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Han penteava os fios arroxeados do Lee com um pente de dentes largos, deixando seus cabelos alinhados para trás

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Han penteava os fios arroxeados do Lee com um pente de dentes largos, deixando seus cabelos alinhados para trás. Após um aconchegante banho morno, Minho estava sendo completamente mimado por seu namorado.

E mesmo com tantos agrados, o homem não conseguia pôr um sorriso — no mínimo, sincero — no rosto. E isso quebrava Jisung aos poucos.

Assim que finalizado, o mais novo deixou o pente de lado, retirando a toalha úmida dos ombros largos de Minho, para assim, deixar os itens de volta para o banheiro. Suspirou pesado ao perceber que Lee não havia movido um músculo sequer.

Estava um clima tão cheio de tensão e curiosidade. Minho ainda estava preso em seus pensamentos turbulentos e Jisung, mesmo que estivesse mais curioso que nunca, não iria enche-lo de perguntas. Sabia que Minho não faria isso se fosse ele em seu lugar.

Carinhosamente, em pé, aconchegou-se ao meio das pernas entreabertas, levantando o rosto delicado e macio com as mãos, gentilmente deslizando os polegares por suas bochechas pouco rosadas do banho pouco quente. Seu polegar desenhou o pequeno machucado arroxeado na maçã do rosto de Minho no lado esquerdo. O coração de Han se apertou ao lembrar-se do tapa que o Lee recebeu...

Seus lábios selaram-se aos do Lee por um breve momento, o roçar da ponta de seus narizes logo em seguida. Suas respirações se misturaram.

— Eu amo você, Minho. Não importa o que aconteça.

As iris escuras e profundas encaram o mais novo com atenção, finalmente, voltando para a realidade e retribuindo seu afeto. Suas palmas repuxaram sua própria camisa larga que vestia o corpo delineado de Han.

— Eu te amo. Eu te amo muito, Jisung.

Com um sorriso curto, porém sincero, os lábios avermelhados traçaram caminho por cada mínima parte do rosto de Minho, finalizando na ponta de seu queixo, onde seus dentes deram uma leve pressão, apenas para fazê-lo olhá-lo.

— Me desculpe, Sung-

— Não quero que fale nada agora, Min. Por favor.

Afastou-se, ainda deslizando seus polegares suavemente nas maçãs de seu rosto, suas mãos descendo pelo pescoço delineado até pousarem nos ombros largos, onde, com um impulso, Han empurrou-o, fazendo cair de costas no colchão macio.

Minho o olhou confuso, mas suas dúvidas logo se dissiparam ao que o viu dar a volta na cama, prestes a se aconchegar nos edredons grossos e quentinhos. E assim ele também o fez.

Envolvidos em uma famigerada conchinha — onde Minho era a concha menor, o quarto ficou em um quase completo silêncio, podendo ouvir-se somente suas respirações constantes e seus corações que pareciam palpitar em seus ouvidos de tão alto que pulsavam. O único abajur amarelado iluminava o cômodo parcialmente, deixando tudo ainda mais confortável e dramático.

Quem veria a cena podia jurar que nunca teria a ideia de que havia tido uma discussão calorosa a algumas horas atrás.

Um possível casamento mal elaborado.

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