Enfrentando a los Demonios Internos

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Ele se levanta, fazendo a gente ficar frente a frente, então diz:

- Você está lidando com muita coisa, achei melhor não falar nada agora.

Bato minha mão na mesa, e grito:

- Mas isso não é uma escolha sua.

- Você literalmente acabou de levantar da cama, depois de ficar uma semana deitado, por descobrir um segredo do Diego. - Ele fala, calmamente.

Levanto meu dedo e aponto para ele e falo:

- Não... Fale sobre isso.

- Tá vendo, você não aguenta ouvir falar no nome do seu irmão, então o melhor é você ficar longe desse problema. - Ele diz

- NÃO TEM COMO EU FICAR FORA DE ALGO QUE EU NASCI DENTRO.- Grito

Antes que o Martin respondesse, a porta é aberta, e ouço o meu pai dizer:

- ¿Puedo saber qué está pasando aquí?

Quando me viro para dizer algo, lá está ele na porta, com uma criança no colo. Mas não qualquer criança, é o moreno, de olhos azuis, o filho do Diego. A cena dele nos braços do meu pai me tira do ar, então ouço:

- Ethan, ¿qué está pasando?

Voltando um pouco para realidade, eu só consigo dizer:

- Pregúntale a tu yerno.

E antes que escutasse algo a mais, eu saio da sala, e vou direto para o elevador, consigo sentir que alguém me chama, mas apenas sinto que preciso sair daqui.

Quando o elevador chega no térreo, saio do espaço andando devagar, com minha vista coberta por lágrimas, que eu tento limpar. Estou prestes a sair do prédio, quando sinto alguém segurar meu braço, quando olho para trás, é a minha mãe, que pergunta:

- O que está acontecendo, Ethan?

Eu... Não... Consigo....

Minha... Cabeça dói, abro meus olhos devagar e vejo o telhado do meu quarto, não meu quarto do apartamento, o meu antigo quarto na casa dos meus pais. Levanto-me devagar, e me sento na cama. Olho ao redor do quarto, e é impressionante, que mesmo depois de tanto tempo que sai daqui, meus pais mantiveram meu quarto o mesmo. Quando vou me levantar, a porta é aberta, e Luna entra, seguida pelo doutor Murilo.

- Por que vocês dois estão aqui? Por que eu tô aqui? - Pergunto

Os dois se entreolham, então o homem se aproxima de mim, se sentando na beira da cama, e começa a dizer:

- Você desmaiou... Seu cérebro passou um curto período de tempo sem receber oxigênio, por conta de uma provável hiperventilação.

Passo a mão no meu rosto, e pergunto:

- Já sabe o que causou tudo isso?

- Ethan... - Luna diz - É por isso que o Murilo está aqui, segundo o que seus pais e o Martin disseram, você teve uma crise de ansiedade.

- E não foi da pequena. - Murilo completa.

Eu fico em silêncio, então Murilo olha para a Luna, que balança a cabeça positivamente, e sai do quarto, me deixando sozinho com o homem.

- Antes de tudo acontecer, você estava discutindo com o seu namorado, não é? - Ele pergunta e eu balanço a cabeça positivamente - Sobre o que?

Respiro fundo e respondo:

- Ele me escondeu uma coisa, mas eu sei que esse não foi o problema.

- E o que você acha que foi o problema? - Ele me pergunta

- Meu pai... Com a criança no colo... - Digo

- Ele não é uma criança qualquer, Ethan... Diga o nome dele. - Ele fala

- Gian... É isso que quer ouvir? Pronto, Gian... - Respondo, alterado

- Calma, Ethan... Só estamos conversando. - Ele diz - Mas então, por que acha que foi isso?

Saio da cama, ando pelo quarto e digo:

- Faz só alguns dias que ele chegou, e menos ainda que o teste de DNA saiu... E mesmo assim, lá estava o mais jovem Hernandez nos braços do carinhoso vovô... Enquanto eu, tive que me impor para começar a entrar nessa família... Se me perguntar, eu não tenho nenhuma lembrança sequer dentro daquela empresa de antes da morte do Diego.

- Ciúmes não causa um ataque no ponto de desmaiar. - Ele responde

- Então não sei... - Digo

E assim, passamos mais um bom tempo conversando.

Mi Nuevo Mundo - Parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora