Entre Peleas y Abrazos

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Se passaram uma semana desde o ocorrido na empresa, eu tenho me consultado constantemente com o Dr. Torres, mas o Martin se tornou um completo insuportável, a cada 1 hora, ele manda mensagens para mim, perguntando se eu estou bem e caso eu não responda, ele me liga. Eu sei que ele está tentando cuidar de mim e isso é um amor, porém já está passando de um certo limite.

Luna e Murilo acreditam que eu tenho que conversar com o Martin sobre isso, mas a gente não conversa, pelo menos não depois da discussão na empresa. E para piorar, o Hec me afastou totalmente dos serviços da empresa e da máfia, segundo ele, por "período indeterminado", que ódio isso me deu, quando ele disse isso, a gente discutiu, com direito a todo tipo de grito e xingamento, e desde então, eu não faço questão de olhar na cara dele.

Meu telefone começa a tocar, me tirando da minha bagunça de pensamentos, olho a tela, e se trata da Luna, então atendo:

- A que se deve essa ligação?

- Onde está o seu namorado? - Ela fala, diretamente

- Namorado? Ahhh... Aquele que mal troca uma palavra comigo, além de perguntar se eu estou bem. - Respondo

- Eu já falei para você tomar a iniciativa. - Ela diz

Respiro fundo:

- Eu sei, acho que tenho medo do rumo que essa conversa pode tomar.

- Prefere ficar num relacionamento robótico? Onde mal se interage? - Ela questiona

- Odeio quando você está certa. - Digo, fazendo-lá rir.

- Eu estou sempre certa. Agora converse com ele, tentem se resolver. - Ela fala, desligando logo depois.

O resto da manhã se passou rápido, então por hoje ser sábado, Martin chegou mais cedo e passou direto para o quarto e eu o sigo. Quando eu entro no quarto, ele está tirando o terno, então digo:

- Martin...

Ele olha para mim, e continuo:

- A gente pode conversar?

- Já estamos conversando, certo? - Ele diz, tirando o restante da roupa, ficando só de cueca.

Quando ele vai entrar no banheiro, eu digo:

- Vou voltar para a casa dos meus pais.

- O que? - Ele pergunta surpreso, se virando para mim

- Desde aquela briga, eu não consigo mais te sentir, você não fala mais comigo, mal olha na minha cara... - Respondo, me aproximando dele.

Ele se aproxima de mim e ficamos com nossos narizes colados, sinto a respiração pesada e lágrimas começam a descer pelo meu rosto, então ele me abraça, e fala:

- Desculpa.

A voz dele está embargada, retribuo o abraço, e ele continua:

- Eu tô assustado... Tudo o que aconteceu contigo, os surtos... Eu não quero que você se estresse por mais nada.

Eu rio um pouco, e digo:

- Você não vai conseguir me proteger de todos os problemas do mundo, principalmente com a família que a gente tem...

- Com certeza... - Ele fala, rindo um pouco - Olha, o Hec disse para não te contar, mas o Damien é seu amigo... O francês maluco chega amanhã, junto com um amigo para nos ajudar com o Benedetti.

A gente se separa, e eu digo:

- Eu vou buscar ele no aeroporto.

- O Hec não vai gostar disso. - Martin responde

- Fodasse, como você bem disse, o Damien é meu amigo, e eu vou buscá-lo no aeroporto. - Digo

Ele ri, e me beija, dizendo:

- Você é teimoso mesmo, hein?

- Pensei que já tinha se acostumado. - Respondo, logo retribuindo o beijo.

Ele afasta o rosto do meu, e eu digo:

- Senti sua falta.

- Eu sempre vou está aqui, Pajero. - Ele me abraça

- Eu te amo, Martin. - Digo

- Eu te amo, Ethan. - Ele responde, apertando um pouco mais o abraço.

Mi Nuevo Mundo - Parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora