twenty.

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Arthur B.

o dia estava mais calmo que o normal, isso me deixava intrigado. Eu não conseguia conter o nervosismo e ansiedade, ela ainda não tinha visto.

não consigo me concentrar em nada, meu pensamento sempre foge pra ela, é inevitável.

as vezes eu penso em me aposentar, essa vida de trabalho não é pra mim.-como já é de costume, Gabriel entra na sala reclamando.

nem inventa, preciso de ti ainda.-digo tentando retornar minha atenção pro trabalho.

sabe o que é isso?-olho para o garoto em minha frente.- um sinal que tu não consegue viver sem minha amada companhia.

tu bebeu?-pergunto com a maior cara de julgamento.

não, tu que não quer aceitar a verdade.-ele diz.-ae, notificaram que tem gente chegando na área, sabe quem é?

tento me recordar de alguém ter dito algo do tipo, mas não consigo me lembrar de nada.

pior que não me recordo de terem dito quem é, o jeito vai ser ver na hora.-digo.

o foda é se for uma presença desagradável.-ele diz e aparentemente começa a pensar, provavelmente em quem seria a pessoa.

a porta se abre de repente, numa velocidade anormal que faz com que Gabriel de um pulo da cadeira. No impulso pego a glock de dentro da gaveta.

i carai, tão chapando? Vão atirar logo em mim?- a pessoa a nossa frente diz.

caralho, filho da puta, não tinha uma forma menos pavorosa pra chegar?-gabriel diz e volta a se sentar com a mão no peito e respiração descompensada.

abaixo a arma vendo a ilustre presença do Kevin, vulgo meu pai.

que que cê tá fazendo aqui?-pergunto.

ué, vim ver vocês.-o mesmo diz num tom bem duvidoso, o que faz com que eu e Gabriel o olhe com uma cara do tipo "não mente".- vocês são chatos hein, eu tinha que resolver umas coisas por aqui e resolvi ver como as coisas tavam. Cês não tem um whisky nesse lugar?

a gente não costuma beber enquanto trabalha.-Gabriel diz. Meu pai entrega o dinheiro na mão dele e Gabriel já sabe o que tem que fazer, então sai da sala.

agora quem está sentado a minha frente é meu pai. Ele parece analisar tudo ao redor.

como vocês tão lá?-pergunto.

tudo normal, tua mãe pergunta de ti todo dia, ela quer teu número novo.- ele fala.

meu celular apita, olho depressa a notificação, mas parece que não é só eu que olho.

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vvmarzinnc aceitou sua solicitação.
vvmarzinnc solicitou para seguir você.

caralho, isso não poderia ter chegado justo agora.

tu voltou a falar com ela?-meu pai questiona, agora com uma expressão mais séria.

não, mas eu ia tentar. Já faz anos que eu queria isso, mas nunca tive coragem.-digo.

quer um conselho?-apenas assinto.-eu acho que já passou muito tempo, Arthur. Ambos seguiram caminhos diferentes, ela tá vivendo uma vida completamente diferente. Eu acho que você deveria acabar o que tu cogita fazer, deixa ela longe da tua confusão.

como que eu faço pra fingir que aquilo não foi como um tiro no peito?

deixar ela longe da minha confusão.

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⏰ Última atualização: Sep 12 ⏰

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quebra de vista.-volsher.Onde histórias criam vida. Descubra agora