Vida longa ao MAL !

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Mal estava sozinha no canto, tomando um pouco da sua cidra picante, quando notou duas figuras tentando se esgueirar em direção à mesa do buffet para pegar algumas latas de refrigerantes expirados. Foi Carlos, é claro, e a Princesa Blueberry.

Evie não parecia nem um pouco pior depois de passar um tempo no armário de Cruella. Ela nem estava sangrando! Não houve um arranhão nela ou mesmo um corte em sua meia. Ugh. Carlos deve tê-la ajudado de alguma forma, o pequeno idiota ingrato.

Mal suspirou.

Frustrada novamente.

Assim como a mãe dela, cuja própria maldição falhou.

Eles estavam destinados ao fracasso para sempre?

Esta festa foi um fracasso. Definitivamente era hora de ir. Até as garotas malvadas pareciam cansadas de fingir odiar serem perseguidas pelos piratas barulhentos.

Mal jogou seu copo de cidra vazio no chão e saiu sem olhar para trás. Ela passou a noite reorganizando os gramados cobertos de seus vizinhos, trocando gnomos de gramado, caixas de correio e móveis de exterior. Ela se divertiu fazendo uma redecoração leve, enrolando algumas casas com papel higiênico e pinchando algumas paredes. Nada como um pequeno dano à propriedade para fazê-la se sentir melhor. Ela deixou sua marca em cada casa com a mensagem Longa vida ao MAL! Pintado com spray no gramado, para lembrar as pessoas da ilha exatamente o que representavam e do que tinham que se orgulhar.

— Mãe! - Mal gritou, assustada ao ver Malévola sentada em sua enorme cadeira verde de encosto alto em frente ao vitral. Era seu trono, por assim diz que era seu assento de escuridão.

— Olá, querida. - disse a voz fria de Malévola. — Você sabe que horas são, mocinha?

Mal estava confusa . Desde quando Malévola impôs um toque de recolher? Não era como se a mãe dela se importasse para onde ela foi ou quando ela chegou em casa, e agora ela se importava? Afinal, a mulher não foi chamada de Malévola por nada. — Duas da manhã? - Mal finalmente adivinhou.

— Eu pensei que sim. - disse Malévola, empurrando uma manga roxa e corrigindo a hora em seu relógio de pulso. Ela puxou a manga para baixo e olhou para a filha.

Mal esperou, imaginando para onde isso estava indo. Ela não via sua mãe há algum tempo, e quando elas finalmente se aproximaram, Mal ficou muito surpresa ao ver com o quão pequena sua mãe parecia, nos dias de hoje.

A Amante das Trevas havia literalmente encolhido com a redução de suas circunstâncias. Considerando que antes ela era imponente, ela agora era quase uma versão em miniatura de seu antigo eu, um "petite", mesmo. Se ela se levantasse, alguém poderia ver que Mal era mais alta do que ela era por alguns centímetros.

No entanto, a ameaça distinta não havia diminuído, apenas veio em um pacote mais menor.

—Onde eu estava? Ah, sim, vidas malignas! - Malévola disse.

— Vidas do mal, exatamente, Mãe. - Mal acenou com a cabeça. — É sobre isso que você quer falar comigo? As etiquetas pela cidade? Muito bom, certo?

— Não, você me entendeu mal, querida. - disse a mãe dela, e foi então que Mal percebeu que sua mãe não estava sozinha. Ela estava acariciando um corvo preto que estava empoleirado no braço de sua cadeira.

O corvo coaxou, voou para o ombro de Mal e beliscou sua orelha.

— Ai! - Ela disse. — Pare com isso!

— Esse e o Diablo. Não fique com ciúmes, meu amiguinho; essa é apenas a Mal", disse Malévola com desdém. E mesmo que Mal soubesse que sua mãe não poderia se importar menos com ela (Mal tentou não levar para o lado pessoal, já que sua mãe não poderia se importar menos com ninguém), ainda doeu ao ouvi-la dizer em voz alta tão sem rodeios.

A Ilha dos Perdidos - Melissa De La Cruz ( uma história de Descendentes)Onde histórias criam vida. Descubra agora