Bajo Asedio

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Martin e eu vamos até a casa do Javier, enquanto os outros foram procurar algum modo de não sermos notados no aeroporto. Durante todo o caminho, apenas eu falo, explicando o caminho que ele tem que seguir. Quando chegamos, batemos na porta, e posso ouvir um nervoso Javier perguntar:

- ¿Quién es?

- Soy yo, Javier. Abre la puerta. - Respondo

Ele abre a porta, e logo em seguida nos puxou para dentro.

- Carajo. estoy herido.

Ele vê o curativo no meu braço e pergunta:

- ¿Qué está pasando?

- Cuanto menos sepas, mejor para ti. - Martin diz

Ele me entrega o envelope com toda a documentação, então digo:

- Quiero que cierres la empresa. Despide a todos los empleados y si alguien pregunta por nosotros es que no has visto a nadie, ¿vale?

Ele balança a cabeça, positivamente, então quando íamos sair, eu digo:

- Gracias.

No carro, ligo para meu Abuelo:

- Onde estão?

- Aeropuerto de Baraja, aparcamiento - Ele responde - ¿Recibiste los documentos?

- Recebemos, chegamos em alguns minutos. - Respondo, desligando em seguida.

Enquanto estamos indo ao aeroporto, o silêncio permanece, até que minha paciência acaba:

- Se você tem algo a dizer, é melhor começar a falar.

- No, no es mejor. - Ele diz

- Martin...

- Você está começando a me encher, sabia, Ethan? Durante todo esse tempo eu fiquei do seu lado, durante cada um dos seus surtos, eu estava lá, na semana que você não conseguia levantar da cama, eu estava lá. Mais chega. Tá chegando no meu limite. - Ele diz

Ouvir aquelas palavras saírem da boca dele doeu mais que um tiro, eu sei que estou sendo um pé no saco de todos, mas sei lá... Eu não consigo me controlar. Eu não falo nada, apenas viro o meu rosto, afinal eu acho que não tenho o direito de dizer mais nada.

Chegando no estacionamento, logo encontramos os demais, então começamos a nos arrumar. O celular do Morgan toca, e ele diz:

- Fuck. Como eu me esqueci disso?

- O que? - Damien pergunta

- Temos que dar fim nos celulares de vocês. - Ele responde

Todos colocamos os celulares no chão, e pisamos em cima, quebrando inteiramente. Cada um com seu documento e passaporte em mãos, vamos na direção do nosso portão de embarque.

Depois de 3 horas de voo, desembarcamos em Londres. Durante o voo, o Martin fez o possível para ficar longe de mim... Eu não queria isso... Não queria afastar ninguém, na verdade, mas até meus pais e o abuelo não falaram comigo. Eu não estou tentando me fazer de vítima, mas... Coloco minha mão na cabeça, uma sensação de tontura... Enjoo... Corro para a lixeira que consigo encontrar, e começa a sair os restos de comida de hoje. Sinto alguém colocanto a mão na minha testa:

- O que você tá sentindo? - Luna pergunta

Quando paro de vomitar, eu respondo:

- Nada demais, é só enjoo do avião.

- Ou suas emoções agindo fisicamente. - Ela diz

- Não é nada... - Repito

- Vamos ao hospital, quero que você faça um bateria de exames, gravidinho... - Ela diz

Levanto minha cabeça e pergunto:

- Vai ficar fazendo piadinha besta agora?

Ela ri, então saímos, acompanhando os outros no lado de fora do aeroporto, quando chegamos, minha mãe pergunta:

- O que aconteceu?

- Nad... - Tento responder

- O Ethan vomitou, mas está sem febre, quero levá-lo ao hospital para exames. - Luna me interrompe

O ruivo olha para Luna e diz:

- Você só pode ir como acompanhante, nada de usar seu diploma, você não é a Luna.

- Não precisa me ensinar o que eu faço a muito tempo. - A morena responde - Você vem, Martin?

Todos olham na direção dele, mas eu viro o rosto, apenas escutando ele dizer:

- Claro.

Mi Nuevo Mundo - Parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora