Cruella iria matá-lo se descobrisse que ele havia dado uma festa enquanto ela estava fora. As pessoas na ilha continuavam dizendo a ele que Cruella havia amadurecido com a idade, que estava mais redonda e menos gritante, mas não precisavam conviver com ela.
O filho de Cruella De Vil conhecia sua mãe melhor do que ninguém.
Se sua mãe tivesse alguma ideia de que ele deixaria um monte de gente vir aqui... e, pior ainda, deixaria alguém chegar perto dos seus armário com seus casacos, quanto mais dentro dele, quanto mais ser abordado em uma pilha de casacos de peles de primeira qualidade - bem, digamos que não seria um filhote de cachorro que ela estaria tentando esfolar
Mas, felizmente, sua mãe ainda estava no Spa e não havia retornado inesperadamente, como costumava fazer às vezes, nem que fosse apenas para manter o filho, Jasper e Horace em alerta.
Carlos saiu da cama aos tropeços e encontrou alguns convidados com os olhos turvos vagando pelo Salão do Inferno, cheirando a cidra apimentada da noite anterior.
— Devem estar procurando o banheiro. Por aqui. Sem problemas! - Ele os empurrou pela porta da frente antes que pudessem perceber o que estava acontecendo. Enquanto ele fazia isso, Harry e Jace, os dois jovens lacaios De Vil de segunda geração que o haviam ajudado a decorar a festa, saíram cambaleando do salão de baile com papel crepom no cabelo.— Bom dia. - disse Carlos, com a voz ainda rouca de sono. — Por que está com papel crepom da festa no cabelo?
— Eu disse a ele para não me deixar enrolado em suas serpentinas estúpidas. - disse Harry, ainda irritado.
— Você me disse? Você foi o único que jogou tag a noite toda, arrastando metade das decorações atrás de você."
— Eu estava entretendo os convidados.
— Então por que ninguém estava brincando com você?
Como de costume, não havia esperança de uma conversa real com nenhum deles. Carlos desistiu.
Seu primo Diego De Vil deu a ele um polegar para cima do sofá.
— Ótima festa. Foi um uivo total! - O resto da banda estava arrumando seus equipamentos.— Obrigado, eu acho. – Carlos enrugou o nariz. A luz sombria da manhã fez tudo parecer mais triste e sórdido. Até as velas do lustre queimaram em tocos, e alguém quebrou o balanço da corda para que ele balançasse suavemente, escovando o chão.
— É melhor sairmos daqui para que você possa limpar. - Diego sorriu. — Ou sua mãe disse para deixar para ela fazer quando chegasse em casa? – Ele começou a rir.
— Muito engraçado. - Carlos ignorou seu primo, empurrando seu caminho pela porta giratória que levava à cozinha. Ele estava com fome, sua cabeça doía e não tinha dormido bem - sonhando ansiosamente em manter a festa em segredo de sua mãe, mas também da luz deslumbrante que emanava de sua máquina e atingiu a cúpula.
Isso realmente aconteceu?
Por um momento, Carlos pensou que tinha sentido algo no ar. Algo selvagem e elétrico e repleto de energia. Magia? Poderia ser?
Ele se perguntou se poderia fazer a máquina fazer isso de novo.
Depois do café da manhã.
Ele enfiou a cabeça na cozinha, que parecia que uma bomba de festa havia explodido. Cada balcão e superfície estava pegajosa e repleta de xícaras, tigelas, pedaços de pipoca e batatas fritas, ovos podres, cães do diabo não consumidos e garrafas vazias de cidra. Seus pés presos e não grudados a cada passo no chão, rasgando para cima e para baixo com um barulho que era parte Velcro, parte pseudopod. Ele pegou uma vassoura e começou a varrer e limpar, apenas o suficiente para que ele pudesse chegar à geladeira e às prateleiras.
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A Ilha dos Perdidos - Melissa De La Cruz ( uma história de Descendentes)
FantasyVinte anos atrás, todos os vilões foram banidos do reino de Auradon para a Ilha dos Perdidos - um lugar triste e sombrio cercado por uma barreira mágica que torna qualquer fuga impossível. Desprovidos de seus poderes, os vilões vivem em total isolam...