𝔚𝗮𝗿 𝗢𝗳 𝗛𝗲𝗮𝗿𝘁𝘀 | ʳʰʸˢᵃⁿᵈ

.𖥔 ݁ ˖ 𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝐟𝐢𝐟𝐭𝐞𝐞𝐧

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Dois dias depois, antes do sol nascer, mais cedo do que o de costume, Garrick bateu na porta do seu quarto e quando escutou a permissão para entrar, ele avisou em um tom mais alto para que pudesse escutar do lavabo que estava deixando um conjunto de roupas apropriados para treinar, Nikova agradeceu e escutou a porta se fechar novamente. Meia hora depois ela estava vestida e caminhando ao lado dele para o estábulo, saindo dos arredores da propriedade antes de darem de cara com qualquer pessoa indesejada. Ela sabia que seu sentinela queria evitar ao máximo o encontro dela com o seu senhor, temendo o que poderia ocorrer, e, no fundo, Nik também queria evitar. Era muitas coisas, mas não era burra de enfrentar um Tamlin cheio de raiva. Se ele estava enfurecido após uma semana do casamento, quem diria um dia depois de ser esfaqueado.

Ela o evitaria pelos próximos dias, e descobriria outra maneira de atingi-lo que não fosse fisicamente.

Garrick não falou nada enquanto cavalgavam para além do bosque de carvalho, e por uma colina cheia de dentes-de-leão até chegar em uma propriedade isolada — assim como a mansão de Tamlin. —, não era grandiosa, mas tão pouco pequena e modesta. Linda, parecia acolhedora como um lar. Enquanto passavam pela cerca de madeira branca, a humana admirou o belo e bem cuidado jardim, os animais que passaeavam livremente. Tudo ali parecia ter sido pensando e planejado até nos mínimos detalhes, e mesmo que tudo que Prythian fosse mágico e exorbitante belo, aquele lugar ainda conseguia superar qualquer coisa.

O sentinela a tinha conduzido para dentro e Nikova admirava os cômodos, eles entraram em uma cozinha com a decoração em madeira escura assim como o resto da propriedade, la um homem esbelto de corpo poderoso e musculoso estava sentado na cabeceira da mesa, agradecendo um criado por servir seu café. Nikova olhou para ele e ficou impressionada como era uma parede de músculos ambulante, principalmente por ser mais alto do que qualquer outro homem feérico que conhecerá, talvez pouco mais de dois metros e quinze de altura, Seus olhos cor de mel tinha uma serenidade que tornar suas feições cruéis e talhadas em granito mais suaves, os cabelos e barbas castanhos tinham fios branco que deixariam com aparência de um humano de quarenta e poucos anos. Ele era intimidador, dava para entender porque chamavam de Lenda Viva só de o olhar, tudo nele exalava força, confiança e letalidade.

— Vocês chegaram bem na hora — disse como um cumprimento, ele ficou de pé e caminhou até eles. O macho, olhou dos pés a cabeça de Garrick buscando alguma coisa, o seu sentinela apenas murmurou que estava bem, então o homem sorriu e a olhou por fim. Ele fez a mesma varredura, mas não procurando algo, mas avaliado o novo desafio que seu sobrinho o tinha entregue. Nikova foi sensata em se manter calada, mas com o queixo erguido e sua melhor expressão de frieza no rosto. — Você é ainda mais bonita do que Garrick falou — segurou sua mão e depositou um beijo nas costas, a deixado levemente surpresa. — se não fosse essas orelhas redondas e o cheiro comum dos humanos diria que era feérica de tão linda.

Nik não sorriu, não sabendo se para tio de Garrick aquilo era uma elogio ou apenas uma zombaria. Mas ela não pode deixar de pensar que os feéricos tinha a presunção que só eles possuíam belezas estonteantes, deixando de lado, não queria entrar em uma discussão besta logo pela manhã.

— É um prazer senhor Belfour.

— Deamon, dessa maneira parece que sou mais velho do que aparento ser. — deu as costas e caminhou até sua cadeira novamente, Nikova o olhou, não tinha sido uma ordem ou um tom brincalhão que Lucien certamente usaria, era apenas um fato casual para ele. Garrick bateu seu ombro no dela em um aviso para caminhar, então ela o seguiu para se acomodar também. — Sabe, eu lutei na guerra do seu povo contra o meu, lutei ao lado dos humanos.

Nikova teve duas nações com aquela frase, o macho na sua frente era velho, muito velho, e não era totalmente um desgraçado.

— Quer um parabéns por não ser um filha da puta? — questinou. Ela lançou um olhar irritado para o sentinela quando a impediu de pegar um pedaço do bolo, enfiando um tigela de míngua na sua frente dizendo que era melhor comer aquilo antes dos treinos. —