A Ilha dos Perdidos - Melissa De La Cruz ( uma história de Descendentes)

E um belo príncipe que morava bem longe

Enquanto isso, do outro lado do Mar da Serenidade, que separou a Ilha dos Perdidos do resto do mundo, estavam os EUA - os Estados Unidos de Auradon, uma terra de paz e encantamento, prosperidade e prazer, que englobava todos os bons reinos. A leste estavam as domas coloridas da sede do sultão, onde Aladdin e Jasmine viviam, não muito longe de onde Mulan e Li Shang guardavam o palácio imperial. Ao norte estava o Charming Castle, de propriedade de Cinderela e seu rei, ao lado de "Honeymoon Cottage", o palácio de quarenta quartos que Aurora e Phillip chamavam de lar. E ao sul, pode-se espionar as lanternas do domicílio divino de Rapunzel e Eugene Fitzherbert, perto do local na costa onde Ariel e Eric haviam feito sua residência real sob o mar em Seaside.

Mas bem no centro estava o castelo mais grandioso de Auradon, com torres e varandas lixuosas, suas torres mais altas hasteando a orgulhosa bandeira azul e dourada dos bons e velhos EUA. Dentro do magnífico edifício havia muitos salões de baile, grandes salas e salas de estado, uma sala de jantar formal que podia acomodar centenas, onde todos se sentiam como um convidado mimado, e uma biblioteca maravilhosa que continha todos os livros que já foram escritos.

Tudo isso foi apropriado, é claro, porque esta era a Fera do Castelo, lar do Rei Fera e da Rainha Bella, a sede de Auradon. Vinte anos atrás, Rei Fera uniu todas as terras de contos de fadas em uma só sob sua coroa; e nas últimas duas décadas ele governou seus bons cidadãos com julgamento forte e justo, e apenas ocasionalmente um pouquinho de seu temperamento bestial.

Bella teve uma influência calmante na Fera de cabeça quente: ela não era apenas o amor de sua vida, mas a chupeta de seu humor, a voz da razão em uma tempestade e a mãe de seu único filho.

A jóia na coroa era seu lindo filho, o príncipe Ben, de quinze anos. Não havia fadas em seu batizado para dar presentes, talvez porque ele não precisava de nenhuma. Ben era tão bonito quanto seu pai, com sua sobrancelha forte e maçãs do rosto cortadas por cinzel, mas ele tinha os olhos gentis e o intelecto aguçado de sua mãe. Ele era um garoto de ouro em todos os sentidos, com um bom coração e um espírito vencedor - capitão da equipe do torneio, amigo de todos, destinado a governar Auradon um dia.

Em suma, ele era o tipo de pessoa que o povo da Ilha dos Perdidos desprezava. E, como na Ilha dos Perdidos, a magia também não era mais um fator na vida diária em Auradon. O rei Fera e a Rainha Bella enfatizaram a bolsa de estudos acima do encantamento, exortando os jovens a trabalharem duro em vez de confiar em feitiços de fadas ou amigos de dragão para obter ajuda. Como Fera era a figura mais poderosa de todos os reinos, quando ele propôs a nova ética de trabalho, ninguém argumentou contra ele. Foi de fato uma nova (era uma vez) época para as pessoas das lendárias terras de contos de fadas.

Mas mesmo sem magia, a vida em Auradon estava quase perfeita. O sol sempre brilhava, os pássaros sempre chilreavam, nunca houve mais do que uma espera de cinco minutos no DFMV (o Departamento de Veículos Anteriormente Mágicos); e se todos não estavam felizes o tempo todo (não é como se isso fosse o paraíso - se controle, pessoal), todos estavam satisfeitos.

Exceto, é claro, quando eles não estavam.

Não é sempre assim?

Os vários ajudantes curtos ou fofos ou peludos ou minúsculos e às vezes animais do reino estavam causando problemas novamente. Os companheiros Unidos, eles se chamavam e estavam longe de serem felizes. Eles estavam, em uma palavra, insatisfeitos.

— Bem, então, como podemos ajudá-lo hoje? Vamos ver. ... - Ben não estava falando com ninguém além de um pedaço de papel ou mil pedaços. Ele olhou para os documentos na frente dele, batendo neles com a caneta. Seu pai lhe pediu para liderar a reunião do Conselho naquela manhã, parte do treinamento para se tornar rei em alguns meses.