The Broken Ring : This Marriage Will Fail Anyway(volume 2) - Pt Br

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Enquanto Inés fazia um tour pela casa com José, Cárcel sentou-se no terraço do primeiro andar e fumou seu charuto. A luz da lamparina do jardim iluminava seu rosto, e os fios de fumaça do charuto pairavam ao redor dele como uma nuvem. 

Como muitos oficiais da Marinha, Cárcel gostava de rotinas consistentes. Fumar um charuto e observar as ondas escuras quebrando nas rochas fazia parte de sua rotina relaxante. Ele não tinha intenção de sacrificar sua rotina por um hóspede tão trivial quanto José. Uma única interrupção em sua rotina poderia arruinar seu dia inteiro. 

É por isso que Cárcel não aproveitou suas férias em Mendoza tanto quanto os outros. Em Mendoza, ele não tinha controle sobre seus dias porque precisava priorizar as necessidades da família Escalante, seu primo Oscar e sua noiva, agora esposa, Inés. 

A tia de Cárcel, a Imperatriz Cayetana, era a ambição personificada. Até mesmo as ambições de seu irmão, o atual Duque Escalante, empalideciam em comparação. Quando seu filho, Oscar, suspirava por Inés na infância, ela costumava desprezar a única filha de Valeztena. Ela sempre suspeitou que a jovem Inés poderia ceder o poder de sua família e tomar a coroa como ela mesma havia feito muitos anos atrás. 

Portanto, ela nunca quis que Inés se casasse com Oscar. No entanto, ela mudou sua atitude quando Inés ficou noiva de Cárcel. Ter outra família se casando em uma aliança poderosa com os Valeztena nunca daria certo. Ser parente distante da poderosa família Valeztena sem sacrificar seu próprio filho era a situação ideal para a imperatriz. 

Em vez de seu filho, seu sobrinho teria que suportar o fardo de viver com uma garota tão arrogante como punição por fazer seu filho parecer tão simples em comparação. A imperatriz Cayetana estava feliz em brindar a Cárcel e Inés. Sempre que Cárcel estava de férias em Mendoza, ela organizava as aparições públicas de Cárcel e Inés com alegria. 

Exceto pelos convites da própria imperatriz, Inés recusou quase todos os convites. Por outro lado, Cárcel tinha que comparecer a quase todos os eventos sociais, especialmente no lugar de sua noiva. Como resultado, as férias de Cárcel em Mendoza eram inteiramente ocupadas com sentar-se ao lado do assento vazio de Inés ou agir como apoio de braço de Inés nas raras ocasiões em que ela aparecia. 

De acordo com a imperatriz, o noivado deles representava "a união de Escalantes e Valeztenas" e "o apoio do duque Valeztena ao príncipe herdeiro". O casal também serviu como "um aviso para o resto dos Grandes de Ortega" e "um dispositivo de compromisso para o duque Valeztena". 

Cárcel sempre sentiu que sua tia estava lendo demais sobre o noivado deles. Talvez a imperatriz Cayetana tivesse percebido que o duque Valeztena estava hesitante, se não abertamente contra o casamento deles, o que explicaria por que ela era tão inflexível em apoiá-lo. Para Cárcel, Inés Valeztena costumava simbolizar toda a pressão e responsabilidades que a corte imperial exigia dele. 

Eles o obrigaram a ficar quieto e a se comportar bem enquanto Inés Valeztena o tratava como um apoio de braço inanimado nesses eventos, tudo para o benefício da monarquia. Se não fosse pelo noivado, ele não teria tido que desempenhar os deveres de herdeiro ducal em uma idade tão precoce. 

Assim que se lembrou daquelas férias em Mendoza, Cárcel sentiu o tédio se instalando. Ele não se importava com as festas, mas se importava com a intromissão da corte imperial, embora não estivesse descontente o suficiente para se rebelar. No entanto, Cárcel sempre foi obediente, o que provavelmente era o motivo pelo qual a vida de oficial da Marinha lhe convinha tão bem e ele não podia recusar as ordens de Inés na cidade. 

Cárcel chupou seu charuto, observando Inés caminhar pelos jardins com José. Estranhamente, ele não se sentia tão incomodado por estar à mercê de seus caprichos. De volta a Mendoza, ele sempre a considerou um dos muitos aborrecimentos com os quais lidar. Mas ultimamente, ele a achava irritantemente bonita.