘁𝘀 | ʳʰʸˢᵃⁿᵈOnde histórias criam vida. Descubra agora